NOS MOMENTOS DIFICEIS É QUE APARECEM OS VERDADEIROS JORNALISTAS!
A função prioritária de um jornalista é relatar
os factos de interesse público colectivo, transformando essa informação rigorosa,
de modo a que a mesma seja credível e entendível pelas pessoas. O que temos assistido
na generalidade dos órgãos de imprensa portuguesa, em especial nas tvs, “é o
vale tudo pelas audiências”.
Por isso hoje ao ouvir na TSF a cronica de Paulo Baldaia
– jornalista da chamada velha guarda – entendi que tinha que contribuir para o
seu conhecimento publico, embora em abono da verdade , hesitei em partilhá-lo,
porque ele é mais do que todos os outros.
“Salvar-se para
merecer ser salvo. a opinião de Paulo Baldaia
O negócio
da comunicação social, que já estava em crise, vai sofrer de modo particular
com a quase paralisação da economia, provocada pela pandemia do novo
coronavírus. Não podemos ficar indiferentes ao facto desta machadada atingir de
forma muito dura um sector que é crucial neste combate e que mantém os seus
custos, mas que está a perder grande parte das suas receitas. Nunca os jornais,
rádios, televisões e os seus online tiveram tanta audiência e nunca a
informação rigorosa foi tão necessária. Quando a economia para, as receitas
publicitárias são as primeiras a desaparecer. Garantir a viabilidade económica
das empresas de comunicação social, proposta altamente impopular nas redes
sociais, numa situação altamente crítica como a que vivemos, é uma obrigação de
qualquer governo em Democracia, mas salvar o jornalismo continua a ser uma
tarefa exclusiva dos jornalistas. O que vimos, lemos e ouvimos nos últimos
tempos deu sinais altamente contraditórios. Se, por um lado, a utilidade e o
rigor da informação dos órgãos de comunicação social fez contraponto com a
inutilidade e falsidade de muita informação das redes sociais, por outro lado,
fez-nos desperdiçar o tempo numa corrida em que procuravam adivinhar o que o
governo ia decidir. E quando falharam, a culpa foi sempre da realidade. Pior,
em muitos casos, foi notório o ressabiamento dos jornalistas com o governo pelo
facto de o governo não ter decretado proibições que os jornalistas garantiam
que iam acontecer. No deve e haver, nada supera a utilidade dos órgãos de
comunicação social na capacidade de dar aos portugueses informação útil e
rigorosa. Por agora, é preciso que os jornalistas abdiquem de correrias sem
sentido e que o poder político comece a elaborar um plano para salvar as
empresas de comunicação social que demonstrarem que merecem ser salvas.”
Como cidadão que pago e paguei sempre todos os meus
impostos nunca concordarei com um governo que “possa vir dar ou subsidiar com o dinheiro pago pelos
portugueses a imprensa e as tvs” – na generalidade, com muito raras excepções a
imprensa, e em especial as TVS tem sido a “erva daninha” do nosso estado de
direito e prejudicado seriamente os cidadãos e o interesse publico que deviam
prosseguir .
Em Portugal, há alguns bons jornalismo e há bons
profissionais. Mas aquilo a que assistimos recentemente, designadamente em
reportagens nas TVs, não é jornalismo de investigação. É, apenas, uma negação
do jornalismo, que violam a liberdade e a dignidade, de pessoas e das instituições.
E o que fez ou faz a Procuradoria Geral da Republica? Tanto que se saiba ,
somos um estado de direito, e ninguém está acima da Lei?