sexta-feira, agosto 07, 2009

Vale a pena resistir contra a mediocridade”

Vale a pena resistir contra a mediocridade

Francisco Moita Flores manifestou a sua “tremenda alegria” por ver, “encerrado um capítulo iniciado há três anos”, quando Santarém decidiu sair do projecto Águas do Ribatejo (AR). “Vale a pena resistir contra a mediocridade”, declarou o autarca, criticando, uma vez mais, os responsáveis da CULT – Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (actual CIMLT), contra os quais tem uma acção judicial no Tribunal de Leiria. “Vão sentar-se no banco dos réus”, disse Moita Flores. O presidente da Câmara considera que abandonar o projecto intermunicipal Águas do Ribatejo, gerido pela CULT, foi “a decisão mais acertada para Santarém”, pois tratava-se de “um negócio danoso”.

Moita Flores sublinhou que “só alguém muito estúpido é que não perceberia o prejuízo” que o dossier Águas do Ribatejo representava para Santarém – concelho que possui cerca de 32 por cento dos activos de rede de abastecimento de água e de saneamento de toda a sub-região da Lezíria do Tejo. “Entrar naquele negócio implicava entregar o património dos serviços municipalizados de Santarém, avaliado em 30 milhões de euros; passar os activos, sem contrapartidas para a tutela de um privado; entregar à sorte os trabalhadores, e receber em troca o direito a um voto, dezasseis avos da empresa e, apenas, 6,7 milhões de investimentos”, afirmou.

Entregávamos uma vara de porcos e recebíamos dois ou três chouriços”, concluiu. Moita Flores acusou os responsáveis da CULT de “cumplicidades devassas” com vista a “roubar os fundos comunitários de Santarém”. Confessou que viveu momentos de angústia e sofrimento e que foi muitas vezes a Bruxelas, em segredo, determinado a “devolver ao concelho o que lhe foi roubado”. Por tudo isso, “o dia de hoje é de uma profunda alegria e vale por

todos os desgostos”, frisou, mostrando bem-humorado, a Bandeira da União Europeia que levou debaixo do braço para a sala da conferência de Imprensa.