terça-feira, novembro 29, 2016

CAIXA GERAL DEPÓSITOS - SÓ NÃO VÊ QUE NÃO QUER VER….!

SÓ NÃO VÊ QUE NÃO QUER VER….!

Não temos dúvidas que Passos Coelho, Montenegro, Maria Luís, Cristas e companhia, são “políticos” de mão dos predadores, são apátridas que querem acabar a obra de venda de Portugal ao estrangeiro que começaram e levaram a cabo na sua governação de saque. Daí tanto alarido e tanta histeria.
Depois do País ter perdido empresas emblemáticas como a PT, a EDP, a REN, a CIMPOR, a ANA, as seguradoras, a única empresa de jeito que nos resta é a CGD. Existem apetites enormes, internos e externos, para lhe pôr a mão. Estes episódios só incentivam a voracidade desses predadores. Como se viu ao longo de toda esta novela, temos Passos Coelho e o seu “grupo” em peso a trabalhar para entregar a Caixa nas mãos dos estrangeiros, já que não há capital nacional suficiente para a controlar, devido à sua dimensão.
Os predadores, expoentes dos grandes interesses financeiros, infiltrados que estão nas instituições europeias, devem estar a esfregar as mãos de contentes, e a murmurar em voz baixa uns para os outros: – Que excelente trabalho está a ser feito pelos nossos aliados que “ainda estão” no PSD e do CDS.
Compreende-se as limitações do Governo em todo este caso. Tinha que convencer Bruxelas a permitir que Portugal, um pequeno país, mantivesse um banco do Estado, o que contraria frontalmente a lógica neoliberal das instituições europeias, dando luz verde à recapitalização. Para convencer Bruxelas, tinha que dar sinais claros de que a CGD iria ter uma gestão que seria determinada pelos critérios da banca privada, fosse ao nível dos vencimentos, fosse ao nível das práticas de opacidade do sector.
Assim havia que escolher uma espécie de carta de apresentação dessas intenções. Pelo currículo e pelo perfil. Só que o Governo talvez se tenha esquecido, que esse “banqueiro”, apesar de tudo, não era senão isso mesmo: uma boa carta de apresentação e que, a CGD não era o BPI. E que após a recapitalização a política de crédito da CGD não seria orientada para aumentar os dividendos dos accionistas mas sim fomentar a economia do país, apoiar as empresas, manter o emprego, fomentar exportações, mesmo que tal implicasse ter uma rentabilidade mais baixa que aquela que haveria se a CGD fosse privada.
Acho que foi isso que o dito percebeu, só agora, e quando o percebeu bateu com a porta, talvez por não se sentir confortável, ou mesmo capaz, de estar à altura do desiderato.
Mas ainda bem que o fez. Ele não era o homem certo para a CGD, e antes sair agora, pouco ou nada tendo feito, do que colocar a CGD no rumo errado, seguindo políticas gestão idênticas às de qualquer outro banco privado. Porque, a fazê-lo, poder-se-ia de imediato perguntar: para quê manter a CGD na esfera pública?

Mas a novela é também uma lição para o Governo e para o PS: quando se navega em águas turvas, quando se governa a meia haste e se fazem pactos com o diabo, há sempre o perigo de se sair queimado.

sexta-feira, novembro 25, 2016

SERÁ QUE A RESPONSABILIZAÇÃO POLITICA, PODE IMPLICAR RESPONSABILIDADE CRIMINAL?

RESPONSABILIDADE POLITICA/RESPONSABILIDADE CRIMINAL
SERÁ  QUE A RESPONSABILIZAÇÃO POLITICA, PODE IMPLICAR RESPONSABILIDADE CRIMINAL?

A responsabilidade política nas democracias é um assunto estudado. Trata-se, resumidamente, de determinar a responsabilização do político por decisões que se desviem ou sejam opostas aos objectivos dos cidadãos que o elegeram, ou tenham impacto negativo sobre as suas vidas. Os titulares de cargos políticos têm um dever especial de defender os valores e os bens do Estado. A violação deste dever, além da responsabilização política, pode implicar responsabilidade criminal.
 A responsabilização criminal depende sempre da prática, por acção ou omissão, de factos considerados graves (ou mesmo muito graves) contra o país e a independência nacional (soberania nacional), a Constituição (a alteração ou suspensão das regras constitucionais por meios violentos ou antidemocráticos), o Estado de direito (violação grave dos princípios básicos do direito e também dos direitos fundamentais), os órgãos constitucionais (impedir ou constranger o livre exercício desses órgãos ou dos seus membros), a transparência e a legalidade das despesas públicas ou até a imparcialidade e a autonomia que devem ter as decisões públicas. Segundo a lei que regula os crimes de responsabilidade de titulares de cargos políticos  têm legitimidade para promover o processo penal o Ministério Público.
PERANTE O QUE HOJE FOI AMPLAMENTE NOTICIADO PELA IMPRENSA, QUE MEDIDAS VÃO SER TOMADAS PELA PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA?

"O que é absolutamente irresponsável, é a postura do PSD que, enquanto Governo, procurou esconder dos portugueses a situação em que se encontrava o sistema financeiro". "Por sua responsabilidade, destruiu um banco como o Banco Espírito Santo (BES), conduziu à destruição de um segundo banco, caso do Banif, e se não tivesse mudado o Governo gostava de saber quantos mais bancos teriam sido destruídos. Há um seguramente que teria sido destruído, “a CGD, ou, pelo menos, teria sido empurrado para uma privatização que privaria os portugueses de terem um instrumentos fundamental ao serviço da economia"  O PSD, "não contente com o seu passado de Governo na gestão do sistema financeiro, comporta-se agora na oposição com uma irresponsabilidade total, inventando casos sobre casos, falsas polémicas sobre falsas polémicas, “com um único objectivo, que é ver se evita a concretização dos programas de capitalização e de reestruturação da Caixa e a execução do novo plano de negócios".

 Costa acusa PSD de inventar polémicas para ... - Jornal de Negócios

www.tvi24.iol.pt/...acusa-o-psd-de-inventar-polemicas/583773430cf2884e7b21276a
sicnoticias.sapo.pt/.../2016-11-24-Costa-acusa-PSD-de-inventar-polemicas-para-travar...
www.destak.pt/.../286083-costa-acusa-psd-de-inventar-polemicas-para-travar-plano-d...
www.zerozero.pt/news_rss.php?id=2127
www.lusa.pt/default.aspx?page=home&lang=pt

www.jornaleconomico.sapo.pt/.../psd-quer-travar-plano-capitalizacao-da-cgd-acusa-a...

