“Nada lhe pertence mais
que seus sonhos.”
Friedrich Wilhelm Nietzsche
“Há
momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém, que o que mais
queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la. (Lispector
, Clarice), trata-se tão só de um “sonho”, pois sabemos que essa
realidade não existe mais, mas é esta
imaginação a razão do nosso viver.
Depois da morte de
alguém que se ama, pode vir outra morte, a de quem fica. A realidade é que
existe uma “espécie de tabu natural” que
envolve o único destino certo de todo ser humano. Ninguém quer falar, comentar,
bate-se na madeira, fecha-se os ouvidos, e foge-se do assunto, tanto na hora de
pensar na própria morte como de imaginar perder alguém próximo.
Alguns especialistas indicam que não se deve
ter pressa em encerrar o ciclo do luto, nem se deve evitar a vontade de por
vezes chorar. Assim como não há prazo para se livrar do luto, também voltar a
sorrir não significa que a falta ou os sentimentos diminuíram. Permitir-se
retomar a vida e reflectir sobre a existência não são antagónicos, e fazem
parte da essência mais íntima de alguém. Na fé ou na razão, é necessário buscar
o equilíbrio entre a retomar da “nova”vida
e a saudade de quem já cá não está, nem vai voltar. O grande sentido do luto,
se podemos colocar desta forma, é aprender a permitir que os sentimentos venham
e aprender o tempo real da vida. “Nas nossas vidas, a mudança é inevitável. A
perda é inevitável. A felicidade reside na nossa adaptabilidade em sobreviver a
tudo o que de ruim acontece na nossa vida”(Buda).
É por isso, que devemos usufruir sempre o
presente da maneira mais serena possível: isto é sabedoria de vida. Em
geral, porém, fazemos o contrário: fazemos planos e temos preocupações com o
futuro ou também a saudade do passado ocupam-nos de modo tão contínuo e
duradouro, que o presente quase sempre perde a sua importância e é
negligenciado; no entanto, somente o presente é seguro, enquanto o futuro e
mesmo o passado quase sempre são diferentes daquilo que pensamos. Sendo
assim, iludimo-nos uma vida inteira, “esquecendo-se” que temos uma vida, e uma
só - é essa que precisamos de viver.
Mas muitos julgam que
há sempre muito tempo e, por isso, tantas vezes, decidimos adiar o importante
para desperdiçar tempo com o que pouco vale, “afinal, há é que ter paciência,
dar tempo ao tempo, já devíamos ter aprendido, e de uma vez para sempre, que o
destino tem de fazer muitos rodeios para chegar a qualquer parte.” (José Saramago).
A verdade é que todos nós temos a percepção que
amaioria das pessoas não sabe lidar com a tristeza de quem perde um ente
querido, e muito menos lidar com o sofrimento de quem acabou de perder um
familiar. No geral, pretendem que as pessoas em situação de luto, consultem um
médico e comecem a tomar depressivos!!! Pois, querem abreviar deste modo o
tempo da dor. Mas, o uso indevido de
medicação antidepressiva ou calmantes no período de luto pode levar a
uma “espécie de anestesia” emocional de repercussões devastadoras. Evitam o
sentimento da dor, mas também vedam a capacidade de sentir a alegria. Tristeza
não é depressão. Neste tempo de extremos, quando a vida nos empurra ao encontro
da normalidade do quotidiano , pode acontecer momentos de alegria e satisfação
e pode voltar a sorrir.
“A vida que será conhecida a
partir da perda nunca será a mesma de quando a pessoa amada estava viva. Para
sair dessa caverna do luto é preciso cavar a própria saída.”(Ana
Claudia Quintana Arantes, no livro “A morte é um dia que vale a pena viver”.
Rio de Janeiro: Editora Casa da Palavra, 2016.)
“Os sonhos falam em nós, o que nenhuma palavra
sabe dizer.” (Mia Couto)
Diz a sabedoria popular que um gesto vale por mil
palavras. Certamente que assim é! Mas isto apenas vale se o gesto corresponder
a uma verdade interior e não for mera encenação. Convencionou-se que as
palavras não contam, que são superficiais e enganadoras. Mas é completamente
falso. As palavras são o mais importante veiculo de comunicação e de troca
entre humanos, e podem marcar tão profunda e duradouramente uma relação como um
gesto, será o caso de não saber distinguir entre o “tratamento entre o
chamar VELHO ou IDOSO”, será que estas palavras tem um mesmo significado? Como
disse José Saramago, “as palavras proferidas pelo coração não tem língua que as
articule, retém-nas um nó na garganta e só nos olhos é que se podem ler“.
