我們能夠做到最好! Wǒmen nénggòu zuò dào zuì hǎo! WE ARE ABLE TO DO OUR BEST! “É das coisas, que os sonhos são feitos.” It is about things, that dreams are made." (William Shakespeare
sexta-feira, maio 07, 2010
Situação de angústia perante a incompetência, hipocrisia e mentiras
Por que razão alguns políticos e alguns jornalistas chamam TGV a uma linha de caminho de ferro? Como é que se confunde o meio de transporte chamado "TGV" com a infra-estrutura onde o esse TGV (e outros comboios, desde que de bitola europeia!) podem utilizar? Será que alguém fala em "Ferrari" quando se discute a construção de uma auto-estrada? Será que alguém chama "Boeing" a um aeroporto?
Qual a razão porque não dizem a VERDADE? Como todos sabem, ou deviam saber o 1.º troço, Poceirão-Caia, foi adjudicado por cerca de 1.359 milhões de euros. Os fundos comunitários pagam 640 milhões e o Banco Europeu de Investimentos (BEI) financia mais 600 milhões, a 36 anos (4 de construção mais 32 de exploração), com um “spread médio” de 0,408% sobre a Euribor a 6 meses (ontem estava a 0,978%). Sobram 119 milhões, dos quais 91 virão de crédito angariado por um sindicato de bancos nacionais e estrangeiros, que se dispõem a mobilizar a verba necessária para o financiamento deste troço, até 2013.
O 2.º troço, Lisboa-Poceirão, com a terceira travessia sobre Tejo (para carros, ferrovia convencional de mercadorias e TGV) incluída, está na fase de apreciação de três propostas. A menos cara atinge 1870 milhões de euros. Destes, 173 milhões virão da UE e 700 de novo financiamento do BEI, em condições idênticas, ou muito próximas, das descritas acima.
Ao todo e por todo, esta obra levará a recorrer ao crédito comercial no montante máximo de 1100 milhões de euros, ao longo de 4 anos. Isto corresponde, por ano, a 0,67% do crédito total concedido em Portugal às empresas em 2009. Juntemos o crédito concedido pelo BEI, em condições de preço excelentes, e estaremos na casa de 1,5% do total. Será isto "eliminação" da despesa privada e, em particular, do investimento do sector privado, devido a um aumento da despesa pública, através dum aumento das taxas de juro? E se esta linha de TGV é inútil, como pode ela ter uma TIR (taxa interna de rentabilidade) real de 5,9% ao ano (cálculo actualizado pela U. Católica)?
Se todos sabem que o comboio em alta velocidade na distância 300-600 kms é competitivo com o avião, e na verdade é que a Espanha está a ligar as principais cidades com AVE/TGV, qual a razão para aqueles que, tentam tudo para que não se construa a linha férrea para o TGV? Certamente não estão a defender o interesse público de Portugal e dos Portugueses
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