SERÁ QUE NÃO TEMOS SAÍDA? OU SOMOS OBRIGADOS A VIVER NO “POST-TRUPH”?

SERÁ QUE NÃO TEMOS SAÍDA? OU SOMOS OBRIGADOS A VIVER NO “POST-TRUPH”?


POST-TRUPH” – PÓS-VERDADE – é uma forma de desbrutalização da “aldrabice”, e só se justifica porque desvaloriza o conceito da palavra mentira.

Na leitura do Expresso Curto, (16Nov2016)- senão repararam ainda,  agora todos os jornais “enchem“ a nossa “caixa do correio” de mensagens deste tipo -  pode constatar-se esta frase, bem elucidativa do modo como somos tratados, diariamente, pela nossa imprensa falada e escrita" Alguém está empenhado em fazer dos portugueses atrasados mentais, forçando-os a suportar horas de emissão televisiva sobre o assunto”,  o assunto que a referida jornalista se referia “era a já famosa cuspidela ou não do presidente do Sporting”.
Esta situação que sem dúvida que corresponde a uma enorme verdade, que não é da agora, mas que existe há muitos anos em que a “especialidade informativa” cai na “desinformação e manipulação” das pessoas, dando-lhes o que elas querem ouvir, de acordo com a sua “formatação” mental previamente já estruturada, na convicção que as pessoas não se interessam pelos detalhes – na sua quase totalidade as pessoas apenas lêem ou ouvem os títulos sem se importarem ou se  interessarem por toda a “história”.
Como sabemos ou julgamos saber todos nascemos com um “cerebrozinho quase virgem” que será, ou deve ser ensinado cívica e culturalmente ao longo de alguns anos de vida, sobretudo pelo “ensinamento do exemplo”, pelos pais, família, professores, autoridades etc. E, é precisamente neste universo que se tem falhado redondamente o que dá azo a que se afirme que em Portugal “há muitos casos de atraso mental”. De facto os "ensinadores" e os "exemplos" são da pior qualidade. Mas são infelizmente tantos, tão vastos e premeditados, é bom termos memória e recordar esta frase lapidar, proferida por um “deputado” - “A nossa pátria foi contaminada com a já conhecida peste grisalha”- na sua descoberta de hereges  responsáveis pela “mentira da divida púbica” nos funcionários públicos e nos portadores de cabelos brancos.
A maior parte dos Portugueses estão cansados de ser espoliados, aldrabados, furtados, bifados, gamados, saqueados, surripiados, palmados…. sujeitos  à administração danosa de dinheiros públicos, de mentirosos compulsivos, de impunidades politicas, dos gastos injustificados, que tem conduzido ao completo descrédito da politica e dos políticos que, em vez de não darem cavaco dos seus actos, demonstram uma aparente abertura à opinião pública, cultivando a habilidade de "falar sem dizer nada", verdadeiros especialistas na arte de contar histórias para cidadão ouvir – compare-se a posição assumida por alguns políticos e “comentadores” no caso da devolução dos rendimentos, das reformas e pensões e quando os mesmos foram retirados, para “encher” o bolso dos agiotas financeiros e dos accionistas das grandes empresas, algumas das publicas, “vendadas” ao desbarato – não será que se pode tipificar como crime de administração danosa  a acção desses “desgovernantes”, que infringindo intencionalmente normas de controlo ou regras económicas de uma gestão racional, provocaram um  dano irreparável no património de interesse público?
 É que, salvo melhor conhecimento e segundo sabemos de ouvir dizer a  acusação por crime de administração  danosa poderá ser a única forma que a Justiça (Procuradora Geral da Republica) dispõe para, eventualmente, levar a tribunal os responsáveis pelos  actos praticados e  lesivos para o Estado, mas, por acaso no nosso País a Procuradoria Geral da Republica, alguma vez promoveu esta acção?

O problema é a classe jornalística que fazem parte dos debates e artigos de opinião, não questionarem os políticos de forma frontal o que fariam face á realidade actual. Estão mais interessados a opinarem e deforma veemente o que pensam sem verdadeiramente se discutir o essencial. É confrangedor a falta de rigor e isenção com que diariamente nos entretêm para formatar mentes que deveriam, isso sim, estar devidamente informadas para decidirem em consciência
Eu sou um ignorante no meio de isto tudo confesso, mas apesar de não haver regras a respeito de títulos que não têm nada a ver com o conteúdo da noticia, nós enquanto consumidores de informação não podemos colocar o respectivo jornal em tribunal por utilizar a mentira como forma de as pessoas comprarem exemplares? Não poderá isso ser uma burla? Não existirão associações que protejam os consumidores de informação nestas situações? E se existem onde estão? Onde está o povo português organizado de forma a defender-se dos interesses de quem nenhum carinho nutre pela nossa sociedade?

A não ser que mais vale ficar calado e passar por tolo, do que abrir a boca e desfazer qualquer duvida” (Abrahan Lincoln (1809-1865) 16º Presidente da USA

domingo, novembro 20, 2016

COMO VEJO A "NOVELA" DA CAIXA!

COMO VEJO A “NOVELA” DA CAIXA!

“Será um exagero dizer que o ridículo mata. Mas, mesmo que não mate, não deixa de ser ridículo”

A propósito da “actuação novelística” sobre a Caixa Geral de Depósitos, tenho estado atento, às muitas perguntas, digo até todas as perguntas, tem claramente uma intenção – obter uma resposta, fosse ela qual fosse, que implicasse o primeiro ministro na “denominada dispensa dos  os gestores da entrega de todas as declarações”  " nada mais. Qual tem sido de facto a intenção dos jornalistas? A demissão do primeiro ministro e possivelmente eleições antecipadas, como já “reivindica”, lá no fundo da sua mente o chamado mentiroso compulsivo? Não me refiro ao Trump!

Sabem ou não sabem a jornalista que o que foi alterado foi o Estatuto dos Gestores Públicos ( DL n.º 39/2016, de 28 de Julho que alterou o DL n.º 71/2007, de 27 de Março ESTATUTO DO GESTOR PÚBLICO) e  que, este diploma legal, não tem, nunca teve qualquer norma referente à apresentação da declaração de património e rendimentos – isso foi uma pura invenção, cuja repercussão tem vindo, quase diariamente a ser retransmitida por alguns pseudo jornalistas, pelo “mentor” Marques mentes Mendes?