Ao ultrapassar um século de vida, alguém pediu a
Oscar Niemayer que confessasse o segredo da sua longevidade, que, sem nada a
esconder aconselhou: “ não viva cada dia como se fosse o último; viva como se
fosse o primeiro”. Sendo que na realidade a vida em todas as suas fases, pode
ser uma fonte de diversas lições, precisamos de ter é uma mente aberta para as
apreender, não se esqueça que a vida é rápida e o tempo é muito curto. “Idoso é
quem tem o privilégio de viver uma longa vida…
velho é quem perdeu a jovialidade” como disse Leonardo da Vinci :“o
conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice”.
A forma como cada um
se sente bem e feliz e o que o faz sentir-se bem e feliz é única, e deve ser
respeitada o que o outro gosta e quer, não é o mesmo que, porventura você gosta
e deseja. Pode até acontecer que gostem de muitas coisas em comum, mas vão
existir sempre muitas outras coisas que um gosta e o outro não. Como todos
devíamos saber, mas nem sempre assim acontece, “a idade causa a degenerescência das células... a velhice causa a
degenerescência do espírito. É se idoso quando se sonha… é se velho quando
apenas se dorme. É se idoso quando ainda
se aprende… é se velho quando já nem ensina. É se idoso quando se diverte no que lhe resta de
vida... é se velho quando sofre o que o
aproxima da morte.” (anónimo). Gosto de relembrar que uma das coisas mais
bonitas sobre os seres humanos, é que estes, no decorrer da “fase da vida”, tem
oportunidades ilimitadas de tomar “decisões e escolher opções”, da melhor maneira que sabem e com o que
tem naquele momento. Em alguns momentos, isso pode não
parecer muito - e em outros momentos, pode parecer uma transformação muito
significativa na sua vida.
“Desejar ver a vida de outra forma, seguir outro caminho, pois a vida é
breve e precisa de valor, sentido e significado. E a morte é um excelente
motivo para buscar um novo olhar para a vida.”– (Ana
Cláudia Quintana Arantes, no livro “A morte é um dia que vale a pena viver”.
Rio de Janeiro: Editora Casa da Palavra, 2016)
Há palavras que quando nos são ditas, é tamanha a
brutalidade que, mesmo ditas com toda a simpatia parece que levamos “um soco no
estômago” Porém, há outras palavras que nos abrem as portas na nossa relação
com os outros. Há palavras que são pontes. Fazem com que os outros fiquem mais
próximos, criam cumplicidades em vez de inimizades. Sobretudo criam à nossa
volta uma harmonia que só nos pode trazer felicidade. Aquilo que damos aos
outros é-nos restituído sob a forma de felicidade e bem-estar. E isto não vale
só para as relações amorosas. Vale para todas as relações que estabelecemos em
e na sociedade.
“Enquanto as pessoas são mais ou menos jovens e a
partitura de suas vidas está somente nos primeiros compassos, elas podem
compô-la juntas e trocar os motivos, mas quando se encontram numa idade mais
madura, suas partituras estão mais ou menos terminadas, e cada palavra, cada
objecto, significa algo diferente na partitura de cada um.” (A
insustentável leveza do ser - parte 3: As palavras incompreendidas- Milan
Kundera)
“Não importa como se sente, levante-se e lute
pelos seus sonhos!” (Roberta Thornton)
Li esta frase citada por uma pessoa amiga, e que sintetiza parte do meu pensamento “não
existe cedo ou tarde, tempo certo ou tempo errado... as coisas acontecem quando
tem que acontecer. Por isso, nunca desista de seus sonhos.”, tudo isto a
propósito de uma “das fases da nossa passagem” por esta Terra, em que, de
facto, não há consciência sobre a última fase do nosso ciclo de existência – a morte.
Sabemos que vamos todos morrer mas fugimos de falar, sobre o tema . Não só não
se fala como há também muita dificuldade em lidar com o acontecimento sobre o qual não temos nenhum controlo.
“Todos
temos a noção que quando a morte acontece ela só diz respeito ao corpo físico,
a pessoa que morre não leva consigo a sua história de vida e que compartilhou
com todos aqueles que viveram com ela, e para quem foi e se tornou muito
importante ao longo de toda a sua vida. É talvez, por isso, que processo de
luto se inicia com a morte de alguém que tem e teve muita importância na nossa
vida. Na verdade a experiência de perder alguém importante tira-nos a percepção
que cultivámos sobre a estabilidade de viver, sobre a segurança do mundo que
nos rodeia, sobre a ilusão do nosso autocontrolo, parece que fomos privados da
capacidade de nos reconhecermos como nós próprios somos. Tudo isto porque ao
longo da nossa existência não recebemos nenhum tipo de educação para sermos
quem somos! “ (adaptado do livro – A morte é um dia que vale a
pena viver – Ana Cláudio Quintana Antunes).
