"Quem realiza um sonho, constrói uma
parcela de sua própria eternidade." (Jorge Luis Borges)
Diz o povo que “nós somos o que sentimos, o que
vivemos e o que pensamos” ou de outro modo “somos em grande parte aquilo que
pensamos ser”. A pessoa que acredita piamente em si mesma e mantém uma atitude
mental forte de confiança e determinação, não será afectada por pensamentos
adversos e negativos de desânimo e fracasso que emanam das mentes de outras
pessoas nas quais essas características predominam. Nas palavras de Sigmund
Freud, “Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais: somos também o que
lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os
enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos 'sem querer'”.
Talvez por isso, somos muito mais do que
acreditamos e podemos muito mais do que pensamos... mas também sentimos que
mudamos com alguma frequência. A cada dia que passa mudamos os nossos
pensamentos, os sentimentos, até os hábitos, os ideais, aprendemos, adquirimos
conhecimentos e experiências, em cada dia temos sempre algo para adicionar ou
até mudar o nosso perfil...isto é vamos
adquirindo os vários níveis de aprendizagem, que tem um carácter pessoal, ou
seja o saber saber, o saber fazer e saber ser /saber estar, tudo porque simplesmente
por que somos humanos... e como humanos mudamos!
Às vezes sentimos a falta de um estímulo, uma
palavra de apoio, e temos a percepção que não conseguimos “enxergar ninguém ao
nosso lado” que nos possa encorajar ou
ajudar... e por carecer disso, acabamos acomodados e desistimos de procurar, de
buscar mais atitudes para garantir a nossa saúde física e mental.
A vida quer queiramos quer não passa... os dias não
são sempre os mesmos... e os nossos sonhos? Ah esses ficam guardados... Tão bem
escondidos que nem os lembramos mais, mas há os que sempre ficam e perduram….! E
o que deixaremos? Que história será contada sobre nós? Seremos mais um exemplo
daqueles que se frustram na primeira tentativa e desistem porque têm medo de
tentar mais. Mais um... apenas mais um... sem grandes feitos ou histórias para
contar..e o fim…..será esse o fim que merecemos? Como disse James Allen no seu
livro “ O homem que sabe pensar “ “somos aquilo que pensamos ser» não só
engloba tudo aquilo que somos na nossa essência, como abrange ainda toda a
condição e toda a circunstância da nossa vida. Somos literalmente aquilo que
pensamos, sendo o nosso carácter a soma de todos os nossos pensamentos”
Entendo e quero aqui deixar bem expresso que envelhecer
é um privilégio, uma arte, um presente. Somar cabelos brancos, arrancar folhas
no calendário e fazer aniversário deveria ser sempre um motivo de alegria. De
alegria pela vida e pelo que estar aqui representa. Todas as nossas mudanças físicas são reflexo
da vida, algo do que nos podemos sentir muito orgulhosos. Temos que agradecer
pela oportunidade de fazer aniversários, pois graças a eles, cada dia podemos
compartilhar momentos com aquelas pessoas que mais gostamos, podemos desfrutar
dos prazeres da vida, desenhar sorrisos e construir com nossa presença um mundo
melhor.
Porque não seguir o conselho de jean-Paul Sartre :“Não
fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que
somos”
Deveríamos agradecer à vida pela oportunidade de
permanecer e de ter a capacidade e a consciência de desfrutar. Que sentido tem
nos lamentarmos e nos queixarmos por termos essas possibilidades? Não é verdade
que daríamos o que fosse para ter aqueles que perdemos do nosso lado? Por que
não colocamos vontade na vida e deixamos de dissimular nosso caminhar? Cada
segundo nos faz mais capazes de experimentar e de aproveitar todas as opções
que surgem ao nosso redor. Cada ano é uma medalha, uma oportunidade para
acumular lembranças, para fazer nossos os instantes, para soprar as velas com
força e orgulho. Deseje continuar cumprindo sonhos, segundos, minutos, horas,
dias, meses e anos… E, sobretudo, poder celebrá-los com a vida e com as pessoas
que o rodeiam.
Como é
possível que nos entristeça ter a oportunidade de fazer um aniversário? Porque
temos medo de que, ao envelhecermos, percamos capacidades. Porque pensamos na
velhice como um castigo, de maneira pejorativa e humilhante. Do mesmo modo,
fazer um aniversário nos faz olhar para trás e nos expõe ao que fizemos durante
nossa vida. Como disse José Saramago: “Quantos anos tenho? Isso a quem
importa! Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e
sinto”.
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