No fundo, gerir uma cidade é compatibilizar contradições, harmonizar interesses contrapostos. Sendo que a qualidade de vida urbana compreende um conjunto de atributos, serviços de que as cidades dispõem ou produzem para facultar aos cidadãos, às organizações sociais e empresariais e às comunidades condições da realização pessoal, profissional e familiar para o exercício dos seus direitos de cidadania, mas também o ambiente para garantir o desenvolvimento das actividades produtivas e a coesão comunitária e territorial. E aqui aparecem o acesso à habitação; facilitação de serviços qualificados de educação e formação, saúde, cultura, lazer e desporto, bem como de serviços públicos e administrativos eficientes e amigáveis; condições de mobilidade, conjugando transportes, motorizados ou não, a mobilidade pedonal e a eliminação de barreiras para os deficientes; padrões urbanísticos, arquitectónicos e ambientais; segurança pública entre outras preocupações do governo da cidade.
Licenciamentos, regulamentos e toda uma parafernália de burocracia que dantes emperrava e criava um caldo de cultura que convidava ao laxismo e à corrupção é, doravante, uma plataforma de eficiência e eficácia administrativa e maior igualdade no acesso dos munícipes aos bens, equipamentos e serviços da autarquia. Desde a habitação, ateliers, licenciamentos de obras - tudo ficou mais facilitado com o Simplis