Mas quero dizer  muito claramente que não vou discutir se juridicamente a declaração de Património e Rendimentos por parte da administração da CGD, deve ou não ser entregue ao Tribunal Constitucional, pois  julgo que o pomo da discórdia não está aí. O que está em causa é essas declarações serem ou não de consulta pública.
As declarações são entregues no Tribunal Constitucional para que numa primeira fase se veja se existem incompatibilidades entre a propriedade e o cargo e, numa segunda fase se veja se existe aumento de património incompatível com os rendimentos que foram auferidos durante o respectivo mandato.
Para isso não me parece necessário que a consulta da documentação seja pública (isto é ao alcance da coscuvilhice jornalista). A consulta desse tipo de documentação, seja da administração da CGD, seja de titulares de cargos políticos ou cargos públicos, deve ser restrita aos órgãos do Estado a quem compete as verificações acima referidas , como por exemplo a Procuradoria Geral da Republica ou o Tribunal Constitucional.
Ou será que para os tais “jornalistas”, já não será suficiente a existência de autoridades próprias para fiscalizar se as pessoas cumprem ou não as suas obrigações? Por outro lado, salvo melhor conhecimento nesta matéria, não compete aos governos, num estado de direito, o exercício dessa fiscalização?
Também sabemos que há alguns jurisconsultos que que argumentam que a Lei 4/83 que impõe as regras de fiscalização aos titulares de cargos públicos não se aplica ao caso concreto, há outros que são de opinião contrário, pode o Tribunal Constitucional decidir, ou não?  Então qual é a intenção da repetição da mesma pergunta ao primeiro ministro? Não é informar de certeza!
 Será assim tão difícil informar com verdade? Quando é que sabemos quem foram os    responsáveis pelo facto de os portugueses,  serem obrigados a pôr-se de cócoras e pagar milhares de milhões de euros, como aconteceu no desgoverno de Passos e Portas, que durante cinco anos nada fizeram, mas sobre isso nenhuma nenhum jornalista acha importante “investigar”, porquê?
O porquê do silêncio cúmplice, deliberadamente cúmplice, feito sobre o caso da “listagem dos pagamentos do Espirito Santo” e da “lista dos panama papers?”, 
Comungo da opinião de alguns de que temos hoje em Portugal um  problema na classe jornalística, nomeadamente os que fazem parte dos debates e artigos de opinião, não questionarem os políticos de forma frontal o que fariam face á realidade actual. Estão mais interessados a opinarem e que deforma veemente o que pensam sem verdadeiramente se discutir o essencial. É confrangedor a falta de rigor e isenção com que diariamente nos entretêm para formatar mentes que deveriam, isso sim, estar devidamente informadas para decidirem em consciência. É confrangedor quando os olhos se voltam para aquela triste figura de Passos Coelho, em seu sentar cinzento e aperreado, símbolo dum esbracejar tonto que nem a comunicação social consegue tirar da mediocridade oca.

Apesar disto, ainda sou um crente no estado de direito, mas começo a sentir algum cansaço, bem sei que é da idade!

Armindo Bento

Economista aposentado

sábado, novembro 19, 2016

AS “TRUMPULHICES” E OUTRAS COISAS MAIS….!

AS “TRUMPULHICES” E OUTRAS COISAS MAIS….!

Como todos, julgamos saber, ou de outro modo julgo que todos devemos saber, a política tem razões que a razão desconhece e, será por isso que vivemos em estado de negação.

Convêm relembrar que em democracia, ainda vale o voto individual, acima das opiniões dos comentaristas encartados e preconceituosos que sabem tudo, mas não sabem mesmo nada. Se toda esta gente que prolifera e vive à custa dos “meios de informação”, há quem prefira a palavra “desinformação”, ainda não percebeu que as pessoas estão infinitamente fartas dos políticos e do discurso político – lá como cá quer dizer, do Poder e da sua mentira – ou já não nos lembramos que acabamos de passar por longos cinco anos de desgoverno, que teve a mão leve a rapinar os rendimentos dos portugueses, quando durante o período eleitoral havia feito um rol de promessas que não cumpriu?
É preciso relembrar a alguns “esquecidos da tola” que a liberdade é um bem, a maldade um veneno, a recordação um perfume e  a memória um privilégio – daqui um apelo à memória dos povos, que surripiados em cada época, de uma maneira que reveste certos contornos: os “cegos profissionais preferem não ver, senão tarde demais…….ficamos com a sensação que lá as eleições foram a fingir! Isto é de ficar enjoado pelo cinismo e hipocrisia de alguém ter usado a mentira para conseguir ser eleito, mas será que não foi essa a postura de Passos Coelho em 2011? 
Todos já sabemos o que aconteceu depois – quem pagou as “favas”, através do saque, do palmar dos rendimentos foram todos aqueles que pagam impostos, isto é cerca de 40% dos portugueses que são eleitores, pois, como todos devemos ter a noção cerca de 50% dos eleitores não paga impostos e, cerca de 10% enriqueceu muito mais durante esse período de “escuridão” que passou por este canto peninsular.
Li algures  que, “O esquecimento é uma poderosa arma política que compõe a panóplia de mecanismos orwellianos que são uma parte importante da acção político-mediática dos nossos dias.”O esquecimento é muito importante exactamente porque faz parte de um contínuo entre a política e os media dominado por um “jornalismo” sem edição nem mediação centrado no imediato e no entretenimento, com memória abaixo de passarinho. “Ele vive hoje dos rumores interpares nas redes sociais, de consultas rudimentares no Google e não se dá ao trabalho sequer de ir ler ou ver como se passaram os eventos sobre os quais escreve e fala, há um ou dois anos. O tempo mediático é cada vez mais curto e isso é uma enorme oportunidade para uma geração de políticos assessorados por “especialistas em comunicação”, agências de manipulação e uma rede de influências no próprio círculo jornalístico, em que cada vez mais existe uma endogamia de formações, de habilidades e ignorância, de meios e métodos, e de confinamento social e cultural.”
É por isto que me causa alguma admiração que uma das maiores, senão a maior novidade politica da “ era Trump”, tanto quanto julgo saber de ouvir dizer é a formação do governo, que para além dos três filhos – impensável em Portugal ou na Europa – os restantes membros têm mais de 65 anos e sobre isto nem uma palavra dos ditos comentaristas – eu diria que talvez seja engulho de constatar que a denominada “peste grisalha” vai governar nos “states”?
Declaração de interesses: não engulo Trump e o que ele politicamente representa nem à força, mas tenho que reconhecer que as auto-designados “comentadores políticos camuflados”, tantas vezes cegamente agarradas às suas cartilhas sagradas, tendem a esquecer o cidadão comum e os problemas muito reais que ele enfrenta. De vez em quando, essas “pretensas elites” precisam de um abanão que as traga de regresso à realidade. Talvez esse seja o efeito mais positivo da eleição de Trump. Quanto à sua governação, vamos ver…… Ora, a minha convicção é que este modus operandi é apenas um refugio para se disfarçar um certo atrofiamento cerebral que eles mesmos têm a noção de possuir e que a lição sirva para alguma coisa neste lado de cá!
Há quem diga que o tempo é eterno, nesta nova era em que a manipulação se junta à tecnologia para favorecer os nossos preconceitos, mas nós não o somos. Talvez bem lá no fundo, em que todos os dias assistimos a um “chorrilho de mentiras” que são alegremente repetidas pelas televisões, comentaristas e outros artistas, ávidos de audiências prontos a devorar o discurso politicamente incorrecto, seja nosso desejo seguir o tempo. Mas, todos nós já sabemos que tal não é possível.