Isto é verdade para todos nós. O nosso completo
eu real é digno de ser visto. As nossas imperfeições são dignas de serem
testemunhadas. A nossa história é digna de ser contada. As nossas verdades são
dignas de serem ouvidas. Os nossos medos são dignos de serem compartilhados. A
nossa humanidade é digna de ser reconhecida pela humanidade de outra. É aqui
que nos sentimos menos sozinhos, que somos lembrados de que pertencemos, que
descobrimos o nosso próprio significado e que encontramos uma compreensão mais
profunda de nós mesmos e dos outros.
Mas tenho que relembrar que a forma como os
familiares e os amigos vivem a morte também condiciona a expressão das nossas
emoções. As pessoas lidam mal com as situações negativas e, por isso,
evitam-nas a todo o custo. “Precisas de ter coragem”- é talvez a frase mais dita e que no entanto
devia ser evitada “ - ‘coragem’ –, essas intenções contribuem para que as
pessoas se isolem ainda mais, porque os
outros não o (a) querem ouvir, não o(a) compreendem. A sociedade continua a ter
dificuldade em ouvir o outro quando atravessa um momento difícil. Sentimos em
todo o momento que a sociedade, não só desvaloriza o luto como o apressa.
Na realidade são dias que se pode viver de muitas maneiras e, não
existe nada de errado em se sentir e ficar triste, pois a tristeza é uma experiência necessária durante todo um
processo de luto saudável, apesar de vivermos numa sociedade que sob a falsa
impressão, dá a entender, que temos a obrigação de estar sempre a sorrir e
felizes – não é proibido sentir-se e ficar triste, pois quanto mais tentarmos
ignorar, mais o “sentir a falta de quem morreu” demora a estar resolvido. É
melhor quando consegue chorar, zangar-se, revoltar-se, para que possamos “ajudar-nos
a trabalhar” as emoções. Quando se obriga a pessoa a pensar sobre o que se
passou, consegue-se encontrar respostas. No entanto não podemos também ignorar
que um dos problemas da nossa estranha sociedade é que “alegria em demasia”, em
período de luto, é algo que não “soa muito bem” : Partimos do princípio que
existimos para nos perpetuarmos e quem monitoriza a vida? Essa é talvez a
resposta, para perceber como cada um
vive o luto.
” Sonhos são adoráveis. Mas são só sonhos. São fugazes, efémeros, bonitos.
Sonhos não se tornaram realidade só porque você sonhou. É o esforço que faz as
coisas acontecerem. É o esforço que cria mudança.” Shonda
Rhimes, roteirista, cineasta e produtora de filmes e séries norte-americana.
“Todos os nossos sonhos
podem realizar-se, se tivermos a coragem de persegui-los.”(Walt Disney)
Quando,
por vezes, somos “ pretensamente convidados” a compararmos com os outros, e a
nossa mente reage de forma árdua num esforço para fazer o que sabemos fazer
bem, acontece frequentemente que falhamos porque necessariamente podemos não
ter o “chamado” dom para tal. É nesses momentos que nunca podemos desistir!
Sem dúvida que os objectivos e
ambições mais proeminentes na “jornada da vida das pessoas”, é alcançar a
felicidade em tudo – tudo isso na realidade só depende de nós próprios. “Desconfie do destino e acredite em si. Gaste
mais horas a realizar que a sonhar, a fazer do que a planear, a viver do que a
esperar porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.”(Sarah
Westphal)
Nestes tempos que
passam, as pessoas em geral — e também os investigadores científicos e outros
estudiosos— vão percebendo que a melhor forma de se realizarem passa por se
encontrarem a si próprias, através do recolhimento e da reflexão. “Nos seus níveis mais subtis de consciência,
ganham uma outra perspectiva da realidade, distanciando‐se das múltiplas
pequenas situações do dia a dia, sintonizando com os superiores interesses da
Humanidade, sentindo‐se solidariamente como uma partícula do Todo Universal.
