“Tudo o que vemos ou parecemos não passa de um
sonho dentro de outro sonho.”(Edgar Allan Poe)
“A sua
força está naquilo que te torna diferente ou estranho.”(Meryl Streep)
Alguém já disse que ” nós não vemos o mundo como
ele é, nós vemos o mundo como nós somos.” Quer dizer que nós vemos o mundo,
o mundo está aí, mas ninguém sabe o que é que está aí. Quando fazemos coisas
que achamos que devemos fazer sem prestar atenção em como isso nos pode afectar,
quais efeitos que tem para nós e se estão ou não alinhadas com nossas
necessidades individuais, fazemos um “chamado desserviço” a nós mesmos. Tem
muita coisa, e nós vemos aquilo que corresponde com o que nós temos cá dentro.
Como nós temos a possibilidade de ver aquilo que corresponde com o que nós
cremos nós podemos escolher coisas que nos ajudam ou podemos escolher coisas
que nos prejudicam. Como disse Osho: “O silêncio também fala, fala e muito!
O silêncio pode falar mesmo quando as palavras falham”. Ora todos nós
preferimos, se podemos escolher, preferimos, de certo, escolheras coisas que nos
ajudam.
A verdade e a realidade que aqui se misturam é
que as oportunidades, pessoas, formas de ver o mundo, está tudo aí, para nós
podemos escolher, sendo que as maiores tendências de bem-estar podem parecer
bonitas e dignas de serem fotografadas e legais, mas, a menos que elas sirvam
de facto o nosso próprio ser único de uma forma que seja significativa e de
apoio, elas não significam muito…e daí surgir a interrogação: São mais verdadeiras
as coisas que me ajudam ou são mais verdadeiras as coisas que me prejudicam?
Entendo que é sempre bom relembrar aquilo que
todos nós sabemos, que cada pessoa deve ser capaz de retribuir os sentimentos
de amor e amizade em relação a outras pessoas, assim como deve ser capaz de
demonstrar e retribuir essa amizade através de acções e não só de palavras. A
reciprocidade é uma das mais belas relações que os seres humanos constroem à
medida que se conhecem. A reciprocidade é um princípio básico em qualquer
relacionamento humano. Reciprocidade é dar e receber, mas é sobretudo dar sem
esperar receber nada em troca. Gentileza gera gentileza. “Há uma espécie de
reciprocidade entre a necessidade e o objecto que a satisfará. Não penso em
beber; mas este copo ao meu alcance dá-me sede. Tenho sede e imagino o copo de
água delicioso”.(Paul Valéry).
Devemos
usar a reciprocidade como hábito, pois veremos que, para além de ter uma
sensação fantástica quando está a dar algo, o universo irá retribuir! Por
vezes, ou quase sempre como disse o
Mahatma Gandhi “Um não dito com convicção é melhor e mais importante
que um sim dito meramente para agradar, ou, pior ainda, para evitar
complicações.” O problema das pessoas é exigir o que não
oferecem. Seria a vida feita de reciprocidade? Ou será que ainda diz:
"gostaria de encontrar alguém diferente de todos que eu conheci", mas
continua sendo a mesma pessoa em todos os encontros? Quando escolhemos viver a
nossa vida ao lado de outra pessoa, devemos estar cientes, que assim como nós
podemos nos magoar, a outra pessoa também... e por esse motivo devemos fazer o
que estiver ao nosso alcance para não magoarmos quem está connosco e “torcer”
que exista reciprocidade da outra parte. Ou
como disse Caetano Veloso: “De hoje em diante eu vou modificar o meu modo
de vida... E para começar eu só vou gostar de quem gosta de mim!”
A reciprocidade
é uma particularidade de enorme valor na sociedade, porque de acordo com a
psicologia social as relações mútuas contribuem para a conservação de normas
sociais. A reciprocidade é uma característica essencial na amizade e nos
relacionamentos mais fortes entre as pessoas…. Sentimento recíproco é tudo: é
devolver (ou receber) aquilo que recebeu
(ou doou). Sabe a clássica teoria de tudo que vai, volta? É basicamente o que
rege a lei da reciprocidade. “Todos querem o perfume das flores, mas poucos
sujam as suas mãos para cultivá-las.”(Augusto Cury
Mas reciprocidade vai muito além do que retribuir
likes na internet, tem a ver com retribuir tudo que recebe de bom do seu amor,
dos amigos, de Deus, o que quer que seja. Quanto mais mútua for a sua relação
com as pessoas, maiores as chances de felicidade A tecnologia tem muitas faces:
às vezes serve para separar, às vezes para aproximar e, às vezes, para
demonstrar algum tipo de sentimento que é difícil transmitir na vida real. “Só
quando se vêem os próprios erros através de uma lente de aumento, e se faz exactamente
o contrário com os outros, é que se pode chegar à justa avaliação de uns e de
outros.”(Mahatma Gandhi)