“Há um proverbio
grego que diz: que mais vale tarde do
que nunca! Daí não nos admirarmos de que fosse encontrada a explicação de
qual era o “diabo” de que Passos falava. Na verdade, eram as armadilhas e as
bombas ao retardador que ele e a senhora Maria Luís tinham deixado nas contas
públicas. O que eles não sabiam era que o Dr. António Costa e o Dr Centeno
tinham o curso de “desactivação de explosivos perigosos e de minas e armadilhas”.
(anónimo)
Uma das constantes e
repetidas situações da maior parte dos políticos é terem sérios problemas de
memória, só isso explica Passos Coelho ter-se esquecido do perdão fiscal que
com Portas lançou em 2013, para não referir os desvios colossais com que iam
justificando as doses suplementares de cortes salariais e “fananços” nas
reformas e pensões, com que pretendiam lançar a sua desvalorização fiscal do
trabalho. O senhor Passos Coelho parece
ignorar que em certas matérias lhe falta autoridade moral para questionar ou
criticar este ou qualquer outro governo.
Passos anda agora
por aí, com apoio da imprensa, e enquanto não seguir os seus conselhos que deu
aos outros para emigrarem e saírem da sua zona de conforto, continua por cá, a
atentar-nos a inteligência e a sacrificar o País e os portugueses, com retórica
e estratégia do quanto pior melhor! É a política
da terra queimada como faz qualquer incendiário!
Mas agora
compreendemos que Passos Coelho nunca perdeu a esperança num segundo resgate, o
que o levaria de novo ao poder par governar sem restrições constitucionais,
estava convencido de que as coisas correriam mal. Passos Coelho e a sua Dona
Aritmética sabiam muito bem que tinha armadilhado as contas orçamentais de 2016
com a ajuda de Maria Luis sua “fiel professora” . Eles sabiam que 2016 poderia
ser dramático, um deslize orçamental tiraria o país dos mercados e forçaria a
esquerda a deixar de apoiar o governo.
Passos Coelho ainda
insiste em não perceber que já nem “o diabo” aposta nele, já estamos quase em
final de Janeiro, seis meses depois da vinda do mafarrico ter sido anunciada e
o líder do que resta do PSD ainda tenta demonstrar que algo correu mal em 2016,
mas só ele e sua especialista em aritmética é que o conseguem perceber.
Desde que o OE de 2016 foi aprovado que o Passos mais
a Dona Aritmética sofrem de um fetiche relacionado com o plano B, só se excitam
enquanto oposição quando lhes vem o dito plano à cabeça.
Mas a Dona
Aritmética estava enganado, a armadilha que manhosamente deixou montada não
funcionou e o diabo não apareceu. Desde então Passos Coelho anda desesperado
para provar que houve mesmo um plano B, daí que agora tenha um fetiche com
medidas extraordinárias. Ele que só governou com medidas extraordinárias, com
sucessivas renegociações secretas do memorando para acomodar a sua “pinochetada económica”, vê agora medidas
extraordinárias em tudo.
As vigarices feitas
com os reembolsos do IVA e com as retenções na fonte de IRS representavam um
buraco orçamental digno de ser um “desvio colossal”, daí que Passos tivesse
anunciado a vinda do diabo, quando o impacto do buraco fiscal se fizesse sentir
na contas, o que sucederia depois de processados todos os reembolsos. A
situação seria tornada pública com a divulgação do relatório da execução
orçamental de Setembro
E Passos ainda não percebeu como é que conseguiram “que
as bombas não explodissem”