terça-feira, junho 26, 2012

O QUE FAZ FALTA É JUSTIÇA!


O QUE FAZ FALTA É JUSTIÇA!

Será que nenhum dos “assessores governamentais é capaz de gritar que o rei vai nu? Não é com mais austeridade que o povo já não aguenta, aquilo que o povo já não estará disposto a suportar durante muito mais tempo é a tremenda injustiça que lhe está sendo imposta. Como li há dias numa entrevista ao jornal “Negócios”  o Dr. Vasco Vieira de Almeida, que em   sublinha "Juntar crescimento a esta austeridade é uma falácia. Como é que pode haver medidas de desenvolvimento com um sistema fiscal que aumenta os impostos de forma incomportável, com reduções de salários, com a miséria que começa a alargar, com um sistema bancário que não pode financiar a economia?" e continua "Aquilo que se fez depois do 25 de Abril -dignificar as pessoas, que passaram a ter liberdade, a poder ir á escola, a ter direito à saúde, isso sim constitui um projecto, um valor e uma verdadeira reforma da sociedade".
Porque é que se “permite” a violação sistemática da Constituição da República? Porque é que esta gente ainda não percebeu que já foi longe demais num programa de austeridade que além de inútil promove a injustiça, a discriminação e que visa tirar aos pobre e a alguma classe média para dar aos que por inércia ou incompetência foram incapazes de se manter competitivos num mercado cujas regras defenderam. Estão a tirar aos que trabalham para darem a empresários que só foram competitivos com escravidão, subsídios e proteccionismo
Se o país tivesse sido poupado à fraude do BPN muito provavelmente não estaria na situação em que se encontra, o montante envolvido é muito superior ao que o Estado poupa ao espoliar funcionários e pensionistas ficando-lhe com os subsídios. Mas a nossa justiça não fez o mais pequeno esforço para identificar os responsáveis, limitou-se a fazer um simulacro de investigação e a levar um ou dois a julgamento. É evidente que não querem que o povo conheça toda a extensão da fraude, os custos sociais que provocou e o nome de todos os beneficiários. Se o país combatesse eficazmente a evasão fiscal poderia promover justiça fiscal e disporia de recursos financeiros que teriam evitado a crise financeira. Mas parece que quem manda neste país não quer que assim seja, o país esvai-se em evasão fiscal e o governo faz de conta que o fenómeno não existe, até se dá ao luxo de promover a desorganização da máquina fiscal para promover fusões da treta. Desde os tempos dos perdões fiscais de Oliveira e Costa, secretário de Estado de Cavaco Silva, que a secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais não passa de um serviço de finanças reservado aos mais ricos, ali produz-se legislação onde se multiplicam os truques para que os mais ricos beneficiem de esquemas para que não paguem impostos. Se o governo cortasse nas famosas gorduras do Estado, se eliminasse os tais instituto que estão a mais e acabasse com a vergonha das fundações privadas que servem para muitos evitarem pagar impostos não teria sido necessário cortar tanto na saúde ou aumentar o IVA nos produtos alimentares. Mas o governo preferiu sacrificar os mais pobres para que o Estado continue a alimentar os amigos, enquanto corta em vencimentos e investimento. E como se tudo isto não bastasse o Passos Coelho decidiu ser mais troikista do que a troika e atirar a economia portuguesa para um beco sem saída. A irresponsabilidade de coca bichinhos universitários e de um primeiro-ministro inexperiente, com fracos recursos intelectuais e sem grande sensibilidade para a realidade social está conduzindo o país para a ruína e o conflito social. O défice cresce, o fisco corre o risco de colapsar com a evasão fiscal, o desemprego cresce exponencialmente, o país está cada vez em pior situação e bem pior do que estava antes do pedido de ajuda internacional e do que fala o primeiro-ministro? Não sugere o combate à evasão fiscal, não diz que vai cortar as gorduras do Estado, esqueceu-se das fundações e dos institutos, diz que se for necessário adopta mais austeridade, rodeado de seguranças armados o nosso primeiro-ministro é um homem muito corajoso.
Quando todos os Países intervencionados se preparam, par fazer uma frente comum às medidas impostas por Berlim, o nosso primeiro, continua caninamente, como bicho bem amestrado, a não pôr em causa nenhuma das medidas que nos foram impostas pela "troika". Esperando que no fim do banquete, do final do mes, da mesa caiam algumas migalhas. Como em tempos recuados disse Platão "O mais feio segundo a natureza é sempre o que é mais desvantajoso, neste caso, sofrer a injustiça; segundo a lei, será cometê-la. A verdade é que suportar a injustiça não é atitude própria de um homem, mas de um escravo, para quem é melhor morrer do que viver, dado que, perante a injustiça e os ultrajes, não tem qualquer hipótese, nem para si nem para os que lhe são mais caros."

sábado, junho 16, 2012

ALMEIRIM – “O QUE NASCE TORTO NUNCA SE ENDIREITA!”