Essa atitude contemplativa pode proporcionar o equilíbrio interior e
exterior necessário para a definição de objectivos mais consentâneos com os
superiores interesses do próprio e para a indução da acção mais apropriada,
permitindo canalizar a energia de uma forma mais adequada e, por isso, obter
apreciáveis níveis de eficácia. Torna‐se possível abandonar interesses pessoais
e egoístas, focando a atenção, o pensamento e a acção no que é, de facto, útil
para o outro, para o Todo e, por isso, também para si. Dá‐se como que uma
ampliação da consciência, que permite a quietude e o silêncio interior, o
reforço da autoconfiança e, então, a força serena da acção adequada e capaz de
proporcionar as mais bonitas realizações.”(Luis
Portela – da ciência ao amor- 2018)
Diz Lao Tsé em O Livro do Caminho Perfeito: “[…]
o sábio executa suas tarefas sem agir e transmite ensinamentos sem usar
palavras. Todas as coisas agem, e ele não lhes nega auxílio. Produz sem
apropriar‐se de coisa alguma. Realiza sua tarefa e não pede gratidão e é
justamente porque não se apega que o mérito jamais o abandona e suas obras
meritórias subsistem” .
Uma das únicas coisas que sempre todos nós destacamos
é que por trás de todas as coisas externas, as histórias, as dificuldades, as
injustiças e as dores, todos nós queremos a mesma coisa: viver a nossa vida.
Para sentir como nós importamos. Para se
relacionar com as pessoas. Para ter um senso de propósito. Para aceitar quem
somos. Para entrar em acordo com a vida que temos à nossa frente, mesmo que não
seja a vida que imaginamos, mais do que palavras, devemos focar-nos nas
nossas atitudes. Temos personalidades, temperamentos, gostos, desejos,
pensamentos, comportamentos… diferentes, e até perante um mesmo estímulo, pode
acontecer sentirmos de forma diferente. Somos únicos! Não existe uma única
pessoa no mundo igual a si! Mas, todos temos algo maravilhoso em comum: você,
aquela pessoa que se encontra mais perto de si, assim como aquela que mais
distante está de si, todos querem sentir-se amados.
Quando
perdemos algum ente querido inesperadamente, percebemos como a vida é efémera e
imprevisível. Com a rotina do quotidiano - família, amigos e trabalho, por
exemplo - não notamos como tudo pode terminar a qualquer momento e é inevitável
não nos questionarmos: é essa a vida que queremos viver? Aprendemos a dar mais
valor aos momentos e a vivê-los como se fossem os últimos, evidenciando sempre
o amor e os bons sentimentos sobre todas as outras coisas. No entanto, antes de
escolher o caminho é preciso saber o que esperar da vida. Depois de traçado o
destino, precisa trilhar o percurso com
determinação, esperança e humildade, pois somente assim conseguirá ser feliz e
viver a sua vida. A partir de determinada altura, a pessoa habitua-se a viver
com a ausência, nunca a aceitando, mas vive-a com nostalgia.“Para realizar um sonho é preciso
esquecê-lo, distrair dele a atenção. Por isso realizar é não realizar.”
(Fernando Pessoa)
“A esperança é o sonho do homem acordado.” (
Aristóteles)
Quero acreditar que todos estamos de acordo, que
cada um de nós foi criado com a capacidade para dar um significado ao “nosso
universo” e o resultado de tal feito, é que poderemos contribuir positivamente
com o universo que está em nosso redor ou negativamente e influenciá-lo, na verdade talvez assim seja
ou talvez não, mas tudo depende de nós!
Se pensarmos bem o mundo que nos envolve, bem lá no fundo, sempre acaba
por ser uma projecção da nossa vida e do
que carregamos dentro de nós, com aspectos agradáveis ou desagradáveis. Tenho
plena convicção que todos queremos estar em paz e sermos tão felizes quanto
pudermos, o que acarreta num grande desafio de encontrarmos o caminho para
conseguir tal realização. Como disse Thomas Edison, como sabem foi um
dos maiores inventores da humanidade “Eu não falhei nenhuma vez.
Simplesmente descobri dez mil maneiras que não funcionam.”
Na realidade todos, em certos momentos da nossa
vida, temos uma listas de coisas que, ou pensamos ou tentamos provar aos
outros: Quantos felizes somos ou estamos, ou que nós realizamos, quanto duro e
difícil é o nosso trabalho, que somos muito simpáticos, que somos bem
sucedidos, que temos valor, que os nosso relacionamentos são maravilhosos, que
amamos a nossa vida, que somos auto-suficientes etc etc. Mas, pensando melhor,
será que temos mesmo necessidade disso? Por mim, entendo que não, pois a
verdade é que, se reduzimos ou passamos menos do nosso tempo a pensar ou a
tentar provar aos outros muitas destas coisas, ficamos com mais tempo para
pensar em nós, para perceber e aproveitar tudo o que nos rodeia e os benefícios
de viver a nossa vida, não em função dos outros, mas em função de nós próprios.
