terça-feira, maio 18, 2010

ALMEIRIM Fonte de Vale Madeiros -Paço dos Negros




ALMEIRIM Deputados socialistas defendem construção do IC3

Só pode ser mesmo brincadeira de mau gosto !“Os deputados socialista mostraram solidários com o Governo em relação à suspensão provisória da concessão, mas garantiram que esta obra vai continuar a ser a sua bandeira, “porque é fundamental para o desenvolvimento do distrito”.
Sem ideias, sem propostas inovadoras, apenas e só se limitam-se a ser “repetidores de coisas comuns”, com gente desta não podemos “ir em frente”!
Não é verdade que tal via seja “essencial e fundamental para retirar o trânsito e para a competitividade do Eco Parque do Relvão” com afirmam os ditos deputados o que desde já revela um completo desconhecimento de “técnicas e instrumentos de desenvolvimento sustentável de uma região, de meios e recursos como instrumentos de competitividade e de criação de riqueza para essa região. O que estes senhores deputados deviam saber é que, nenhum crescimento e desenvolvimento económico assenta na dependência de transportes rodoviários, que para além dos elevados custos operacionais tem incidências ambientais graves, isto é não são nem nunca foram o “motor da competitividade” e por outro lado estas localidades já se encontram muito “bem servidas de acessibilidades”, sendo que para retirar dos centros populacionais o maior fluxo de trânsito, há muito tempo que foram previstas a construção de circulares urbanas, que se ainda não estão construídas se deve há incompetência dos decisores políticos locais, que não tem em conta os interesses das populações.
“Estava já a correr na Europa um surto de desenvolvimento trazido pela Revolução Industrial do vapor, cujo exemplo, vindo da Inglaterra, tinha chegado a Portugal, atrasado como sempre, mas que tinha já dado os seus frutos, primeiro nos transportes, com o lançamento, sob o reinado de Dom Luiz, com a inauguração do primeiro troço da linha de caminho de ferro de Lisboa ao Carregado, e depois do seu seguimento de Lisboa até ao Porto, e ainda depois com a instalação de fábricas, suporte de um desenvolvimento que se pretendia para um Portugal mais moderno que acompanhasse o que no estrangeiro se estava a passar. Braga, ou a sua população, como importante que já era para a economia minhota, não podia alhear-se a este grande motor do desenvolvimento que foram as estradas de ferro e a nova força motriz que constituiriam um grande avanço para a sua economia.” (in. Correio do Minho 10.07.2000)
O caminho de ferro foi o motor de arranque para o desenvolvimento desenfreado na transição de um meio de transporte lento e limitado dos minérios para os passageiros, vindo já em 1835 a atingir os 100 km/h, algo que mesmo para as mentes mais avançadas da época era algo impensável e inatingível. O caminho de ferro foi o embrião de desenvolvimento de várias formas de fixação e migração das populações, desenvolvimento de novas urbes, gestação das novas indústrias e categorias profissionais, algo de grande relevo e garante do desenvolvimento socioeconómico das sociedades. O Comboio teve o seu arranque na Europa, mas rapidamente se expandiu pelos vários continentes, sendo o dínamo incandescente do desenvolvimento dos EUA, servindo como o elo de ligação entre os dois Oceanos (Atlântico e Pacifico).

Um proposta séria e de defesa dos interesses da Região, com vista ao objectivo sustentável de criação de riqueza tem de assentar na proposta de uma medida estratégica da extensão do caminho de ferro, que chega à localidade de Marinhais ( Salvaterra de Magos), até Abrantes, serve o País, serve a Região e serve as populações. Sejam deputados a sério e defendam o interesse público, o caminho de ferro é muito mais barato e de facto é o motor do desenvolvimento e da criação de riqueza. O Governo ao "anular" de vez essas construções de estradas, serviu o País, a Região e as populações!