 ALMEIRIM – “O QUE NASCE TORTO NUNCA SE ENDIREITA!


As soluções provisórias podem fazer mais mal que bem !

Estou de acordo com a posição do vereador Carlos silva de que nada colidia com os interesses das colectividades, por isso menos se compreende a não permissão da inclusão da “venda das caralhotas”, pois trata-se dum “ícone popular” do nosso concelho, ou não será assim? 
Por outro lado não estamos a ver como é que as colectividades vão obter maiores receitas, pelo facto de não estar presente a habitual e normal  venda das “caralhotas, que era uma actividade complementar e que certamente levava mais pessoas ao recinto e provavelmente isso iria beneficiar as colectividades.  A não ser que as próprias colectividades passem elas a explorar essa área de negócio tão popular entre parte da população da cidade e do concelho, mas parece-me que isso não vai acontecer!
Ao contrario toda esta “confusão”, que nos pareceu de alguma “artificialidade” de que ninguém vai beneficiar, talvez “esconda” outras “lutas internas de poder politico na câmara ”, que tentam atingir o vereador responsável, mas que prejudicam claramente os interesses da população do concelho de Almeirim.   
Por outro lado, face a autorização de venda, no recinto de outras áreas de negócio privadas (nomeadamente a ginja e as farturas), cai por terra a justificação apresentada, parece-me estarmos perante uma situação de clara discriminação que podia permitir  a apresentação de uma providencia cautelar antecipativa e deste modo repor a justiça. 
Na verdade haverá alturas em que nada podemos fazer para impedir a injustiça, mas nunca poderá haver uma altura em que desistimos de protestar, assim menos compreensível se torna ao saber, que um dos vereadores, que ocupa um lugar de relevo numa das Instituições, que certamente terá um “lugar” no recinto das festividades, nada diz sobre esta matéria. 
Há uma nítida falta de respeito democrático, tanto pelas pessoas como pelas Instituições e de um profundo desrespeito pelos cidadãos.

NOTA FINAL : Talvez não saiba que e para que não haja qualquer dúvida, caralhotas era a designação popular para os borbotos das camisolas. Como os restos que ficavam nos alguidares onde era preparada a massa faziam lembrar borbotos, daí a designação.
Então o que são as caralhotas?
As caralhotas são bolas de pão caseiro, cozidas em forno de lenha.
 

quinta-feira, junho 14, 2012

Sampaio da Nóvoa - o melhor discurso para o momento no nosso País.


A 10 de Junho de 2012. António Sampaio da Nóvoa acabou de proferir esta peça literária em forma de alerta geral.
No final dos anos 90, no topo da Europa, a Finlândia passou por uma grave depressão (devido em parte à queda da União Soviética), muito semelhante à que se vive pelos últimos anos em Portugal. O que é que eles fizeram? Cortes em tudo como é natural, exceto na educação e na I&D. Resultado? Bem, nem preciso dizer muito pois toda a gente sabe bem como eles andam por estes dias.

segunda-feira, junho 11, 2012

PASSOS”PINOQUIO”COELHO – “Vamos todos para a rua. Não vamos fazer tumultos, vamos fazer democracia” (D.Januario Torgal-Bispo das Forças Armadas)

