sexta-feira, maio 10, 2019

"Um sonho é um escrito, e muitos escritos não são mais do que sonhos." (Umberto Eco)


"Um sonho é um escrito, e muitos escritos não são mais do que sonhos."  (Umberto Eco)  

 Diz-se que aquele que sabe viver a vida percebe que vale mais a pena recordar os momentos felizes em vez de relembrar os seus erros e as suas mágoas. Como na generalidade toda a gente, também me lembro do passado, mas não com um sentido de melancólico, mas sempre com muita saudade, e também com a sabedoria da maturidade, o  que me faz projectar no presente aquilo que, sendo ou consideramos os melhores momentos e também os menos bons, não se perderam nem nunca se perdem. Devemos considerar que a maturidade permite-nos olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura e perceber que não volta mais ao nosso convívio quem perdemos e que marcou de forma definitiva a nossa vida. Amadurecer significa deixar a nossa visão egocêntrica para compreender que existe um mundo maior e mais complexo, um mundo que muitas vezes nos coloca à prova e que nem sempre satisfará nossas expectativas, os sonhos e as ilusões da nossa vida. E, no entanto, quando amadurecemos, podemos viver em paz naquele mundo, aceitando tudo de que não gostamos, mas com a plena consciência que  não  podemos mudar o passado.  Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
É por isso que amadurecer talvez seja descobrir que sofrer perdas no nossa vida é inevitável, mas que não precisamos nos agarrar à dor para justificar nossa existência. Como disse William Arthur Ward : ” Cometer erros é humano e tropeçar é comum; a verdadeira maturidade é poder rir de si mesmo “.  
Na realidade a verdadeira maturidade psicológica surge quando somos capazes de ter a capacidade emocional de aceitarmos esses acontecimentos , e quando olhamos a realidade para os nossos olhos e, em vez de os descermos, e olhar-mos o chão,  nos perguntamos: ” Qual é o próximo passo? ” Isto significa que, embora a realidade possa ser dolorosa, não ficamos presos no papel de vítimas sofrendo em vão, mas protegemos o nosso equilíbrio emocional adoptando uma atitude proactiva, pois na generalidade a  maioria de nós não ouve com a intenção de entender o que nos está a ser dito, mas  ouvimos com a intenção de responder. “ A sabedoria não está em não falhar ou sofrer, mas usar nossas falhas para amadurecer e nosso sofrimento para compreender a dor dos outros.” (Augusto Cury)
Há quem diga que por vezes, viver na ilusão pode ser mais cómodo do que encarar “a triste realidade de viver a vida” . Aliás, é exactamente por isso que nos deixamos nos enganar. Por que muitas verdades doem na alma, esmagam o nosso coração e nos jogam , como diz o povo “na sargeta!. Então, é por isso que  mesmo sem se dar conta, a pessoa finge que não vê o que está bem claro, nega aquilo que é evidente e deixa-se enganar até por si mesma. Entretanto, ser ludibriado pela fantasia pode nos levar a um desperdício do nosso tempo, porque no mundo da lua não existe vida, e para seguir adiante no mundo real é preciso ter os pés no chão, e quanto mais firmes, mais largos os nossos passos em direcção a verdadeira felicidade de viver a nossa vida.  “Tenho a idade em que as coisas se olham com mais calma, mas com o interesse de seguir crescendo. Tenho os anos em que os sonhos começam a se acariciar com os dedos e as ilusões se tornam esperança. Tenho os anos em que o amor, às vezes, é uma louca labareda, ansiosa para se consumir no fogo de uma paixão desejada. E outras, é um remanso de paz, como o entardecer na praia. Quantos anos tenho? Não preciso de um número marcar, pois meus desejos alcançados, as lágrimas que pelo caminho derramei ao ver minhas ilusões quebradas. Valem muito mais do que isso. O que importa se fizer vinte, quarenta, ou sessenta! O que importa é a idade que sinto. Tenho os anos que preciso para viver livre e sem medos. Para seguir sem temor pelo atalho, pois levo comigo a experiência adquirida e a força de meus desejos.” (José Saramago)

“ Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha juntos é o começo da realidade.” (Miguel de Cervantes)


“ Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha juntos é o começo da realidade.” (Miguel de Cervantes)

