“Os números governam o mundo.” (Platão)
Nestes tempos que não são os nossos tempos, em
que “nos é dito” que “estamos no principio do principio”, mas que nos
pode demostrar que tantas vezes e em tantas circunstâncias o bem comum (o
melhor interesse da sociedade) deve prevalecer sobre o bem individual (melhor
interesse do indivíduo), e talvez por isso, por vezes apetece-me adaptar o
conceito de Winston Churchill, que
quando os aliados ficaram eufóricos com a vitória na batalha de El Alamein,
disse:” Não é o principio do fim, não é sequer o fim, é apenas e só o fim do
principio”.
A este propósito hoje Portugal registou 899 infectados confirmados o que me deixou, não digo “pasmado” mas algo apreensivo, porque tenho a percepção que as pessoas estão informadas e algumas só correm os riscos porque querem, põe em causa eles próprios,, mas o mais grave é colocar os outros! Assim com recurso aos dados estatísticos conhecidos até 23 de Setembro, podemos concluir que:
·
Foram registados um total de 71005 infectados com
o coronavírus, para uma população total de 10 286 268 residentes em 2019 (com
um grau de incidência global da infecção de 0,69%);
·
O maior numero global de infectados 11 706 ,situa-se no nível etário
30-39 anos, que representa cerca de 16,49% do total dos infectados e 12,16%
do total da população residente, com um grau de incidência da infecção de 0.94%;
·
O maior e mais grave grau de incidência de
infectados (1,04%) situa-se no nível etário de 20-29 anos, que representa
16,05% do total dos infectados e 10,62% do total da população residente em
Portugal;
·
É no nível etário 70-79 anos (9,46% do
total dos residentes em Portugal), que representam 6,73% do total dos
infectados e o mais baixo grau de incidência 0,49%;
Em resumo podemos constatar que cerca de 48,9% do
total dos infectados, até 23 de Setembro de 2020, quase metade, encontram-se no
nível etário 20-49 anos e representam apenas cerca de 38% dos residentes em
Portugal. E porque como disse Emile Lemoine: “Uma verdade matemática não é
simples nem complicada por si mesma. É uma verdade. “
Também queremos deixar bem claro que não temos
nenhuma recomendação específica, a não ser aquela que é as próprias pessoas
fazerem a automonitorização dos seus sintomas, entre eles a temperatura, antes
de se deslocarem para a escola ou para o trabalho”. Alguém já me disse que o
que conta a inspiração que lhe surgiu sobre
como poderia usar “os três elementos mais importantes: a máscara, o sabonete e
o álcool”. E, aqui quero relembrar que não se ponha em causa o papel da escola na oferta de conhecimentos que habilitem o
jovem a formar, livremente, opinião sobre aquilo que o rodeia. Se a escola o
não fizer, lá estará a Internet, lá estarão as redes sociais para ocuparem o
seu lugar.
Sem dúvida que não se pode deixar estas ditas “
maleitas” sem qualquer tratamento, mas vamos dosear a medicação que conta, com
peso e medida. Há muito medo e muita ansiedade nestes tempos de incerteza, como
dizia Platão, “a coisa mais indispensável a um ser humano é reconhecer o uso
que deve fazer do seu próprio conhecimento”. A este propósito não deixo de
dizer que até há um estudo que também nos descansa: cantar não contribui para a
propagação do vírus, já o volume… O importante é respeitar as regras de
distanciamento. Na minha opinião e para finalizar não podemos esquecer que serão
necessárias duas coisas para controlar o vírus, este ou outro qualquer: medidas
de higiene e uma vacina. A questão é que não podemos ter uma sem o outra! Haruki Murakami também deixou uma afirmação para a
posteridade: “Quando sairmos da tempestade, não seremos mais a mesma pessoa
que havia entrado nela. É disso que tratam as tempestades”