Como devem ter reparado nas últimas semanas, o Dr. Passos “Pinóquio”Coelho decidiu adoptar aquilo que algumas boas almas dizem ser “um novo tom” para se referir ao povo que lhe caiu em sorte. Infelizmente, o povo, essa misteriosa entidade que por aí vegeta, sob o peso do desemprego, da fome e da miséria e das opiniões espúrias do Dr. Borges, que propõe a “salvação” com uma baixa de salários, para os outros, não para ele claro está, que recebe, sem impostos a módica quantia de 250 mil euros/ano   tem a particularidade de ofuscar – pelas piores razões – a oratória do primeiro-ministro.
Todos nós nos lembramos ainda, como, diariamente, a imprensa deste nosso País apelidava de “mentiroso” o ex-primeiro ministro Sócrates, enquanto este é tratado com toda a deferência enquanto mente, manhosamente todos os dos dias – todos nós nos lembramos ainda, daquela resposta em que “com ele nunca se iria tirar o subsidio de natal!”. Pois não, logo que se apanhou no poleiro a primeira coisa que fez, foi espoliar ( eu ia dizer roubar) não só o subsidio de natal , mas também o de ferias!
Temos um primeiro ministro MENTIROSO que todos os dias mente descaradamente aos portugueses”.
Temos um presidente da Republica do “faz de conta”, que tão apressadamente demitiu o governo anterior, mas agora, numa situação de maior gravidade – violação sistemática da Constituição da Republica Portuguesa, que ele jurou defender – vai “cuspindo” para o lado, com problemas de culpabilidade, mais do que qualquer outro politico é o principal responsável pela situação do País.
Temos os banqueiros, poucos mas bons!!! Mas que sabem tudo, que embalaram os políticos que não sabem nada e que tem o descaramento de acusar aqueles que pagam os seus erros de iliteracia financeira – aqueles que  estoiram os orçamentos futuros, tapados com austeridade e que destapam falências e desemprego, a fome e a miséria e são os que chamam o povo de ignorantes a nível financeira, por “viverem acima das suas posses”.
A sondagem esta semana publicada  pode ser um ponto de viragem importante,  desfazendo a ideia do povo "que se afirma que vale mais pouco que nada", ou que “talvez seja um castigo de Deus”  ,em que a  maioria esmagadora (77%), consideram que estamos pior em todos os sectores do que estávamos há um ano e qualificam (67%) a actuação do Governo como má ou muito má. Esta clara rejeição do programa e discurso governativos, que engloba o Presidente da República (visto como cúmplice ou inexistência) e dá nota negativa a todos os ministros, torna ainda mais urgente uma alternativa credível. Sob pena de os revoltados com a atitude, sem precedentes em Portugal (diga-se o que se disser, isto nunca tinha sucedido), dos dois partidos da coligação governamental que, uma vez no poder, fizeram o contrário de tudo o que haviam prometido em campanha, engrossarem o contingente dos desiludidos da democracia. Tudo isto como se Portugal se tivesse transformado, por milagre,  numa espécie de grande quinta dominada por uns tantos senhores "neo-feudais" que se condecoram uns aos outros e fazem discursos e declarações de circunstância para dar a ideia de que o País não deixou de funcionar.
Uma coisa que era necessária e foi maravilhosa, até politicamente, no princípio da era do resgate, pesou tremendamente na era que V. Ex.ª chamou, se bem me recordo, do engrandecimento. Um financisco à outrance (operando aliás pela compressão dos preços, contra o aumento da circulação fiduciária), invertido num economismo despótico, actuando dentro de uma sociedade cujos erros venho procurando apontar, não podia deixar de resultar e resultou efectivamente (com excepção do período inicial dos abonos de família) em benefício dos grandes contra os pequenos e finalmente na opressão dos pobres.Não esqueço as grandes possibilidades de trabalho que o Estado e as grandes empresas criaram; isso porém não impediu que se estabelecesse e fechasse o que podemos chamar o ciclo da miséria”- Carta do Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes, a Salazar (1958) 
Será que Passos “pinóquio Coelho nunca leu esta carta?
Como diz o bispo das Forças Armadas “Vamos todos para a rua. Não vamos fazer tumultos, vamos fazer democracia”

terça-feira, junho 05, 2012

ALMEIRIM – A PROPÓSITO DO PEDIDO SUSPENSÃO DO MANDATO DE VEREADOR PROFESSOR FRANCISCO MAURÍCIO DA CÂMARA MUNICIPAL DE ALMEIRIM 