Somos levados a admitir que “construção de uma vida” encontra-se, actualmente, mais em poder dos factos do que das convicções de cada um. E, é nesse sentido que penso que todos nós em certos momentos já nos interrogámos, qual a razão porque há algumas pessoas que parecem encantar toda a gente à sua volta mal abrem a boca e outras, que podem até ter coisas mais interessantes para dizer, mas cuja voz não chega sequer a ser ouvida. A nossa resposta poderá ser porque talvez sejam pouco assertivas, ou até tímidas, ou então não conseguem expressar bem as suas ideias. “A luz se foi e agora nada mais resta, a não ser esperar por um novo sol, um novo dia, nascido do mistério do tempo e do amor do homem pela luz.“ (Gore Vidal)
Lembrei-me de recuperar estes pensamentos porque muitos de nós lutam de vários modos durante a vida para permitir aparecer, ser vistos ou ser reconhecidos. Muitos de nós sentimos, em certos momentos, que talvez não tenhamos o direito de ser importantes. Muitos de nós sentimos até que não merecemos os nossos próprios sonhos ou presentes que sempre querem significar algum acontecimento. Muitos de nós sentimos que ao ocuparmos um espaço, isso significa deixar menos espaço para os outros fazerem o mesmo. E muitos de nós somos levados a  permanecer pequenos por toda a vida porque é mais fácil do que passar por nossa própria dúvida e aparecer, repetidamente, até começarmos a acreditar que realmente somos dignos de existir e viver a nossa vida, porque é o prazer de viver que dá todo o sentido à nossa vida. Como disse Alvin Toffler :"O futuro é construído pelas nossas decisões diárias, inconstantes e mutáveis, e cada evento influencia todos os outros."   
Quando nos perguntam como vai a vida, desde a família, aos filhos, à saúde, no geral respondemos que  tudo está, se não muito bem, no mínimo bem. É interessante que nessas alturas ninguém tem problemas com a esposa ou com o esposo, com os filhos, com os amigos, com os empregados, ou até com os vizinhos. O que transparece é que tudo é tão perfeito na vida dos outros, que não nos atrevemos sequer a nos queixar ou a lamentar sobre o que nos aborrece ou nos entristece. E há tantas coisas que nos aborrecem e outras tantas que nos entristecem!
 Quantas vezes é que não ouvimos alguém  queixar-se ou lamentar-se de que não se está sentindo muito bem, ou de que simplesmente que está triste? E muito menos que esse estado “de alma” se tem prolongado no tempo? Talvez porque achamos que  raramente conhecemos alguma pessoa de bom senso, além daquelas que concordam connosco. No entanto segundo JOSH BILLINGS “Bom senso é a capacidade de ver as coisas como são e fazê-las como devem ser feitas.”.
E porque assim é,  e se queremos estar  bem com todos no “nosso mundo e no mundo dessas pessoas”, sejamos então alegres, não falemos nunca de dramas, de problemas, da falta de dinheiro, de angústias várias. É que desta forma, ninguém nos vai achar problemático, complicado, ou um maçador e  ter de nos evitar a cada momento. Mas, quando ficamos exaustos de tanto nos contermos, sem podermos “abrir o coração e a boca”, até porque ninguém nos ouviria mesmo, não sabemos ainda as consequências de tanta contenção, pois se de facto preocupar-se é um hábito, que consideramos nocivo, e que se disfarça por trás de uma intenção real de resolver uma situação problemática, pelo contrário a resolução de problemas, a preocupação geralmente não leva a lugar algum e tem uma tendência a sair do nosso controlo. Além disso, os psicólogos apontam que a preocupação é quase sempre inútil, não nos devemos preocupar com o que ainda nem sequer aconteceu, e pode até mesmo atrapalhar os nossos processos de pensamento. Daí o conselho de  Winston Churchill “É bom ter livros de citações. Gravadas na memória, elas inspiram-nos bons pensamentos.”
É nesta altura cabe aqui perguntar: Será que só nós temos problemas? Ou será que há sempre alguém em pior situação que nós? A vida não é um “programa de computador” para ser vivida  de forma “ perfeita sem problemas e sem dramas”, temos que ter consciência que nem tudo nas nossas vidas tem de estar bem, nem da nossa , nem dos outros , que podemos e devemos falar dos nossos problemas, sejam eles de que natureza forem, que nem sempre estamos  alegres ou  de bom humor, como disse José Saramago :“A solidão é enriquecedora, mas isso depende directamente da possibilidade de se deixar de estar sozinho.“
Certo é que estamos, por cada dia que passa, a perder o que de melhor há na vida e nos relacionamentos humanos, que é a troca de experiências, de partilharmos o nosso modo de viver a vida, na troca de esperanças, de ideais - da vida, em suma - e ir  atrás do que na verdade nos interessa e que nenhum enfeite disfarça mas nos faz viver a vida. Como dizia Albert Einstein : “Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre.

“Enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança." (William Shakespeare)


   “Enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança." (William Shakespeare)  
 
Como acontece com grande parte das pessoas  vejo o tempo passar, e ao mesmo tempo “parece” começar a sentir uma “espécie de preguiça crónica” que nos quer fazer esquecer de olharmos para as coisas que nos rodeiam. Causa-me um certo espanto o tempo que agora passa. Cheguei à conclusão que o tempo é a única coisa terrível que existe. O tempo, que neste tempo passa sem quase dar por isso e leva de arrasto, aparentemente aleatório, a juventude que já foi nossa e a dos outros. Não é uma situação de  amargura, é apenas a realidade da vida. Como disse Josh Billings acerca da solidão como “ um lugar bom de visitar uma vez ou outra, mas ruim de adoptar como morada.”  É por isso, que temos que aprender a observar, porque a realidade sem o sonho e a fantasia não tem nenhuma utilidade para a nossa “estadia” e modo de viver a nossa vida. E continuamos a sonhar que venham novas histórias, novos sorrisos e novas pessoas!
Como todos já alguma vez sentimos a solidão nunca vem sozinha, pois como  devemos saber, ela traz consigo a dor, a saudade, a tristeza e o vazio.
Há quem diga que saudade é não saber! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que parem o nosso pensamento, não saber como “parar” as lágrimas quando ouvimos uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio, naqueles momentos em  que nada nos preenche. Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos “machuca”, é não conseguir ver o futuro que nos convida! Saudade é sentir que existe o que não existe mais! “Aqueles que nunca sofreram não sabem nada, não conhecem nem os bens nem os males, ignoram as pessoas , ignoram-se a si próprios.”( François Fénelon)
Todos devemos saber que existem algumas formas de honrar a memória das pessoas. É um exercício interessante, porque estimula o significado das histórias compartilhadas, quando a pessoa não esteja mais cá, o que nos faz “relembrar” que o que vivemos juntos permanece vivo sob a forma de sabedoria, de crescimento, de motivação. Mesmo que exercícios como criar álbuns de fotografias, visitar locais especiais, celebrar até aniversários, etc, possam trazer lágrimas, também revelará sentidos que se “mantiveram” escondidos nos casos em que tais memórias, por um motivo ou outro “já se tinham dissipado” na nossa mente. Não apaguem nada, tentem compreender tudo, flutue livremente por entre as suas  histórias. Chore o que tiver que chorar, abrace tudo que surgir até que os primeiros sorrisos comecem a florescer.“A vida é apenas isto: um encadeamento de acasos bons e maus, encadeamento sem lógica, nem razão; é preciso a gente olhá-la de frente com coragem e pensar, mas sem desfalecimentos, que a nossa hora há-de vir, que a gente há-de ter um dia em que há-de poder dormir, e não ouvir, não ver, não compreender nada.”(Florbela Espanca)
Não foi por acaso que num destes dias surgiu-me a ideia de que  a “saudade” não se encaixa muito bem, ou mesmo nada com a  “solidão”, já que a “saudade” é bastante mais do que isso. Saudade é ver uma miragem no final de uma estrada deserta, é andar de braços dados com o sonho e esperança, é tentar enganar-se pela milésima vez caminhando no sentido contrário do tempo. Pelo contrário a solidão é uma espécie marcha lenta, é o degradar  de qualquer tipo de sentimento,  é o aprender a dançar sozinho, beber sozinho, sonhar de forma avulso sem sentido de coisa alguma,
 é o olhar para os lados e descobrir que a saudade continua a bater à porta, não a sua porta, mas sim a de qualquer outro.  “Nada é para sempre, dizemos, mas há momentos que parecem ficar suspensos, pairando sobre o fluir inexorável do tempo“.( José Saramago)
Considera-se que é de facto incrivelmente, um óptimo meio ou recurso de tratamento, como terapêutica adequada o conversar sobre os sentimentos que cada um sente. A morte da esposa ou do marido ou de outro qualquer familiar ou amigo mais chegado, é um evento fortemente traumático para o qual ninguém está preparado. Pode levar anos para processar todos os sentimentos que ficam e atribuir significado às histórias compartilhadas. Lembrar estas experiências pode trazer conforto e até alegria, um passo crucial para a solução e recuperação da vontade de viver. É por isso que, devemos de procurar não só as  pessoas que tenham ou estejam a passar pela mesma situação, mas também com sentimentos genuínos de compaixão para poder escutar o que tem ou quer dizer.  “A vida, que parece uma linha recta, não o é. Construímos a nossa vida só nuns cinco por cento, o resto é feito pelos outros, porque vivemos com os outros e às vezes contra os outros. Mas essa pequena percentagem, esses cinco por cento, é o resultado da sinceridade consigo mesmo”. (José Saramago)