sexta-feira, novembro 04, 2016

SERÁ QUE FUI ROUBADO, FURTADO OU SAQUEADO?

 SERÁ QUE FUI ROUBADO, FURTADO OU SAQUEADO?
(Quem furta não se torna proprietário, limita-se a subtrair a coisa.)

Podem crer que já estou a ficar bastante “baralhado”, e já não sei se fui “roubado, saqueado ou furtado”, ou ainda mais uma série de “qualificativos” para os factos de os meus rendimentos provenientes do trabalho e dos descontos de mais de 42 anos, terem sofrido, ou do mesmo foram subtraídos uma parte, durante o desgoverno de Passos e Portas, com um “decréscimo acentuado” e não previsto, cativação pensava eu, mas  que afinal não foi restituída, embora tenha sido declarada inconstitucional pelo respectivo Tribunal Constitucional, mas que o dito desgoverno de Passos e Portas não cumpriu. E eu a pensar que a desobediência ao não cumprir uma lei era crime. Ou já não será?
Mas agora, tendo sido despachada aquela “trupe”, que nos “rapou” e se apoderou de parte dos rendimentos, reformas e pensões, e quando vivemos num clima de paz social, sem crispações entre órgãos de soberania, e com alguma esperança que possamos finalmente, fazer ouvir a nossa voz na Comunidade Europeia e no Mundo, ao contrário de Passos e Portas (entretanto substituído pela Cristas) que nos desgovernou, que não criou paz social, que “arranjou” conflitos sérios com o Tribunal Constitucional e que foram subservientes com a CE e o resto do Mundo, proclamam agora, qual virgem ofendida, a sua paixão pela justiça social e pela luta contra a pobreza e desigualdades, esquecendo-se que já não vamos em cantos de sereias, nem em hipocrisias de última hora.
Claro que temos memória e bem sabemos que com Passos Coelho, a “dita sobretaxa era para manter até 2019”. Esqueceram-se? Esqueceram-se convenientemente de “todas as malfeitorias” muitas vezes ilegais e inconstitucional no Governo PSD-CDS. Por isso, é essa a nossa convicção de que o governo actual, vai de facto “acabar” com esse “surripio” dos rendimentos dos portugueses, já em 2017, não no fim, mas no principio – ou como diria o outro “se rapinar é tanto subtrair com violência como "roubar ardilosamente", então rapinar pode ser sinónimo tanto de roubar como de furtar!”
Na verdade, na linguagem de todos os dias, furto e roubo significam o mesmo. Mas, para a lei, não. Se através do furto, alguém apropria-se de forma ilegítima de um bem de outra pessoa, já quanto ao roubo o mesmo é feito “por meio de violência contra uma   pessoa, de ameaça com perigo iminente para a vida ou para a integridade física, ou pondo-a na impossibilidade de resistir”. Em resumo, no roubo há uma subtracção com constrangimento ou violência; no furto a subtracção não comporta constrangimento ou violência.
A este propósito não deixa de ser “muito interessante” que o tão propalado inquérito parlamentar à Caixa Geral de Depósitos, a dita Auditoria Forense, à mesma ou até a tão noticiada acção do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de um “ inquérito à Caixa Geral de Depósitos por suspeitas de gestão danosa”, tenha “desaparecido” da “nossa imprensa” e por isso, salvo melhor conhecimento nesta matéria, teríamos que perguntar: Para onde foi o dinheiro que “parece” que desapareceu? Quem foram os beneficiários desses empréstimos? O património pessoal dos principais responsáveis não responde, ou não tem que responder por esses “desvios”? Que garantias havia para esses empréstimos? Ou será que o tal “loby” tão poderoso tomou conta do assunto? Cumpre ainda perguntar, o que aconteceu com o desgoverno de Passos, neste quase cinco anos, que ignorou por completo a existência destes créditos e não fez nada para sanar esta situação?
Como alguém dizia “mentir várias vezes em benefício próprio vai diminuindo a reacção do nosso cérebro à desonestidade. E, assim, mente-se cada vez mais”.  Esperemos que não se trate de mais uma manobra cosmética para “inglês (alemão) ver”. Parece cada vez mais claro que a Europa precisa de um tribunal supra-nacional dedicado a combater crimes financeiros, possivelmente a funcionar nos moldes do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Não faz sentido serem os contribuintes a pagar resgates de bancos por gestão danosa em Portugal ou em qualquer outro País.
Daqui a minha duvida inicial o saber qual a diferença entre roubar e furtar e creio que instituições que empregam um português correcto e profissional também o não sabem!
É normalíssimo porque estamos a assistir a uma grande luta entre os vários grupos de pressão para dividir o que existe. Portugal é um país desenvolvido, é um país rico. Há muito para dividir. E é essa luta entre quem perde e quem ganha que se está a desenvolver. A defesa ideológica de certas posições é isso mesmo, daí tentar atacar.”
(http://expresso.sapo.pt/economia/2016-10-30-O-colapso-financeiro-de-Portugal-segundo-Joao-Cesar-das-Neves)

Sem comentários!!!!

sábado, outubro 29, 2016

SERIA “BURLESCO” SE NÃO FOSSE GRAVE!

SERIA “BURLESCO” SE NÃO FOSSE GRAVE!

