terça-feira, setembro 29, 2015

“O VOTO É A ARMA DO POVO! MAS, LEMBRO QUE NO FIM DE VOTAR FICAS DESARMADO! “

 É PRECISO CORRER COM ESTA GENTE!


“O VOTO É A ARMA DO POVO! MAS, LEMBRO QUE NO FIM DE VOTAR FICAS DESARMADO! “


O respeito e a transparência para com os meus amigos do facebook, na “troca de mails”, no twitter, numa atitude que considero tão difícil e importante nas nossas vidas, - há quem diga e sinta ser esta uma última oportunidade – foi meu entendimento e a única razão que determinou este esclarecimento.  (Não podemos ver este dever e direito de exercício de cidadania, como um “sentimento de adepto fanático futebolístico”, onde aconteça o que acontecer o nosso clube é e será sempre o melhor!)

A verdade é que por cá, alguém que não conhecesse o País suporia que foi o PS que esteve no Governo nos últimos quatro anos!
Da direita à esquerda só se discute o PS, o programa do PS, as promessas do PS,  o “ eventual plano secreto que o PS teria para se aliar à CDU e ao BE para não deixar o centro-direita governar etc etc…Enquanto Passos e Portas  acusam o PS de criar instabilidade e insegurança, a CDU e o BE acusam o PS de subscrever as políticas da direita!
Será que  ninguém que debater os últimos quatro anos, os 485 mil emigrantes que vão de engenheiros, economistas e médicos a investigadores, enfermeiros e bombeiros, os cortes nos salários da Função Pública e nas pensões dos reformados, a desmotivação completa dos funcionários públicos, o desemprego, o emprego que está a ser criado (90% é precário), os 50% de portugueses que ganham menos de 480 euros pro mês  , o facto de estarmos a trabalhar mais 200 horas por ano e a ganhar em média menos 300 euros, o descalabro na educação (com o silêncio ensurdecedor de Mário Nogueira e da FESAP, ao contrário do que aconteceu quando Maria de Lurdes Rodrigues era ministra da Educação), a miséria que se vive no Serviço Nacional de Saúde (onde muitos profissionais são obrigados a comprar luvas ou a fazer garrotes com material improvisado), os medicamentos que faltam nas farmácias e só estão disponíveis daí a dois dias, a machadada que levou a ciência e investigação, os problemas que se continuam a verificar na justiça, a inexistência de respostas ao envelhecimento da população (em 2014 já havia mais de 4000 pessoas acima dos 100 anos em Portugal e há 595 mil portugueses com mais de 80 anos),  as múltiplas “promessas” de Passos Coelho que foram sempre desmentidas por decisões do próprio Passos Coelho, o programa da coligação que não se discute porque não existe, etc etc.

O que vai estar em causa no dia 4 de Outubro é a expressão de uma exigência cívica e um direito de cidadania na qual, temos a oportunidade única de exprimirmos a nossa opinião sobre o modo como fomos governados nos últimos 4 anos e se “queremos ou não” a continuidade do empobrecimento de mais de 95% dos portugueses, em favor da maior enriquecimento dos restantes 5%?
A verdade é que os erros e excessos, uns de fé cega, outros de incompetência, desgraçaram a nossa economia, com a destruição da maior parte das pequenas e médias empresas, agigantaram o desemprego, desmantelaram a coesão social, forçaram a emigração qualificada, ampliaram a pobreza, alienaram a cidadania e aumentaram “o sentimento do medo de falar livremente”!
Este Governo de (Passos e Portas) impôs cortes para 2015 a todas as pensões acima de mil euros, bem como 10% de punção às pensões da Função Pública acima de 600 euros; tentou reduzir, logo a partir de 2014, as pensões de sobrevivência. Toda a classe média baixa seria afectada. O Tribunal Constitucional opôs-se a essa sangria. À sua recusa e à reposição do 13º e 14º mês se deve a ténue recuperação económica. O ódio destilado contra o Tribunal Constitucional transformou-se em sanha contra os mais pobres, no corte dos apoios: entre 2011 e 2015, 63 mil perderam o abono de família, 69 mil perderam o complemento solidário para idosos e 112 mil perderam o rendimento social de inserção. De forma vil lançaram a comparação errada de universos diferentes: os seiscentos milhões de cortes em pensões a que o governo se obrigou com Bruxelas são 2,4 milhares de milhões em quatro anos, mas os 250 milhões anuais variáveis passaram a ser 1.050 milhões. Incauta e pouco atenta, a media engoliu o engodo. E o PS, o defensor último do Estado Social, é que passou a vilão da fita?
Neste quadro, não tenho qualquer duvida em declarar o MEU VOTO NO PS. Respeito todos aqueles eleitores que, tendo vontade de apear o governo de Passos & Portas, se mostram indecisos em entregar o seu voto ao PS, mas na verdade e na realidade o PS é  único partido que está em condições de afastar do poder a direita mais radical e ultraliberal que governou o nosso País desde que há “registo na nossa memória”
 
