“Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro acorda.” (CARL GUSTAV JUNG)
A verdade é que estou a tentar, com regularidade,
seguir este conselho: “Escrever. Seja uma carta, um diário ou umas notas
enquanto falas ao telefone, mas escreve. Procura desnudar a tua alma por
escrito, ainda que ninguém leia; ou, o que é pior, que alguém acabe lendo o que
não querias. O simples acto de escrever ajuda-nos a organizar o pensamento e a
ver com mais clareza o que nos rodeia. Um papel e uma caneta fazem milagres,
curam dores, consolidam sonhos, levam e trazem a esperança perdida. As palavras
têm poder. É preciso correr riscos, seguir certos caminhos e abandonar outros.
Nenhuma pessoa é capaz de escolher sem medo."(Paulo Coelho)
Quando abordamos a nossa vida a partir de uma “mentalidade
fixa”, o que faz acreditar que nascemos
com “inteligência” que não irá mudar, e por isso, vemos o nosso conhecimento, as
nossas oportunidade e o nosso crescimento
como algo que já não podemos mudar ou até se queremos mudar. A primeira coisa
que nos vêm à “cabeça” é que nós não temos qualquer poder, e errar é algo
insuportável. E, também não temos espaço para nossa capacidade inata de fazer
as coisas de maneira diferente. Essa nossa mentalidade fixa mantém-nos
presos no tempo e sem vontade, e por essa crença limitante, tendemos a
evitar desafios e experiências novas com medo de parecerem menos inteligentes.
Talvez tenha chegado o momento de uma pequena
reflexão. Porque é que não pode desfrutar do seu sucesso de viver a vida quando
está apenas e só focado em "por que
eu" ou "como cheguei até aqui"? É preciso concentrar-se em estar presente e aproveitar o momento, e ser
total e radicalmente honesto consigo mesmo assumindo deste modo a responsabilidade
pessoal sobre sua vida, prestando mais atenção
às suas escolhas, ter as suas opções, reconhecer o que precisa mudar. Como
disse Paulo Coelho “O homem nunca pode parar de sonhar. O sonho é o alimento
da alma, como a comida é o alimento do corpo.”
Parece-nos que tudo isto são coisas tão relevante
nos dias de hoje, especialmente com acesso fácil ao "destaque" de
todos os outros produtos e realizações por meio das redes sociais e da tecnologia.
É incrivelmente fácil comparar-nos com os outros e subestimar o trabalho que
investimos para chegar onde estamos! Nos dias de hoje, eu também sou dos que
acredito que as redes sociais representam, em certa medida um perigo para a
democracia e para a qualidade de vida e até posso classificar o modo como
muitas pessoas se expõem como uma "espécie de pornografia pessoal". Como
disse António Damásio: "Há riscos evidentes que têm a ver com a
exploração do indivíduo e com o desrespeito de valores individuais".
Como é que cultivamos uma mentalidade de crescimento na
nossa vida? Como é que se tem espaço para o nosso próprio crescimento? O que é
que pode ser necessário mudar para ter mais espaço para abordar na nossa vida
com uma mentalidade de crescimento em vez de uma mentalidade fixa ou presa ao
passado? Como disse Bento Jesus Caraça:
“Se não temo o erro, é porque estou sempre disposto a corrigi-lo.” Como alguém disse há duas mentalidades
que podemos ter neste Mundo, mas aquela que nós escolhermos é que fará a
diferença. Lembrar no entanto, que,
devemos ter sempre muito cuidado para não julgarmos qualquer pessoa sem
considerar também todo o contexto em que ela está “a viver” e ajudá-la para que
possa mudar, se assim o desejar. Temos
que ter a noção de que uma mentalidade de crescimento permite-nos continuar a
crescer, a expandir e a mudar, mantendo sempre a possibilidade de que algo mais
também é possível criando o espaço para aprender tudo o que experimentamos,
abrindo a nossa vida para nos tronarmos mais do que pensamos que julgamos que
somos, sendo por isso, a nossa gratidão e sentirmos a honra de que podemos
cultivar as nossas vidas, através de uma consistência, esforço, trabalho e
muito respeito pelos outros. Vem-nos à memória as palavras de Bento Jesus
Caraça: “Há, em suma, que dar ao homem uma visão optimista de si próprio; o
homem desiludido e pessimista é um ser inerte sujeito a todas as renúncias, a
todas as derrotas - e derrotas só existem aquelas que se aceitam.”
Sem comentários:
Enviar um comentário