Nunca será possível ultrapassar por lei a falta de ética das pessoas. Se alguém não é sério, é uma questão de tempo para isso surgir”. (Dr. Rui Rio ex-presidente da Camara Municipal do Porto)

Num País, como Portugal, onde a imprensa se diz “ livre” e o direito à liberdade de expressão é um valor que tem consagração na Constituição, somos levados a pensar que “vivemos no melhor dos mundos” com condições de exercício de cidadania claros e transparentes, sem ter a “sensação” de que uma prática insidiosa de propaganda politica é introduzida sistematicamente de forma dissimulada, diariamente, e quase sem excepções no chamado “jornalismo”, em “obediência” a suas estratégicas de clara manipulação, quer no tocante a falta de pluralidade de opinião nos painéis consultados, induzindo o público na errada percepção de que há apenas uma solução para um determinado problema; quer a nível opinativo, com opiniões enviesadas que são apresentadas como factos objectivos.
Aliás, cada vez é menos compreensível porque não é seguida a prática de outros países, onde este problema, que enfraquece a nossa democracia, e cuja responsabilidade não pode ser só assacada à classe politica, mas também à comunicação social e à justiça, é controlado através da declaração pública de interesses. Isto é, por cá isso não se passa, e os espaços de informação estão repletos de opinadores que são apoiantes de determinados partidos – muitas vezes, são até filiados nesses partidos –, mas não declaram a sua sensibilidade política.

 Segundo julgamos saber os deputados na Assembleia da República, tem em preparação um “novo pacote da transparência na vida pública”, sendo que na vida pública não se pode considerar apenas os políticos, mas também, “os magistrados, os detentores dos órgãos de comunicação social e os editores desses órgãos, e aqueles que condicionam o que sai, como sai e se saia quem deve ser exigido a respectiva declaração de interesses.

 Num país onde ainda há imenso a fazer pela literacia política e económica dos cidadãos, este tipo de propaganda política, disfarçada de jornalismo independente, é uma das maiores ameaças à nossa liberdade e formação intelectual. Isto é uma receita para o desastre, para a descredibilização do jornalismo. Nos jornais, os “opinadores televisivos” insistem na esquizofrénica teoria de que os trabalhadores devem ter menos direitos laborais e salários mais baixos, pois isso é para seu bem. Nos indicadores económicos, verificamos que a desigualdade distributiva – o fosso entre mais ricos e mais pobres – e o nível de vida dos portugueses têm vindo progressivamente a agravar-se. Se cortar direitos e salários fosse solução para a situação económica do país, Portugal estaria agora a viver uma prosperidade fulgurante. E, no entanto, sabemos que esta política trouxe apenas mais dívida pública, mais desemprego e mais pobreza. Paradoxalmente, hoje sabemos claramente que entre os economistas, tanto em Portugal como no estrangeiro, cada vez é mais forte o consenso em volta da constatação de que a austeridade foi um erro colossal, tendo causado estagnação crónica em alguns países e agravado ainda mais as contas públicas noutros, com impactos gravíssimos nos indicadores da actividade social e económica desses Estados

Mas cá, estranhamente ou talvez não, os zés e os camilos deste país insistem: “isto estava a correr bem e era preciso cortar ainda mais.” E, quando são contestados, lançam a carta da vítima, alegam que estão a ser pressionados e dizem que a Esquerda lida mal com a liberdade. Os tipos que usam o seu papel privilegiado no jornalismo económico português para fazer propaganda pela Direita são os mesmos tipos que alegam que a Esquerda lida mal com a liberdade. Isto é um pouco como a equipa de futebol que não têm capacidade para ganhar um jogo, a queixar-se de que perdeu o jogo por má arbitragem.

Vide nas Redes Sociais
Publicação  de um artigo de Camilo Lourenço e o vídeo com as declarações de José Gomes Ferreira podem ser consultados aqui:

quarta-feira, outubro 19, 2016

"CAN NOT BE SERIOUS! "

 " CAN NOT BE SERIOUS!"

"It will never be possible to overcome by law the lack of ethics of the people. If someone is not serious, it is a matter of time for it arise. " (Rui Rio former president of the Camara Municipal do Porto)

In a country such as Portugal, where the press is said "free" and the right to freedom of expression is a value that has consecrated in the Constitution, we are led to think that "we live in the best of all worlds" with clear citizenship exercise conditions and transparent, without the "feel" that an insidious practice of political propaganda is systematically introduced covertly daily and almost without exception the so-called "journalism" in "obedience" to their strategic light manipulation, and as regards the lack of plurality of opinion in consultation panels, inducing the public the wrong perception that there is only one solution to a given problem; either opinionated level with biased opinions that are presented as objective facts.
In fact, a time is less understandable because it is not followed the practice of other countries where this problem, which weakens our democracy, and whose responsibility can not be only assacada the political class, but also the media and justice, is controlled through public declaration of interests. That is, here it is not true, and information spaces are filled with opinadores who are supporters of certain parties - often are affiliated to these parties - but do not declare their political sensitivity.
 According think we know the deputies in Parliament, is preparing a new "transparency package in public life", and in public life can not be considered only political, but also, "the rulers, the owners of media outlets social and editors of these bodies, and those that affect what comes out, as out and out "who should be required to their declaration of interest.
 In a country where there is still a lot to do for political and economic literacy of citizens, this kind of political propaganda, disguised as independent journalism, is one of the greatest threats to our freedom and intellectual formation. This is a recipe for disaster, to the discredit of journalism. In the newspapers, the "television opinadores" insist on schizophrenic theory that workers should have fewer labor rights and lower wages because it is for their good. Economic indicators, we find that distributive inequality - the gap between the richest and poorest - and the standard of living of the Portuguese have progressively worsen. If you cut wages and rights were the solution to the country's economic situation, Portugal would now be living a dazzling prosperity. And yet, we know that this policy only brought more debt, more unemployment and more poverty. Paradoxically, now clearly we know that among economists, both in Portugal and abroad, is increasingly strong consensus around the fact that austerity was a colossal mistake and caused chronic stagnation in some countries and further compounded accounts other public, with very serious impact on the social and economic activity indicators of those States
But here, oddly or perhaps not, the Zés and Camilos this country insist: "This was going well and had to be cut even more." And when they are challenged, throw the letter of the victim, claim that they are being pressured and say Left deals poorly with freedom. The types that use its privileged role in economic journalism Portuguese to advertise the right are the same types who claim that the Left deals poorly with freedom. This is a bit like the football team who are unable to win a game, to complain that lost the game by poor refereeing.