De facto António Costa e o Partido Socialista apresenta-se às eleições com um programa que se pode sintetizar em poucas palavras: fazer crescer a economia para estimular o emprego e proteger o Estado Social, designadamente impedindo a concretização do corte nas pensões e nas reformas.  

 Aqui resta relembrar aquele ditado muito popular:


“O VOTO É A ARMA DO POVO! MAS, LEMBRO QUE NO FIM DE VOTAR FICAS DESARMADO! “

Precisamos de correr com esta gente!

EU VOTO PARA O FIM DESTE PESADELO QUE DURA HÁ PELO MENOS 4 ANOS!

 Precisamos de correr com esta gente!


Não lhe vou chamar «o voto útil», porque úteis são para mim, todos os votos contra a camarilha que “capturou” o poder politico – cada um terá uma utilidade diferente. Respeito. O que entendo é que a nossa  opção de VOTAR terá que ter o sentido de um voto pragmático e na defesa da nossa cidadania e de tudo o que “esta gente” nos “tentou” tirar e nos quer continuar a tirar – a nossa vida!
Não sou simpatizante do PS, mas acho que um governo do PS nunca foi e não será igual a este governo que nos tirou toda a esperança e nos levou ao empobrecimento durante estes últimos 4 anos. Quero mudar de governo e acontece que só vejo uma maneira de o conseguirmos: VOTAR  NO PS.

Noutras circunstâncias eu votaria num partido à esquerda do PS e não teria dúvidas em qual. Seria um voto para fazer a grande diferença, um voto na inteligência, na competência, na bravura e – por que não? - contra o sistema. Mas eu passei metade da minha vida em Ditadura e não aguento mais esta direita medíocre, mentirosa, ultra-reaccionária e incompetente. Outros há que aguentam. É a vida! 

Não consigo sequer imaginar que podemos continuar a ser vítimas de “um bando sem escrúpulos”, que desfaz o País e que está cada vez mais determinado (e que o assume) em destruir os 40 anos de Democracia, em ajustar contas com o 25 de Abril. Uma gente que, pela sua governação e postura, todos os dias me lembra o passado que todos, independentemente das nossas opções partidárias não queremos que volte

Mais 4 anos iguais aos 4 anos anteriores, NÃO!

Ponderando a realidade nestas eleições, só posso ter uma atitude racional, consequente, de acordo com a minha consciência: votar no PS - votando num democrata, num homem honesto – porque é o único partido que tem a possibilidade de CORRER COM ELES. Porque, nesta situação, não me concebo a votar num partido que irá lutar, depois, pelos nossos direitos e liberdades, quando estes já tiverem sido totalmente comprometidos nas urnas. Não.
 O meu voto é para impedir que desapareça no dia 4 o que resta dos nossos direitos e liberdades.
Não posso limitar-me a engrossar a voz dos que, no futuro, irão à luta com confiança, procurando opor-se a que nos tirem o que ainda não nos foi tirado. Não, não! Eu quero que o meu voto possa, desde logo, impedir que continuem a tirar-nos paulatinamente o que resta de Abril. 

O meu voto não pode destinar-se a animar a inquebrantável luta por direitos e pela Democracia, quando a sua liquidação já tiver sido «relegitimada» nas urnas. Definitivamente, eu estou de outro lado: eu quero impedir que a essência da Democracia venha a estar em debate, não tenho em mente que os democratas podem mais tarde ganhar esse debate. 

Mas o combate por um regime socialmente mais justo, mais próximo do que defendo, não sai do meu horizonte. Esse combate virá depois - e não abdicarei de estar nele. Mas, primeiro, quero contribuir para acabar com este pesadelo.”

 Precisamos de correr com esta gente!