Acredito que a melhor coisa que podemos fazer
para o nosso bem-estar geral é ter em mente do que precisamos em qualquer
momento, prestar atenção a essas necessidades e honrá-las de uma maneira que
sabemos que funciona para nós – e não tentar dar a parecer, numa “representação
imaginária” para todos os outros.
Como alguém disse,
chegou o momento de parar de pensar sobre o que não se tem e procurar por algo
novo que faça o seu coração vibrar, para que se sinta satisfeito(a) e desfrute
da vida com alegria. “Levante a âncora e siga em frente”.
Talvez,
nos primeiros momentos, possa pensar que os sonhos são apenas e só imensos
desejos que gritam no íntimo humano, procurando uma oportunidade para se
concretizar, mas na realidade o sonho, qualquer sonho pode tornar-se real quando se empenhar a torná-lo real! É bom lembrar que,
muitas vezes, a melhor maneira de expandir sua mente e alcançar uma solução é
com palavras. As palavras podem levá-lo(a) a lugares que nunca foi, construir
pontes entre pessoas, etc
Vivemos
numa sociedade que diariamente parece que nos convida a
compararmo-nos uns com os outros, e tais maneiras de proceder ou propostas podem ser uma fonte de tantas
frustrações e interrogações pessoais que podem levar a consequências irreparáveis,
pior ainda, quando também somos, levados a pensar que dependemos de aprovações
externas para nos sentirmos bem com o que fazemos ou decidimos. O resultado é
que tudo isso pouco a pouco pode estar destruir o nossa própria auto-estima e a
autonomia de pensar e viver a nossa vida.
Na vida, para certos aspectos temos de ser
teimosos, e um erro jamais deve ser interpretado como um fim e uma queda como
uma perda irreparável, devemos de maneira sóbria vê-los como uma lição a ser
aprendida para fazer melhor nas oportunidades seguintes.
Acredito que chegamos aqui onde agora estamos e
que já ou começamos a compreender que VIVER EXIGE CORAGEM E TAMBÉM MOTIVAÇÃO.
Agora, na realidade o nosso dia a dia fica muito mais complicado e complexo
quando não nos dedicamos a aprender a gostar de nós mesmos. É na verdade um
caminho complicado… e vale a pena lembrar que o medo é um dos nossos principais
inimigos. A experiência e a sabedoria em torno da arte de viver só são
adquiridos vivendo, sendo assim, não devemos desperdiçar o que cada dia nos
pode oferecer!
“Dentro de vinte anos a partir
de agora você irá se arrepender das coisas que você não fez, então solte as
amarras e saia da sua zona de conforto, procure o vento nas suas velas.
Explore, sonhe, descubra”. (Mark Twain)
“Quem
sonha de dia tem consciência de muitas coisas, que escapam a quem sonha só de
noite.” (Edgar Allan Poe)
Há quem diga que é sempre importante começar a
ler um livro pelo seu prefácio, pois assim podemos descobrir o verdadeiro valor
desse livro, e se ele vale a pena ser lido ou se é melhor fechá-lo e não perder
o nosso tempo, que como sabemos é sempre escasso, podendo assim escolher um
outro livro mais interessante que aquele do qual lemos apenas algumas páginas
de apresentação e percebemos logo que não era aquilo que pretendíamos ler.
Então vamos pensar e apelar para termos uma atitude positiva, é melhor
descobrir que o livro não era o que pensávamos antes de ler, e “fechá-lo” nesse
mesmo momento ou ir até o final do mesmo
e perder o nosso tempo, com uma certa angustia, e até desilusão, porque sabemos
que não era o que esperávamos ? A atitude mais certa e correcta é fechar esse livro e pegar noutro, porque este já mostrou logo de início que não merece ser
lido até o final! “Cada livro, cada volume que vês, tem alma. A alma de quem o
escreveu e a alma dos que o leram e viveram e sonharam com ele. Cada vez que um
livro muda de mãos, cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o
seu espírito cresce e torna-se forte. (“Carlos
Ruiz Zafón – in A sombra do vento”)
Sabia que “quando os japoneses colam objectos
quebrados, eles preenchem as rachaduras com ouro. Eles acreditam que quando
algo sofre algum dano, tem uma história, e por isso há que ser consertado, vale
a pena repará-lo. Quando alguns vasos se quebram, eles não perdem seu valor. De
facto, ao consertá-lo, ele torna-se num objecto único e especial. E passa a
valer mais do que antes! Ao invés de se envergonharem de suas imperfeições,
eles embelezam-nas, para que sejam vistas como uma celebração à vida, nos
pequenos e grandes erros cometidos e na possibilidade aprendermos com isso.