See on Social Networks
Publication of an article by Camilo Lourenço and the video with the statements of José Gomes Ferreira can be found here:
https://www.facebook.com/UmaPaginaNumaRedeSocial/videos/1064271286966177/
https://www.facebook.com/ostruques/photos/a.410940029103291.1073741828.410931902437437/534054146791878/?type=3&theater
http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/camilo_lourenco/detalhe/bruxelas_devia_chumbar_o_orcamento_de_2017.html

segunda-feira, outubro 17, 2016

“Quando não se tem nada, não há nada a perder.” (Bob Dylan)

“Quando não se tem nada, não há nada a perder.” 
  (Bob Dylan)

Meu Caro li o teu mail, mas o tempo que julgamos ter nem sempre, o “quase sempre passa depressa”, os dias parecem ter menos de 24 horas, quem diria?
Ter um jornal local, ou de outra maneira “sustentar um veiculo de noticias locais” é e será sempre um enorme desafio, e que tens conseguido dar um sinal que estás vivo e se recomenda, também é sinal de mais experiencia, mais sabedoria, mais conhecimento, mais partilha, mais humanidade ao manter um “sitio” de cidadania activa. 
Costuma dizer-se que já sabemos que nem sempre aquilo que parece é; mas convém não esquecer também que nem sempre aquilo que é….é aquilo que parece. E, de facto, sendo um homem como o vinho, como diria Confúcio, que o tempo faz azedar ou apurar, no caso concreto “como o vinho é bom, o tempo vai apurado e melhorando”, um homem é um sucesso se pula da cama de manhã e vai dormir à noite, e, nesse meio tempo, faz o que gosta cumprindo deste modo os seus desígnios de participação activa na vida local.
Não estou, nem podia estar, como dizes “zangado”, talvez a palavra certa que possa dar sentido ao meu “estado” seja de me colocar ao lado dos que  estão a soprar no vento, cansado ou desiludido, se alguma vez tal me passou como “modo de estar” ou melhor dizendo sempre tentando fazer um esforço para não ser considerado na categoria dos que como uns sentem a chuva, outros apenas se molham.” 
Somos levado a acreditar na informação como bem público, na generalidade as pessoas estão desinformadas ou mal informadas, não querendo ou não sabendo que tem de ser preservado a difusão de informação livre , “ninguém é livre, até os pássaros estão presos ao céu” para vivermos em democracia, o que “assistimos” leva-nos a poder concluir que  quantos ouvidos o homem deve possuir até que possa escutar o choro do povo?sendo que,  no próximo ano realizam-se eleições autárquicas e se um voto democrático é um voto bem informado, perante a actual situação qual é a vantagem de lhes pedirmos que votem? É uma coisa importante. Deve ser decidida com base em informação.
Para estar informado é preciso querer saber. E é preciso que alguém trabalhe, “as pessoas não fazem aquilo em que acreditam. Elas apenas fazem o que é conveniente, e então arrependem-se”, para que essa informação seja encontrada, contextualizada, questionada e comentada, daqui a grande importância que pode ser desempenhada pela imprensa local.
Mas, a verdade é que a maioria dos portugueses não acha que um jornal valha o dinheiro do seu café e pastel de nata, dirão que são efeitos de  uma herança cultural de baixa literacia o que é lento, logo ficará muito rápido. Como o presente, que mais tarde será passado. Tudo isto é triste, tudo isto é fado. O fado provinciano que leva algumas das vítimas do saque neoliberal a defender, como se da sua equipa de futebol se tratasse, que o fosso deve ser largo, que os milionários devem ser protegidos de uma crise que deve ser paga com cortes em salários e reformas e pensões, uma crise que esses mesmos milionários ajudaram a criar, com a qual obtiveram lucros fabulosos e pretextos para baixar salários, reformas e pensões e agravar condições de vida de mais de 95% dos portugueses.
Se posso opinar entendo que o actual papel dos "comentadores" (TVs, rádios, jornais nacionais) é semelhante ao dos cortesãos feudais, aconselhando os senhores a mudarem alguma coisa mas sempre no interesse destes,por mais que você seja, você nunca será maior que você mesmo.O seu discurso dominante actual não vai além do que é admitido pelos "senhores" – os oligarcas – nem sai fora dos temas promovidos pelas centrais de (des)informação a nível internacional. Exemplificando vimos os comentários, contradições, tergiversações sobre a aplicação de "sanções" pela UE daria um case study sobre o papel dos media ao serviço da direita. Com o apoio dos seus apaniguados a direita instituiu a mentira como sistema político, o jornalismo independente e deontologicamente profissional foi varrido da imprensa portuguesas, pela precariedade e pelo mercenarismo de "especialistas"/propagandistas, como resistência a este estado de coisas ainda vive a “imprensa local”,
É no combate e participação activa de cidadania contra percepção de que o Estado é incapaz de combater a concentração da riqueza nas mãos de uns poucos (ou que contribui activamente para essa concentração) desligitima a acção dos poderes públicos aos olhos de uma parcela significativa da população. O problema é que isto gera um círculo vicioso, pois quanto menos confiança se tem no Estado, mais difícil se torna mobilizar a população para as reformas sociais que importa levar adiante. É por isso, a melhor coisa que você pode fazer por uma pessoa é inspirá-la, que um governo transformador não pode deixar de trabalhar nas duas frentes: distribuir melhor os recursos sem nunca menosprezar a importância de se credibilizar aos olhos dos cidadãos.
Armindo Bento
(economista-aposentado)


NOTA: As frases a negrito são de Bob Dylan, pois tão surpreendente quanto oportuna, a atribuição do Nobel da Literatura a Bob Dylan, «por ter criado uma nova expressão poética no seio da grande tradição americana da canção». Um reconhecimento que vem além do mais em tempos certos, de necessária mudança, de recuperação da dignidade (em tantas, tantas coisas). Antes que fique demasiado escuro.

domingo, outubro 16, 2016

When you have nothing, there is nothing to lose." (Bob Dylan)

When you have nothing, there is nothing to lose."
  (Bob Dylan)


