Por alunos em risco podem considerar-se não apenas os que apresentam piores resultados escolares e comportamentos preocupantes, mas também alunos que, apesar do bom aproveitamento, tenham um envolvimento socio-económico de risco, que possa colocar em causa a manutenção do seu percurso educativo.
Tal como define a metodologia da EPIS, após o processo de sinalização dos alunos, os mediadores passam a contactar directamente os jovens - tentando perceber os seus problemas e trabalhando ao nível das suas motivações e também dos seus problemas de aprendizagem com a ajuda dos professores locais. Fazem com eles uma contratualização de objectivos. Neste "contrato" os mediadores tentam também envolver as famílias. "O objectivo é criar factores de protecção", resume Diogo Simões Pereira. "Porque é importante que os pais valorizem a educação e disponham de informação irrefutável de que só a educação pode garantir o futuro dos seus filhos. E têm de aproveitar a oportunidade, pois vivemos num país em que a educação é gratuita".
O sistema da EPIS, que parte inteiramente da iniciativa privada, aposta ainda num forte envolvimento dos parceiros locais, com as autarquias à cabeça, mas também das empresas e dos centros de assistência social. Sem esta aliança, o projecto não seria, de resto possível.
Será que os nossos autarcas não estão interessados em cumprir o seu dever ?