sábado, julho 04, 2020

"Anyone who has something to live for is capable of supporting anything." (Friedrich Nietzsche)

"Anyone who has something to live for is capable of supporting anything." (Friedrich Nietzsche)

Some say that time is a sieve. It disperses the noise, makes all secondary things fall and leaves us what really matters. As I have already written, in these times that are not our times, sometimes we feel, in general, in a phase of a certain existentialism, in which we can never lose sense and be aware of our age, and it is in these moments that do we think strongly about what we are doing here? The reality is that regardless of the scientific issues, it is of elementary common sense to conclude that “many situations of gravity” are linked to situations of despair, frustrated expectations, lack of horizons, inability to overcome difficulties or as an attempt to escape from circumstances of life that he himself refuses to face. It is therefore reasonable to think of this statement attributed to Sun Tzu: "In the midst of chaos there is always an opportunity", which in many cases, it might have been possible to avoid the realization of tragic and irreversible outcomes, if someone had managed to mitigate the causes of so much We are in a time of crisis as a result of a pandemic that has turned the world inside out. As a result, we are at the door of an economic crisis that will turn the lives of many families inside out. behind every door or every cloth we use to hide our weaknesses?
What have we learned from this pandemic? This is an exercise that we probably all did and are still doing, because there will be no one who has not learned something that they will not forget, for the rest of their lives. A pandemic broke out in our lives and a feeling of fear and anxiety hit us. Which means that this is not for fun, we still cling to a chronic optimism that allows us to see the less dark side of these days full of uncertainty, but we live “one day at a time”, managing the routines and emotions of best way we know, but not always sure to be the best way. Perhaps for this reason, it will be very useful to recall here some of the teachings of Buddhism: “Do not live in the past, do not dream about the future, focus your mind on the present moment.” (Buddha)
We have the perception that income, or the lack of it, is certainly one of the biggest causes of suffering and despair within families and leads to extreme situations. In this society facing economic growth, where individual success is closely linked to the ability to accumulate wealth, and where loneliness is a journey that we cannot take on each other, situations of despair related to unemployment, precarious work or low wages are usually seen as collateral damage that the State, always he, can eventually help correct, having the ability to always bear in mind that loneliness is also part of life's experience, and that living life makes us feel well, that happiness of each one of us, cannot be full while the unhappiness is, and we without knowing it, right there beside us. That is why it is very good to have in mind what Eloi Laurent, an American economist, said: "Economic growth is a deadly paradox and it is also an illusion. Huge growth can hide human poverty, as we see in the USA"

“Quem tem algo por que viver, é capaz de suportar qualquer coisa.” (Friedrich Nietzsche)


“Quem tem algo por que viver, é capaz de suportar qualquer coisa.” (Friedrich Nietzsche) 

Há quem diga que o tempo é uma peneira. Dispersa o ruído, faz cair todas as coisas secundárias e deixa-nos o que realmente importa. Como já tenho escrito, nestes tempos que não são os nossos tempos, por vezes sentimo-nos, no geral, numa fase de certo existencialismo, em que nunca podemos perder o sentido e ter alguma consciência da idade que temos, e é nesses momentos que pensamos fortemente sobre o que andamos a fazer aqui? A realidade é que independentemente das questões científicas, é de elementar bom senso concluir que “muitas situações de gravidade” estão ligadas a situações de desespero, de frustração de expectativas, de falta de horizontes, de incapacidade de superar dificuldades ou como tentativa de fuga a circunstâncias de vida que o próprio se recusa a enfrentar. É por isso razoável pensar nesta afirmação atribuída a Sun Tzu: No meio do caos há sempre uma oportunidade", o que em muitos  casos, talvez fosse possível evitar a concretização dos desfechos trágicos e irreversíveis, caso alguém tivesse conseguido atenuar as causas de tanto sofrimento. Estamos num tempo de crise em resultado de uma pandemia que virou o mundo do avesso. Em consequência, estamos à porta de uma crise económica que irá virar do avesso a vida de muitas famílias. Quando e onde conseguimos destapar a realidade que está por detrás de cada porta ou de cada pano que usamos para esconder as nossas fragilidades?
O que aprendemos com esta pandemia? Este é um exercício que provavelmente todos nós fizemos e ainda estamos a fazer, porque não haverá quem não tenha aprendido algo que não irá esquecer, para o resto da vida. Uma pandemia entrou de rompante nas nossas vidas e abateu-se sobre nós um sentimento de medo e ansiedade. O que quer dizer que isto não está para brincadeiras, agarramo-nos ainda a um optimismo crónico que nos permite ver o lado menos negro destes dias carregados de incertezas, mas  vivemos “um dia de cada vez”, gerindo as rotinas e as emoções da melhor forma que sabemos, mas nem sempre certos de ser o melhor caminho. Talvez por isso, será de muita utilidade recordar aqui alguns dos ensinamentos do budismo: “Não viva no passado, não sonhe com o futuro, concentre a mente no momento presente.”(Buda)
Temos a percepção de que os rendimentos, ou a falta deles, é certamente uma das maiores causas de sofrimento e de desespero no seio das famílias e conduz a situações limite. Nesta sociedade virada para o crescimento económico em que o sucesso individual está muito ligado à capacidade de acumular riqueza, e em que a solidão é uma jornada que não podemos fazer uns aos outros, as situações de desespero relacionadas com o desemprego, a precariedade laboral ou as baixas remunerações são normalmente vistas como danos colaterais que o Estado, sempre ele, poderá eventualmente ajudar a corrigir, tendo a capacidade de ter sempre bem presente que a solidão também é parte da experiência da vida, e para que viver a vida nos faça sentir bem, essa felicidade de cada um de nós, não pode ser plena enquanto a infelicidade estiver, e nós sem o saber, ali mesmo ao nosso lado. Por isso, é muito bom termos presente aquilo que disse Eloi Laurent ,um economista, norte americano "O crescimento económico é um paradoxo mortal e também é uma ilusão. Um gigantesco crescimento pode esconder a pobreza humana, como vemos nos EUA"