Li há dias no Almeirinense, uma carta de “um português nos EUA”, que na generalidade reflecte o que pensam muitos, mas poucos tem a coragem de o afirmar, a propósito da situação da gestão politica da nossa Câmara Municipal e das “lutas pelo poder” que já se vêm anunciando, com total irresponsabilidade e desrespeito pelo voto dos cidadãos eleitores, por alguns incompetentes incapazes de prever as consequências destas “lutas políticas”, dentro do poder instalado ao longo dos últimos anos, que não olhou a meios para atingir os seus fins e interesses particulares – exemplifica claramente a incapacidade dos partidos políticos de se “regenerarem” e deixarem-se do jogo de palavras para saber quem vence ou perde, nem num jogo de força para saber quem tem mais poder, pois disso já todos estamos fartos.
É por isso que terá de certo modo passado despercebido que na reunião  de 4 de Junho de 2012 da Câmara Municipal de Almeirim, o  vereador professor Francisco Maurício, apresentou o pedido de suspensão do seu mandato, (por motivos da sua saúde) que termina em 2013, para o qual foi eleito pelos cidadãos eleitores do concelho de Almeirim, integrado num Movimento de Cidadãos (MICA) de acordo com as exigências da Lei Eleitoral Autárquica, ainda em vigor no nosso País, como consequência de um dever de cidadania, de seriedade, rigor e transparência na luta contra os “interesses instalados”.
No reconhecimento do trabalho autárquico desenvolvido, na defesa dos interesses públicos dos cidadãos do Município de Almeirim, assumindo sempre as suas opiniões, apresentando as suas ideias como uma opção de participação activa e um direito de exercício de cidadania activa, desde o primeiro momento pugnou na afirmação de que aos autarcas é exigido não só o rigor e a transparência nas suas actividades, como o dever em matéria de legalidade e direitos dos cidadãos e matéria de prossecução do interesse público, sendo de ressaltar que é expressamente exigido aos eleitos locais “a observação escrupulosa das normas legais e regulamentares aplicáveis aos actos por si praticados ou pelos órgãos a que pertencem”, o vereador e cidadão Francisco Maurício será sempre merecedor que todos reconheçam, que vale a pena sempre lutar por aquilo que se considera justo e correcto, na defesa do interesse colectivo que reflecte a noção apurada de cidadania, e que estará assegurado a continuidade do combate sem tréguas, contra a lógica infernal dos instalados, que constituem os poderes ocultos, que se tem sobreposto e prejudicado seriamente os interesses públicos do concelho de Almeirim.
No momento em que já se iniciou, “a luta pelo poder autárquico”, num meio sofregamente amnésico onde o espaço para a memória e para o discernimento é facilmente “apagado”, embora nada nos possa surpreender, pois sabemos que a incompetência esconde sempre a incapacidade e a insegurança dos “instalados da politica autárquica”, a substituição do senhor professor Francisco Maurício, pelo senhor Engº  Nuno Miguel da Silva Pinhão Dâmaso Fazenda, garante com convicção, rigor e transparência os direitos constitucionais dos cidadãos e permite neste novo ciclo de gestão das Câmaras que se aproxima, com um sentido de dever cívico e de defesa do interesse publico municipal, com a liberdade de apresentar propostas, de expressar opiniões e não se deixar inibir, com a nossa força de termos valores, princípios e sabermos para onde queremos ir – na verdade só um movimento de cidadania permite que quadros de  elevada e demonstrada capacidade de gestão e liderança possam atingir estes patamares de servir os interesses públicos municipais.
A política, em especial a autárquica, tem que constituir uma actividade nobre e voluntarista, indispensável à vida democrática que precisa de ganhar novos protagonistas, que só será possível através dos movimentos de cidadãos independentes que, deste modo podem dar o seu contributo para ampliar as opções da generalidade dos leitores locais como a única alternativa aos instalados no poder, que apenas estão interessados em garantir de qualquer modo os seus lugares, e que conduziram o nosso Município à sua actual situação, imputável à sua incapacidade de gestão, o que tem contribuído decisivamente para o atraso no desenvolvimento de Almeirim, como o verdadeiro embuste de inverdades e ilegalidades confirmadas pelos órgãos tutelares.
 Temos a obrigação e a responsabilidade de não virar as costas aos problemas e não disfarçar a existência dos mesmos, não desistiremos do rigor, da transparência e da legalidade na apresentação de propostas com as quais pretendemos defender o interesse dos cidadãos de Almeirim e combater os interesses instalados que tanto tem prejudicado a população de Almeirim – ALMEIRIM MERECE MAIS E MELHOR!