My Dear read your mail, but the time we think we have not always the "go almost always fast," the days seem to have less than 24 hours, who would?
Having a local newspaper, or otherwise "sustain a vehicle of local news" is and will always be a huge challenge, and you have managed to give a sign that you are alive and it is recommended, it is also a sign of more experience, more knowledge, more knowledge, more sharing, more humanity to keep a "place" of active citizenship.
It is often said that we know that is not always what it seems is; but also should not forget that not always what is ... .it is what it seems. And, in fact, being a man like wine, like say Confucius, that time is sour or determine, in this case "as the wine is good, time will determined and improving", "a man is a success if jumps morning bed and go to sleep at night, and in the meantime, do what you love "thus fulfilling his plans for active participation in local life.
I am not, nor could be, as you say "angry", perhaps the right word that can give meaning to my "state" to put me next to that "are blowing in the wind", tired or disillusioned if ever such I spent as a "way of being" or rather always trying to make an effort not to be considered in the category of that as "a feel the rain, others just get wet."
We are led to believe the information as a public good in general people are uninformed or misinformed, not wanting or not knowing what has to be preserved the dissemination of free information, "no one is free, even the birds are bound to heaven" to we live in democracy, to "watch" leads us to the conclusion that "how many ears the man must have until it can hear the cry of the people?" and, next year are held local elections and a democratic vote is one vote well informed, given the current situation what is the advantage of asking them to vote? It is an important thing. It should be decided on the basis of information.
To be informed you need to want to know. And we need someone to work, "people do not do what they believe. They only do what is convenient, then, "repent for that information to be found, contextualized, questioned and commented, hence the great importance that can be performed by the local press.
But the truth is that most Portuguese do not think a newspaper worth the money from your coffee and pastel de nata, say that are the purpose of a cultural heritage of low literacy 'which is slow, will soon be very fast. Like the present, which will later be past. " All this is sad, all this is fado. The provincial fado that takes some of the victims of the neoliberal serve to defend, as their football team they were, that the gap should be wide, that millionaires must be protected from a crisis that must be paid for with cuts in wages and reforms and pensions, a crisis that these same millionaires helped create, with which obtained fabulous profits and pretexts to lower wages, retirement and pensions and worsen living conditions of more than 95% of Portuguese.
If I can opine understand that the current role of "commentators" (TV, radio, national newspapers) is similar to the feudal courtiers, advising you to change something but always in their interest, "whatever you are, you will never be . greater than yourself "your current dominant discourse does not go beyond what is allowed by the" masters "- the oligarchs - or get out of the themes promoted by the central (dis) information internationally. Exemplifying saw the reviews, contradictions, quibbling about applying "sanctions" by the EU would give a case study on the role of the media in the service of right. With the support of his cronies right instituted the lie as a political system, independent journalism and ethically professional was wiped off the Portuguese press, the precariousness and the mercenaries of "experts" / propagandists, such as resistance to this state of affairs still alive " local press "
It is in combat and active participation of citizens against the perception that the state is unable to fight the concentration of wealth in the hands of a few (or actively contributes to this concentration) desligitima the action of public authorities in the eyes of a significant portion of the population . The problem is that this creates a vicious circle, because the less confidence you have in the state, the harder it is to mobilize people for social reforms which should be put forward. That is why, "the best thing you can do for a person is to inspire it, a transformer government can not stop working on two fronts: better distribute resources without ever underestimate the importance of credibility in the eyes of citizens.
Armindo Bento
(Economist retired)

NOTE: The phrases in bold are Bob Dylan, because as surprising as timely, the award of the Nobel Literature Bob Dylan, "for creating a new poetic expression within the great American tradition of the song." A recognition that comes moreover in certain times of change needed, recovery of dignity (in many, many things). Before it gets too dark.

A hipocrisia da classe politica dita neoliberal

 A maior hipocrisia que um político pode revelar, é a de acabar de sair de um governo que destruiu empregos, famílias e reduziu o país à miséria, que cortou salários que roubou feriados, que nos faz estar-mos a pagar dividas dos bancos privados, e, como quem foi ali lavou a cara maquilhou-se de novo e grita porque desta vês os impostos vão ao encontros dos mais poderosos. 
Este esquecimento chama-se hipocrisia. e na minha opinião, esta hipocrisia tem origem numa clara limitação intelectual. a acção dos intervenientes da direita actual baseia-se na premissa de que o grosso da população portuguesa é desprovida de inteligência, fazem raciocínios demagógicos simplistas e contraditórios, carregados de soundbites catchys apostando no tal esquecimento e numa suposta estupidez que acham ser característica do 'povo'. ora, a minha convicção é que este modus operandi é apenas um refugio para se disfarçar um certo atrofiamento cerebral que eles mesmos têm a noção de possuir
 Foi ontem apresentado o Orçamento do Estado para 2017. À direita, as reações foram as esperadas: para Assunção Cristas do CDS, “abriu a caça ao contribuinte”; já a vice-presidente do PSD, Maria Luís Albuquerque, foi mais longe ao afirmar que o OE “reforça a injustiça social”.Em primeiro lugar, sobre o alegado “aumento de impostos”, o levantamento feito pelo Expresso na edição impressa de hoje não deixa margem para dúvidas: o governo apoiado pelas esquerdas tira com uma mão 462 milhões de euros, para dar com a outra 904 milhões – praticamente o dobro.
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Também não é difícil perceber que, do lado das medidas que retiram austeridade, o benefício é transversal. Já aquilo que a direita apelida de “austeridade à la esquerda”, como o reforço de alguns impostos sobre património de luxo, álcool, tabaco e açúcar, afecta exclusivamente os que optam por comprar moradias milionárias, ou consumir produtos cujo consumo excessivo onera o Serviço Nacional de Saúde.
Depois temos aquilo que a direita apelida, inexplicavelmente, “reforço da injustiça social”. Será que se referem ao aumento das pensões congeladas? Ao reforço da Segurança Social com o novo imposto sobre o património de luxo? À atualização do Indexante de Apoios Sociais? Ao aumento do Complemento Solidário para Idosos? À nova prestação para as pessoas com deficiência? Ao alargamento da tarifa social da água? Ao reforço do abono de Família para crianças até aos 3 anos? Aos manuais escolares gratuitos para os alunos do 1º Ciclo do Básico? …é um mistério.
Se nada disto faz qualquer sentido é porque não é suposto fazer. Face à ausência de argumentos, a oposição decide, como tem sido seu apanágio, inventar.

segunda-feira, outubro 10, 2016

Ignorar a História é perigoso! 5 de Outubro. Que comemorações?

Ignorar a História é perigoso! 5 de Outubro. Que comemorações?

