domingo, maio 09, 2021

“De outra forma, qual o sentido disto tudo?” (Anthony Hopkins)

“De outra forma, qual o sentido disto tudo?” (Anthony Hopkins) Todos nós, por vezes, pensamos que as nossas palavras não correspondem às nossas ideias, trata-se de uma questão de interpretação, até porque na nossa imaginação, tudo pode caber numa mão: um sorriso, um carinho ou um segredo. Nestes tempos, como nos outros, quando nos sentimos bem e em paz com nós próprios, não há esconderijo para o medo. Temos que ter a consciência de que, como disse alguém, “o mundo é composto de mudança e que a única opção impossível é ficar no mesmo sitio”, ou como escreveu Luís de Camões: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, /Muda-se o ser, muda-se a confiança;/Todo o mundo é composto de mudança, /Tomando sempre novas qualidades.” Nestes tempos que designamos por “tempos de pandemia” ensinou-nos grandes lições, e que agora não podemos fechar numa gaveta. Devemos, pelo contrário, prestar atenção e aprender com elas. Como disse Anthony Hopkins “quando temos uma certa idade não devemos pensar demasiado nas coisas”, e continua “nascermos é a grande patranha. Vivemos e depois morremos. Mel Blanc, o tipo que fez Bugs Bunny, disse, ‘That’s all folks!’ (Isso é tudo, pessoal!”.) Foi o seu epitáfio. Vivemos, coleccionamos coisas, pensamos que somos importantes e no fim tornamo-nos crianças outra vez.” Por isso cada vez mais, e por cada dia que vai passando, sentimos que o mais importante, é manter algum sentido de humor e fazer com que as pessoas à nossa volta se vão rindo, sem deixar de olhar para as coisas que pensávamos serem muito importantes e podermos entender que não são tão importantes assim porque, mais tarde ou mais cedo, vamos todos morrer. E essa é a grande piada mais engraçada da nossa história e nos limites do “humor negro”. Como disse René Descartes:” “Não há nada que dominemos inteiramente a não ser os nossos pensamentos. Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis.” Talvez por isso seja melhor continuar a rir desta farsa ridícula, ou deste comportamento ardiloso que induz ao engano; a que chamamos viver a vida nestes tempos de pandemia. Temos de tentar manter sempre o nosso sentido de humor activo. Por norma, as pessoas levam-se demasiado a sério e tendem a achar que o humor tira alguma seriedade às pessoas e às situações. Mas é precisamente o contrário. Uma boa dose de humor alivia o stress, fomenta a criatividade e deixa os outros mais à vontade. Há inclusive estudos que explicam que as pessoas que têm um sentido de humor saudável e positivo tendem a ser vistas como mais agradáveis e mais confiáveis. Além de ser visto como um sinal de inteligência e um poderoso quebra-gelo. Como disse Ortega y Gasset: “Só é possível avançar quando se olha longe. Só é possível progredir quando se pensa grande. Caminhe lentamente, não se apresse, pois o único lugar ao qual tem que chegar é a si mesmo.”