“Nada
é tão nosso como os nossos sonhos”.
(Friedrich
Nietzsche)
A nossa vida é cheia de memórias, algumas são mais
agradáveis e outras nem tanto assim, mas são as nossas memórias. Mas é o
conjunto de todas as nossas memórias, que fazem as pessoas que somos hoje. Na
verdade, também temos de admitir que algumas das nossas memórias são simplesmente
mais dignas de serem mantidas do que outras. Algumas das nossas memórias são
coisas boas e fundamentais de se lembrar, e outras ficam melhor armazenadas
como lições da vida e das nossas experiências. Mas todas são as nossas
memórias!
Como escreveu Luiz
de camões “Mudam-se os tempos, mudam-se
as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo o mundo é composto de
mudança, Tomando sempre novas qualidades.”
Não creio ser
novidade ao dizer que o “tema da perda” surgiu em muitos aspectos diferentes da
vida e a que todos estamos sujeitos, muito recentemente, e não é algo muito
estudado ou sequer falado. No entanto, julgo ser uma experiência tão
desafiadora, e tão necessária para nós entendermos, porque significa em
primeiro lugar abandonar uma realidade que temos actualmente, e de seguida para
se poder abrir espaço para uma nova realidade que temos que saber enfrentar,
que pode ser incrivelmente inquietante e até assustadora. Muitas vezes pensamos
em perda em termos de morte, mas também há perda relacionada com todas as
mudanças pelas quais passamos, tanto negativas quanto positivas.
“Nós não perdemos apenas as pessoas que
amamos; perdemos ideias que tivemos sobre como seria nosso futuro. Nós perdemos
aspectos da nossa identidade. Perdemos familiaridade e conforto e o conhecido.
Perdemos pedaços de quem nós éramos uma vez para nos tornarmos quem somos.
Perdemos estrutura e rotinas e padrões. Nós perdemos partes de nós mesmos.
“ (1)
É por isso que não
se deve ficar a pensar no que será o futuro, quando devemos, e o mais acertado
é viver intensamente o presente para não ter que “enfrentar os fantasmas do
passado”. Será bom relembrar que o que torna uma pessoa “especial” é sua
capacidade de viver intensamente por uma causa, seja ela qual for. Temos que reconhecer
que, talvez isso seja raro nos dias de
hoje, pois vive-se muito pela metade e aqueles que se empenham na realização de
seus sonhos não se conformam com esta uniformidade, assumindo o preço de serem
diferentes e, geralmente, “nadam contra a corrente”. Ora tudo isto requer muita
coragem. A coragem de o ser, não simplesmente de o fazer. Ser é mais difícil do
que fazer, afinal, é no ser que o fazer encontra o seu sustento. Faço a partir
do que sou. Não o contrário. Como disse
Roosevelt “Nada é impossível. Se puder ser sonhado, então pode ser feito.”
Talvez seja mesmo isso! “Posso estar em busca do até certo ponto do
pouco provável, mas nunca o impossível. Por isso sei que existe num qualquer
lugar do nosso planeta, alguém que “está
à minha espera” e, se esse alguém for como eu vai parar de esperar e começar a
procurar, até que um dia nos iremos encontrar e fechar um ciclo para começar um
novo e muito melhor para nós e os que tiverem o privilégio de estar ao nosso
lado”.(Cicero).
Não me dêem fórmulas
certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de
mim, porque vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me
convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente. Não sei amar pela
metade. Não sei viver de mentiras. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu
mesmo, mas com a certeza que a vontade de ficar não pode ser mais forte que a
coragem de seguir em frente, nada é difícil quando acreditamos no queremos, e
os nossos sonhos se tornam realidade. Mas,“acreditem, que algumas vezes na
vida, mais difícil que seguir em frente, é não olhar para trás”(autor
desconhecido),e por outro lado por distracção ou outra coisa
qualquer não percas a tua oportunidade, pois deves saber que a pior decepção
com alguém é a que representa o ponto final de uma história que prometeu ser
tudo e acabou por ser nada!
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