Por vezes temos a nítida sensação que grande parte dos nossos políticos não conhecem a nossa História, mas tal deveria constituir uma exigência e condição essencial para se ocupar um cargo de soberania num país com História. E por isso, não nos espanta que o governo anterior de Passos Coelho tenha promovida a retirada das comemorações e o feriado de 5 de Outubro . Já Cícero dizia que «A História era a mestre da vida». Distorce-la é grave, ignora-la é perigoso. Distorce-se a História ,  ignora-se a História, quando se retira e se “pretende apagar da memória colectiva”, factos que marcaram o caminho seguido por um povo.  Um velho provérbio africano diz que enquanto os leões não tiverem os seus próprios historiadores, a história das caçadas será sempre feita das gloriosas histórias dos caçadores.
O actual governo decidiu repor as comemorações e as solenidades inerentes ao 5 de Outubro de 2010 para não deixar que a nossa História fosse reescrita, por interesses obscuros que tentaram destruir e apagar da memoria colectiva os factos e acontecimentos que justificam a nossa existência como povo e como Nação.
A revolução republicana, de 5 de Outubro de 1910 é considerada a 1.ª grande revolução portuguesa do século XX, e teve início em Lisboa na madrugada do dia 4 de Outubro de 1910. No entanto, as razões que originaram esta revolução nasceram muito mais cedo, no século XIX. A juntar ao descontentamento da população com a monarquia, estiveram as ideias de liberdade e igualdade proclamadas pela revolução francesa de 1789, trazidas “nas mochilas” dos soldados de Napoleão, que  participaram nas invasões francesas a Portugal, bem como os ideais proclamados pela Revolução Liberal de 1820. “Os sucessivos governos monárquicos não conseguiram melhorar as condições de vida da população, o rei e a família real eram criticados por gastarem o dinheiro do reino, os pobres estavam cada vez mais pobres e, inversamente, os ricos enriqueciam cada vez mais.
Mas, foi também   no dia 5 de Outubro de 1143, com o Tratado de Zamora e na presença do Legado Pontifício, Cardeal Guido de Vico, que D. Afonso VII de Leão reconhece a existência de um novo Estado, PORTUGAL, como REINO INDEPENDENTE. Não podemos esquecer que o dia 5 de Outubro de 1143 é a data emblemática em que ocorreu a Fundação da nossa Nacionalidade, devido ao esforço e mérito de D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal.

 Temos plena consciência que Portugal viveu neste feriado de 5 de Outubro um enorme momento pela eleição do Engº  Antonio Guterres. É também de salientar o bom momento deste País com um presidente da Republica humanista, culto e conciliador e um governo presidido por António Costa apoiado pelo partido comunista e do Bloco de esquerda que têm ultrapassado as naturais divergências e diferenças no sentido de um consenso para dentro do possível melhorar as condições de vida dos cidadãos, onde o presidente conciliador tem tido um papel importante. Há muito que o país não vivia um tão bom momento. Pode ser um inicio de restaurar da esperança para um país melhor E, este dia 5 de Outubro de 2016, com a eleição do Engº António Guterres para secretario geral da ONU (Organização das Nações Unidas), constitui também, um marco histórico que nos devolveu um pouco daquilo que tem andado tão arredado de nós, nestes tempos de tanto cinismo e egoísmo : a crença de que ainda há, portugueses, que através da luta, da sua capacidade e do seu exemplo, conseguem fazer um Mundo melhor, prestigiando Portugal e os portugueses.

quinta-feira, outubro 06, 2016

UM PASSO DE CADA VEZ – IGNORÂNCIA OU INCOMPETÊNCIA

UM PASSO DE CADA VEZ – IGNORÂNCIA OU INCOMPETÊNCIA


"Fanático é quem não pode mudar de ideia e não quer mudar de assunto." Winston Churchill

Entre as “múltiplas malfeitorias” cometidas pelo “desgoverno” de muito má memória de Passos Coelho, que atingiram com maior incidências as crianças, os jovens e os idosos, realçamos aquela que retirou a obrigatoriedade da “educação física” nas escolas.
De facto, Passos Coelho, ficará nos registos históricos dos governantes responsáveis por graves atrasos civilizacionais ao tomar uma decisão, sem qualquer base cientifica que a sustentasse, como todas as outras que tomou, ao retirar do quadro de avaliação curricular dos alunos a disciplina de Educação Física, tudo em nome de uma “redução de custos do sistema educacional” que mais não foi do que o “sucumbir” à pressão de determinados lóbis preconceituosos e ignorantes sobre a importância da educação física no crescimento saudável das crianças e jovens.
Na verdade, a “trupe” de ignorantes que acompanhou e ainda acompanha Passos Coelho, desconhece que estudos de competências prioritárias identificadas nas empresas, para além das competências técnicas, apreendidas em ambiente escolar, reconhece-se a importância fundamental na aprendizagem de competências comportamentais na educação física e na prática do desporto escolar – realçar a elevada importância e valorização que ao desporto é dado no ensino nos Estados Unidos – enquanto no desgoverno de Passos Coelho assistimos à inaceitável desvalorização desta disciplina, a quem havia sido, dado espaço, importância e tempo, posto em prática nos governo anteriores, e que este Governo já enunciou, no mais curto espaço de tempo ter novamente de repor.
Talvez Passos Coelho não saiba que quando um jovem em pleno jogo, tem de decidir um lance num jogo de qualquer disciplina desportiva, desenvolve o seu raciocínio matemático sobre as probabilidades que se apresentam; quando joga em equipa aprende a importância da responsabilidade individual no colectivo; quando se confronta com problemas de integração aprende a superá-los; quando hesita na actividade desportiva, depressa aprende a  decidir em todas as áreas da sua vida. (in jornal A Bola de 29.10.2016 “Crato foi um retrocesso civilizacional”)
Alguém disse um dia que : "a escola precisa de riso, de entusiasmo, de dinamismo, de palmas, de alegria; precisa que se goste dela. O desporto pode contribuir para isso, com dias desportivos, com competições e torneios internos e externos, com pontos altos na vida escolar. Trata-se de, pelo desporto, integrar mais a vida na escola e a escola na vida", o que resulta, por razões cientificas e não por mera intuição ou preconceito, que o desporto escolar é fundamental na integração comunitária dos jovens e no seu desenvolvimento psicomotor
Apesar de tudo, apesar de todas as promessas falhadas, apesar de todos os orçamentos inconstitucionais, apesar do enorme esbulho fiscal, apesar da austeridade perpétua a que nos quis condenar, e apesar de tantas outras malfeitorias, como o saque dos rendimentos, das reformas e pensões, apesar de tudo, Passos Coelho  desprezando de forma impiedosa e desgraçada, e a pretexto da crise, todo o aparelho escolar em Portugal, porque ainda somos um Estado de Direito o actual governo pode e está a reverter todas essas politicas que o mesmo, eivado dum neoliberalismo fanático quis  aplicar aos portugueses e o nosso País.
(Winston Churchill "A democracia é a pior de todas as formas de governo, exceptuando-se as demais