Os cães vivem muito pouco, para o amor que lhes ganhamos “ (José saramago)


Os cães vivem muito pouco, para o amor que lhes ganhamos “ (José saramago)

Olhar esse animal que nos olha do outro lado do espelho do mundo mas todavia próximo de nós, significa pensar o que significa viver, falar, morrer, ser, ser feliz, estar no mundo e com o mundo. O animal que nos olha olhando-nos no desamparo da nossa solidão e nudez, para lá do bem e do mal, bem pode ser este cão de José Saramago. Deixou-nos com um pensamento basilar: “Há uma coisa em que as vitórias e as derrotas se parecem: É que, nem umas nem outras são definitivas”( José Saramago ).
Quantas vezes já ouvimos um dono a falar do seu cão, do cão da família, do seu cão que pensa que é um membro da família, tudo muito simples e até  engraçado, sem sabermos explicar o porquê? Não é que tal explicação tenha qualquer interesse, a realidade é que um dos benefícios inesperados de ter um cão é a forma como eles afectam a nossa vida, o nosso modo de sentir e  viver a vida, pondo uma certa beleza no mundo, como imortais na vivência pessoal dos que sabem ver e também sentir.
Como deixou escrito Cora Coralina : “Embora não possamos acrescentar dias à nossa vida, podemos acrescentar vida aos nossos dias.”
Como é agradável ao sentir aqueles benefícios mais fantásticos dos  cães que é a sua extraordinária capacidade de nos fazerem sentir calmos, o que tem um efeito brilhante na nossa saúde. Acariciar o nosso animal de estimação por apenas alguns minutos pode fazer o nosso cérebro libertar substâncias químicas que nos fazem sentir bem e, em alguns casos, até reduzir a nossa pressão arterial .
Tudo isto é óptimo para a nossa saúde em geral. A nossa pressão arterial tem um grande efeito no nosso bem-estar. Por isso, da próxima vez que sentir algum “stresse,” ou simplesmente precisar de parar, dedique algum tempo a mimar o seu animal de companhia. Ambos beneficiarão disso! Como disse  Milan Kundera “Os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz.
Como muito bem sabemos o nosso  cão vai faz-nos sair de casa e experimentar coisas que nunca tínhamos considerado, nomeadamente o aumento de forma significativa da nossa actividade física regular, sem que se apercebamos disso, mas para além disto o que torna o nosso  passeio diário do nosso cão muito mais interessante, é conhecer novas pessoas .
É pouco provável que na nossa azáfama diária possamos parar para falar com um estranho que se cruza connosco na rua, mas ao contrário todos sabemos que tal não acontece quando passeamos o nosso cão e como é fácil falar com outras pessoas, enquanto o nosso cão  procura  fazer novos amigos. Na verdade temos algo em comum: os nossos cães são sociáveis e amigáveis. “Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas”. (Cora Coralina)
Por vezes não temos motivação para  fazer uma caminhada sozinhos, mas quando sabemos que o nosso cão precisa de fazer exercício, não pensamos duas vezes. Todos os passeios nos parques e aventuras no campo ou  praia são momentos extra de exercício físico. Um dos maiores benefícios de ter um cão é a forma como eles nos encorajam a ser mais activos, o que suporta tanto a nossa saúde como a deles.
É quase impossível sentir-se sozinho ao lado do seu cão e por uma boa razão. A maioria dos cães é muito sociável e adora ter companhia, seja canina ou humana. Quando o seu cão o recebe cheio de alegria, quando chega a casa, ou lhe mostra que quer dar o seu passeio preferido, sabe que terá sempre um amigo ao seu lado.
 Parece que os nossos cães estão sempre prontos para nos animar e nós também queremos que eles sejam o mais felizes possível. As relações maravilhosas que temos com os nossos cães são um testemunho das suas personalidade, lealdades e felicidade. Eles são de facto os melhores companheiros do mundo!
 Aqui fica um poema de Manuel Alegre para o seu cão Kurika: “Como nós eras altivo/fiel mas como nós desobediente./Gostavas de estar connosco a sós/mas não cativo/e sempre presente-ausente/como nós. Cão que não querias ser cão/e não lambias a mão/e não respondias à voz./Cão como nós.”
“ São precisamente as perguntas para as quais não há resposta, que marcam os limites das possibilidades humanas e que traçam as fronteiras de nossa existência. (A alma e o corpo, de A insustentável leveza do Ser-Milan Kundera)