Parte do que somos é aquilo que tentamos esconder com mais determinação: as
nossas falhas e defeitos.”(in livro Kintgukuroi –Tomás Navarro)
Por que não usamos este exemplo dos japoneses
para a nossa vida? Por que temos tanto medo de assumir os nossos erros e por
que teimamos em esconder as nossas imperfeições? Qual seria a “graça da viver”
se ninguém cometesse qualquer tipo de erro? Eu sei que é muito mais bonito e certo
quando acertamos, mas os erros existem também para nos ensinar. Algumas pessoas
até aprendem melhor quando erram do que quando acertam. Quando a gente erra,
não perdemos o nosso valor. Entenda-se que estamos em constante movimento e é
mais do que normal tomarmos decisões que às vezes não são as melhores. A nossa
vida não acaba porque erramos, sempre há tempo de “ a consertar”, seguir até outro
caminho. Os vasos “consertados” japoneses são únicos. Sabe porquê? Não
temos duvidas que todos se quebram de
forma diferente e quando são consertados também de forma diferente , e por isso
nenhuma fica igual ao outro, todos ficam diferentes. O mesmo
acontece com as pessoas. Tornamo-nos únicos a partir de nossas experiências de
vida. Por isso, não tenham medo, não esconda os vossos erros!
Como certamente já repararam eu utilizo esta
plataforma de comunicação para “falar” muito e abertamente do meu sentido das
coisas e da vida. Em certas ocasiões dou
por mim a interrogar-me, sendo que também já alguns e algumas amigos (as) me
chamaram a atenção para isso, se tal não será "demais", mas, logo depois,
relembro os meus valores e o meu sentir
de viver a vida, e surge inevitavelmente a pergunta: "qual é o “porquê” em
partilhar tudo isto?" A resposta surge de imediato na minha mente e é
sempre esta: aumentar e melhorar o nível das relações pessoais e para lembrar aos
outros (as), eles(as) não estão sozinhos (as). É como um quebrar as barreiras
do poder da nossa mente e assegurar a todos e a todas que também somos humanos. Estou muito grato por
poder acompanhar, compartilhar muitas coisas aqui e por continuar a lidar com
toda essas coisas do ser humano. “Nem sempre somos capazes de
controlar o que bate à nossa porta, mas temos ... a possibilidade de decidir o
que entra e o que fica de fora” (Cleo Wade.)
“Se tem um sonho, lute por ele. Não importa
quantas vezes é derrotado, mas sim quantas vezes se levanta e enfrenta
tudo" (Lady Gaga)
As oportunidades surgem, mas só aqueles que
arriscam, que lutam, que acreditam em si e nos seus sonhos, é que podem
alcançar os seus objectivos e podem conhecer o sabor do sucesso. Mesmo sabendo
que o caminho para grandes realizações nem sempre é fácil. Mas só nós, e mais
ninguém, é que podemos decidir quando dar o primeiro passo para realização de
nossos sonhos e encontrar o que nos traria a felicidade de poder viver a nossa
vida. Como disse Dale Carnegie “ Tente a sua sorte! A vida é feita de
oportunidades. O homem que vai mais longe é quase sempre aquele que tem coragem
de arriscar.”
“A maior descoberta de todos os tempos é que uma
pessoa pode mudar, simplesmente mudando de atitude. O que eu aprendi numa idade muito precoce foi
de que eu era responsável pela minha vida. E como eu me tornei mais consciente
espiritualmente, eu aprendi que todos somos responsáveis por nós mesmos, por
isso crie a sua própria realidade, a maneira de pensar e agir . Não passe o
tempo culpar toda a gente, principalmente os seus
pais, as suas circunstâncias, porque não são suas circunstâncias. Essas são
suas possibilidades. Se sabe disso, pode
fazer qualquer coisa.“ (Oprah Winfrey)
E é neste ponto que é bom sentir que temos bons
amigos, que de facto gostem da gente e se preocupam connosco, faz toda a
diferença, pequenos gestos, pequenas palavras.... são esses pequenos detalhes
que nos conquistam por completo. Os
pequenos gestos engradecem quem os faz, é nos pequenos gestos que descobrimos
muitas coisas, é assim que sentimos que
a vida é feita de pequenos gestos, de pequenas coisas e da capacidade de
nos maravilharmos diante deles. Observemos a maravilha do sol nascente! Os
raios solares infiltrando por entre as folhas
das árvores . O reflexo dourado nas águas de qualquer rio…uma praça que
ganha vida nova...É o milagre do amanhecer! É a natureza a cada dia com uma
nova roupagem, a natureza que nos convida a nunca desistir.
