quinta-feira, novembro 09, 2023

“A sovereign should never put into action an army motivated by anger; A leader should never start a war motivated by anger.” (Sun Tzu)

“A sovereign should never put into action an army motivated by anger; A leader should never start a war motivated by anger.” (Sun Tzu) In general, we are almost all very focused on the froth of recent events. In this game of words, where every word counts – due to the power inherent in it and the interpretation that each one gives them – it is certain that we ignore some phrases to concentrate on others, decontextualized or not, in order to favor our interpretation of the word. reality. But in the background there must be families with their daily difficulties. Failure to properly and fully take advantage of this unique opportunity of the Recovery and Resilience Plan (PRR) will be another disastrous page in this national plan of hundreds of years of being a people on the threshold of poverty. We remember what the Swiss César de Sausurre wrote in 1730: “It can be said, in short, that Portugal is one of the most beautiful, best and most pleasant countries in the world, but that it is inhabited by people who are not worthy of such a delicious country.” In these almost 300 years, what has changed? In this regard, he also said, which continues to fit us like a glove, the observation attributed to the Roman emperor Julius Caesar (100-44 BC with the following phrase: “There in the confines of Iberia lives a people who do not even govern themselves He doesn't even allow himself to be governed." This is a reality of a historical and anthropological nature. We are much of what we once were, at worst and at best. Almost everything that is best in us originates from what is worst in us. We have to be aware that rushing to the elections at this moment would be a Pontius Pilate decision – the crowd would applaud President Marcelo, but the President of the Republic's hands would remain, from our point of view, dirty. In our opinion, what happened on Tuesday is not only unacceptable from a political point of view. It is equally unacceptable from the point of view of justice. A prime minister cannot fall because of a sly paragraph written on the last page of a note from the Public Ministry to the media. It is not possible to vote conscientiously without a good idea of what is at stake. Maybe it's time for President Marcelo to use his popularity to force the country to stop and reflect. Running elections is a mistake. The country should stop and think, President Marcelo Rebelo de Sousa has in his hands a unique opportunity to make history and leave his mark on Portuguese democracy. Or will we continue at this pace, as if it were nothing, with minister after minister suspected of using their power for their own benefit, pretending that the vote, just like that, will miraculously change the entire Portuguese political culture and the current state of things ?“We learn through bitter experience the supreme lesson: to control our anger and make it like heat that is converted into energy. Our controlled anger can be converted into a force capable of moving the world.” (Mahatma Gandhi)

“Um soberano jamais deve colocar em ação um exército motivado pela raiva; um líder jamais deve iniciar uma guerra motivado pela ira.”(Sun Tzu)

“Um soberano jamais deve colocar em ação um exército motivado pela raiva; um líder jamais deve iniciar uma guerra motivado pela ira.”(Sun Tzu) Andamos, no geral quase todos muito focados na espuma dos acontecimentos recentes. Neste jogo de palavras, onde todas as palavras contam – pelo poder que lhe são inerentes e pela interpretação que cada um lhes dá – sendo certo que se ignora algumas frases para nos concentrarmos noutras, descontextualizadas ou não, de modo a favorecer a nossa interpretação da realidade. Mas, no plano de fundo deviam estar as famílias com as suas dificuldades do dia a dia. Não aproveitar devidamente, e integralmente, esta oportunidade única do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) será mais uma página funesta neste desígnio nacional de centenas de anos de sermos um povo no limiar da miséria. Veio-nos à memória o que escreveu o suíço César de Sausurre em 1730:”Pode dizer-se em suma, que Portugal é um dos mais belos, dos melhores e mais agradáveis países do Mundo, mas que está habitado por gente que não é merecedora de um tão delicioso País.” Nestes quase 300 anos o que é que mudou? A este propósito também terá dito, o que continua a assentar-nos como uma luva, a observação, atribuída o imperador romano Júlio César (100-44 a.C com a frase seguinte:” Lá nos confins da Ibéria vive um povo que nem se governa nem se deixa governar.” Esta é uma realidade de caráter histórico e antropológico. Somos muito daquilo que já fomos, no pior e no melhor. Sendo que quase tudo o que temos de melhor se origina no que temos de pior. Temos que ter consciência ir a correr para as eleições neste momento seria uma decisão à Pôncio Pilatos – a multidão aplaudiria o presidente Marcelo, mas as mãos do Presidente da República continuariam, do nosso ponto de vista, sujas. Na nossa opinião o que aconteceu na terça-feira não é apenas inaceitável do ponto de vista político. É igualmente inaceitável do ponto de vista da justiça. Um primeiro-ministro não pode cair por causa de um parágrafo manhoso escrito na última página de uma nota do Ministério Público à comunicação social. Não é possível votar em consciência sem uma boa noção do que está em causa. Talvez seja a hora do presidente Marcelo usar a sua popularidade para obrigar o país a parar e a reflectir. Eleições a correr é um erro. O país devia parar e pensar, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa tem nas suas mãos uma oportunidade única para fazer História e deixar a sua marca na democracia portuguesa. Ou será que vamos continuar neste ritmo, como se nada fosse, com ministros e mais ministros suspeitos de utilizar o seu poder em proveito próprio, fingindo que o voto, sem mais, vai milagrosamente mudar toda a cultura política portuguesa e o actual estado de coisas?“Aprendemos através da experiência amarga a suprema lição: controlar a nossa ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. A nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo.”(Mahatma Gandhi)