sexta-feira, novembro 04, 2016

SERÁ QUE FUI ROUBADO, FURTADO OU SAQUEADO?

 SERÁ QUE FUI ROUBADO, FURTADO OU SAQUEADO?
(Quem furta não se torna proprietário, limita-se a subtrair a coisa.)

Podem crer que já estou a ficar bastante “baralhado”, e já não sei se fui “roubado, saqueado ou furtado”, ou ainda mais uma série de “qualificativos” para os factos de os meus rendimentos provenientes do trabalho e dos descontos de mais de 42 anos, terem sofrido, ou do mesmo foram subtraídos uma parte, durante o desgoverno de Passos e Portas, com um “decréscimo acentuado” e não previsto, cativação pensava eu, mas  que afinal não foi restituída, embora tenha sido declarada inconstitucional pelo respectivo Tribunal Constitucional, mas que o dito desgoverno de Passos e Portas não cumpriu. E eu a pensar que a desobediência ao não cumprir uma lei era crime. Ou já não será?
Mas agora, tendo sido despachada aquela “trupe”, que nos “rapou” e se apoderou de parte dos rendimentos, reformas e pensões, e quando vivemos num clima de paz social, sem crispações entre órgãos de soberania, e com alguma esperança que possamos finalmente, fazer ouvir a nossa voz na Comunidade Europeia e no Mundo, ao contrário de Passos e Portas (entretanto substituído pela Cristas) que nos desgovernou, que não criou paz social, que “arranjou” conflitos sérios com o Tribunal Constitucional e que foram subservientes com a CE e o resto do Mundo, proclamam agora, qual virgem ofendida, a sua paixão pela justiça social e pela luta contra a pobreza e desigualdades, esquecendo-se que já não vamos em cantos de sereias, nem em hipocrisias de última hora.
Claro que temos memória e bem sabemos que com Passos Coelho, a “dita sobretaxa era para manter até 2019”. Esqueceram-se? Esqueceram-se convenientemente de “todas as malfeitorias” muitas vezes ilegais e inconstitucional no Governo PSD-CDS. Por isso, é essa a nossa convicção de que o governo actual, vai de facto “acabar” com esse “surripio” dos rendimentos dos portugueses, já em 2017, não no fim, mas no principio – ou como diria o outro “se rapinar é tanto subtrair com violência como "roubar ardilosamente", então rapinar pode ser sinónimo tanto de roubar como de furtar!”
Na verdade, na linguagem de todos os dias, furto e roubo significam o mesmo. Mas, para a lei, não. Se através do furto, alguém apropria-se de forma ilegítima de um bem de outra pessoa, já quanto ao roubo o mesmo é feito “por meio de violência contra uma   pessoa, de ameaça com perigo iminente para a vida ou para a integridade física, ou pondo-a na impossibilidade de resistir”. Em resumo, no roubo há uma subtracção com constrangimento ou violência; no furto a subtracção não comporta constrangimento ou violência.
A este propósito não deixa de ser “muito interessante” que o tão propalado inquérito parlamentar à Caixa Geral de Depósitos, a dita Auditoria Forense, à mesma ou até a tão noticiada acção do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de um “ inquérito à Caixa Geral de Depósitos por suspeitas de gestão danosa”, tenha “desaparecido” da “nossa imprensa” e por isso, salvo melhor conhecimento nesta matéria, teríamos que perguntar: Para onde foi o dinheiro que “parece” que desapareceu? Quem foram os beneficiários desses empréstimos? O património pessoal dos principais responsáveis não responde, ou não tem que responder por esses “desvios”? Que garantias havia para esses empréstimos? Ou será que o tal “loby” tão poderoso tomou conta do assunto? Cumpre ainda perguntar, o que aconteceu com o desgoverno de Passos, neste quase cinco anos, que ignorou por completo a existência destes créditos e não fez nada para sanar esta situação?
Como alguém dizia “mentir várias vezes em benefício próprio vai diminuindo a reacção do nosso cérebro à desonestidade. E, assim, mente-se cada vez mais”.  Esperemos que não se trate de mais uma manobra cosmética para “inglês (alemão) ver”. Parece cada vez mais claro que a Europa precisa de um tribunal supra-nacional dedicado a combater crimes financeiros, possivelmente a funcionar nos moldes do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Não faz sentido serem os contribuintes a pagar resgates de bancos por gestão danosa em Portugal ou em qualquer outro País.
Daqui a minha duvida inicial o saber qual a diferença entre roubar e furtar e creio que instituições que empregam um português correcto e profissional também o não sabem!
É normalíssimo porque estamos a assistir a uma grande luta entre os vários grupos de pressão para dividir o que existe. Portugal é um país desenvolvido, é um país rico. Há muito para dividir. E é essa luta entre quem perde e quem ganha que se está a desenvolver. A defesa ideológica de certas posições é isso mesmo, daí tentar atacar.”
(http://expresso.sapo.pt/economia/2016-10-30-O-colapso-financeiro-de-Portugal-segundo-Joao-Cesar-das-Neves)

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