Devemos ter plena consciência que na nossa vida
não existem relações perfeitas, não existem “almas gémeas” que tenham os mesmos
gostos, os mesmos pensamentos e opiniões iguais a todo tempo, isso só existe
nos sonhos ou em filmes. Todos mais tarde ou mais cedo sofremos decepções, fazem
parte do rol das melhores relações humanas, e é nesses momentos que devemos ter
a capacidade de pensar de reflectir antes de reagir . “O
silêncio e a tolerância são os vinhos dos fortes, a reacção impulsiva é a
embriaguez dos fracos, o silêncio e a tolerância são armas de quem pensa, a
reacção extintiva é a arma de quem não pensa. É muito melhor ser lento no
pensar do que rápido e machucar, é preferível conviver com uma pessoa simples,
sem cultura académica, mas tolerante, do que com um ser humano de libada
cultura saturado de radicalismo, egocentrismo, estrelismo. Sabedoria e
autocrítica não se aprendem nos bancos de uma escola, mas no traçado da existência.”(Augusto
Cury)
Pequenos gestos podem não significar muito para
quem os faz, mas podem ser de grande importância para quem os recebe. Há pequenos gestos que expressam mais que
palavras, mas isso só é possível percebermos ,quando aprendemos a dar valor ao
simples, a ao que temos, e principalmente aprendemos a dar valor ao que temos
por perto. Devemos lembrar que pequenos gestos podem mudar o dia de alguém e o
nosso também….um sorriso, um bom dia, um outro cumprimento, talvez não mude o
mundo, mas muda tudo.
Disse alguém que “o segredo não está em ter o que
se quer... mas em querer o que se tem.”
Uma das frases erradamente atribuída a Einstein, traduz com fiabilidade
a razão de algum cepticismo “insanidade é fazer as coisas sempre da mesma
maneira e esperar resultados diferentes”. “Se alguém está tão cansado que não possa te dar um sorriso,
deixa-lhe o teu. Um sorriso significa muito. Enriquece quem o recebe, sem
empobrecer quem o oferece; dura apenas um segundo, mas a sua recordação, por
vezes, nunca se apaga.” (Provérbio chinês)
“Precisamos de homens que consigam sonhar com coisas
que nunca foram feitas.” (JOHN FITZGERALD KENNEDY)
Sabia que segundo
estudos sobre comportamento humano é no
primeiro minuto em que nos deixamos envolver por situações de “tensão
nervosa“ que cometemos os maiores erros de nossa vida, falamos palavras
e temos gestos diante das pessoas de quem gostamos, somos amigos ou amamos que jamais deveríamos expressar! Tudo
porque não pensamos antes de reagir, falta-nos a serenidade, a coerência intelectual, o raciocínio crítico. Todos
nós temos vários tipos de necessidades, e as nossas diferentes necessidades exigem
que se sejam tratadas de formas
diferentes. Ter uma maior compreensão e
entendimento de todas as nossas necessidades pode ser muito útil para
determinar como cuidar de nós mesmos, quando nos sentimos esgotados em uma
determinada área. Quando identificamos necessidades diferentes, pode parecer
menos impressionante e mais fácil identificar o que exactamente pode ser
favorável, dependendo de qual a área que mais precisa da nossa concentração e
atenção. Na verdade e por vezes esquecemo-nos que a nossa vida é feita de
histórias. “A nossa história é o que temos e teremos sempre. É algo que devemos
assumir como nosso “ (Michele Obama).
Será que já “parou”
para reparar como hoje é muito reduzido, eu diria até em grande parte
inexistente, o papel da família no desempenho e transmissão do sentido familiar
das suas raízes, não só, os usos e costumes, da sociedade onde se insere
como da “cultura própria familiar”?
Hoje, o que assistimos é a uma completa predominância da “cultura das redes
sociais” que promove o “empavonamento” fazendo realçar “ o eu individual” num
impulso irresistível de “captar” a atenção dos outros, por via do “espectáculo
do próprio eu”.
Na verdade muitas
pessoas “fecham-se” como um modo de se
proteger, afastando das e as outras pessoas, anoto uma mensagem no livro
“ O Pequeno Príncipe”( Antoine de
Saint-Exupéry) que incentiva as pessoas a criarem mais laços, mais pontes,
alimentando a proximidade e amizade, combatendo a solidão. “As pessoas são
solitárias porque constroem muros ao invés de pontes.”
Acredito que na
generalidade, todas as pessoas tem consciência das diferentes necessidades que
cada um de nós tem à sua maneira, e no
seu próprio caminho, e como resultado disso surgem algumas perguntas, que
podemos colocar a nós próprios, num sentir de exigência por clareza e compreensão no nosso modo de
viver.
Começo pelas chamadas necessidades básicas dos
seres humanos: Estou a comer e a beber o suficiente? Estou a descansar e dormir
o suficiente? Eu sinto-me estável e no lugar certo onde moro? O ambiente onde
vivo e convivo é seguro? É seguro ser meu o verdadeiro eu? Eu sou capaz de
cuidar de mim mesmo? A que se seguiria
as necessidades das nossas relações sociais: Sinto que tenho relacionamentos
satisfatórios e de apoio de pessoas? Eu tenho contactos regulares com pessoas
que gosto e amo? Eu sinto que há um cuidado por mim das pessoas, que considero”
da minha vida”? Estou ligado à minha comunidade? Eu sou capaz de definir alguns
limites?As necessidades emocionais: pratico auto-critica regularmente? Eu sou
capaz de sentir os meus sentimentos? Eu por vezes sinto um certo
entorpecimento? Há sentimentos que tenho medo de “abrir” e de dar a conhecer
aos outros? Estou consciente de como me sinto? Eu tenho “um recurso próprio” de
ferramentas emocionais? Necessidades de crescimento pessoal: exploro diversas
maneiras de crescer? Existem actividades que me inspiram? Eu envolvo-me em
coisas que me dão propósito e sentido de vida? Estou ligado às minhas próprias
aspirações e objetivos? Eu permito-me mudar e mudar à medida que vou aprendo e
admito os meus erros? Necessidades intelectuais: admito novas formas de
entender a mim mesmo e o mundo? Estou a tentar dar a conhecer o que já sei?
Estou aberto, a novos conhecimentos, a novas informações e pontos de vista? Eu
procuro conhecimento e sabedoria? Eu sinto-me intelectualmente satisfeito? Necessidades espirituais: Estou ligado a algo
maior que eu? Eu sinto uma sensação de honrar minha própria existência? Há
maneiras de me envolver com meus rituais e práticas espirituais? Estou a abrir
um espaço para o que a espiritualidade preenche na minha vida?
Cada um dos nossos círculos pode parecer
único, mas ter consciência em torno das diferentes partes de nós mesmos pode
ajudar-nos a nos apoiar no nosso dia a dia e tornar esses momentos únicos.
Se nos “deixarmos”
viver debaixo de uma ditadura “da resposta”, da necessidade compulsiva de
reagir quando pressionados cometeremos erros, alguns muito graves. Vivemos numa
sociedade barulhenta que frequentemente detesta o silêncio, cada vez mais
percebemos que as pessoas estão a perder o prazer de silenciar, se
interiorizar, reflectir, meditar. “O ditado popular “de contar até dez antes de
reagir” é imaturo, não funciona. O silêncio não é aguentar para não explodir o
silêncio é o respeito pela própria inteligência, é o respeito pela própria
liberdade, a liberdade de se obrigar a reagir em situações de stresse”.(Augusto
Cury)
“Só se pode sentir a evidência das
coisas até um certo ponto: além disso, ou nos rebaixamos ou nos aproximamos do
sentimento superior que nos liberta. De facto, o verdadeiro estado de liberdade
é o de ultrapassar a imaginação.“ (Agustina Bessa-Luís)
*” De acordo com o psicólogo, Abraham Maslow, o
indivíduo rege sua vida de acordo com as suas necessidades, que podem ser
divididas em: 1)Fisiológicas: ar, água, comida, exercício, repouso e
saúde;2)Segurança: abrigo, estabilidade, segurança;3)Social: se sentir querido,
pertencer a um grupo, ser incluso;4)Estima: poder, reconhecimento, prestígio e
autoestima;5)Autorrealização: desenvolvimento, criatividade, autonomia, realização.
De acordo com Maslow, as necessidades fisiológicas são as necessidades básicas
do ser humano. Ao alcançá-las, ele consegue avançar para o alcance das
necessidades de segurança — e assim sucessivamente, até atingir as necessidades
de autorrealização.”
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