我們能夠做到最好! Wǒmen nénggòu zuò dào zuì hǎo! WE ARE ABLE TO DO OUR BEST! “É das coisas, que os sonhos são feitos.” It is about things, that dreams are made." (William Shakespeare
quarta-feira, maio 26, 2021
“Carpe diem. Aproveitem o dia. Tornem suas vidas extraordinárias.” (Frase do filme A Sociedade dos Poetas Mortos)
“Carpe diem. Aproveitem o dia. Tornem suas vidas extraordinárias.” (Frase do filme A Sociedade dos Poetas Mortos)
Aqui sentado no meu canto relembro os tempos em que havia espaço e tempo para as pessoas se dedicarem uns aos outros. A propósito do sistema de vacinação calhou-me a tão badalada AstraZeneca e, como a maioria dos vacinados com esta vacina, não tive qualquer efeito secundário.(Bem sei que ainda falta a 2ª dose). Receber a vacina e ver tanta gente a ser vacinada, parece-nos se como um “ rastilho” para dias melhores. Talvez por isso, sentimos que cada dia que passa, estamos mais perto de uma certa normalidade, enquanto o nosso espírito permanece vivo, como um sonho de documentar o passado e dar ritmo ao futuro , talvez, nestes tempos que não são os nossos, nos falte a preocupação pelo outro, pelo futuro e pelos grandes desígnios da vida. “Nunca deixe que alguém lhe diga que não pode fazer algo. Se tem um sonho, tem que protegê-lo. As pessoas que não podem fazer por si mesmas, dirão que você não consegue. Se quer alguma coisa, vá e lute por ela. Ponto final.” (Frase do filme À Procura da Felicidade)
Por vezes sentimos como um dever e pensamos que talvez seja essa uma missão, espalhar as palavras, como um sinal de dar esperança às pessoas, porque se não tivermos esperança desistimos e não fazemos nada, enquanto as solicitações do consumismo nos toldam as mentes e o instinto de sobrevivência entra em modo de autodefesa o que nos leva a concorrermos uns com os outros por tudo e mais alguma coisa. E sentimos que não tempos tempo para viver a nossa vida. Como dizia Albert Einstein: “A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro.”
No meu entendimento faço os possíveis para não cair na tentação de achar que o passado pode ser mais relevante que o presente. Claro que toda a nossa história é importante, mas infinitamente menos do que o nosso presente, sendo claro também que sem a história não haveria presente. Por mais que se compreenda as razões sentimentais e históricas que levam a comportamentos, as implicações no presente de erros cometidos no passado, que impulsionam o incumprimento de todas as regras que salvam vidas, parece-me infelizmente incontornável. Como disse Seneca. ”Dedica-se a esperar o futuro apenas quem não sabe viver o presente.”
Amanhã, dia 27 de Maio de 2021 passam 150 anos sobre a realização da 1ª. Sessão das Conferências Democráticas, realizadas no Casino Lisbonense, no dia 27 de Maio de 1871. Na sua entrevista publicada no jornal Público de 5 de março de 2021, o primeiro ministro Dr António Costa (pág 6)….”recomendo sempre vivamente a leitura das “Causas da Decadência dos Povos Peninsulares, de Antero de Quental, que ajuda bastante a explicar tudo o que ainda hoje nos acontece. Toda esta História só nos deve servir para a transformarmos em lição, de modo a não repetirmos no futuro os erros que cometemos no passado.”
Antero de Quental pretendeu com o seu, que consta no livro recomendado e citado atrás, nada mais, nada menos do que explicar o atraso registado pelos dois países da Península Ibérica, Portugal e Espanha, desde o século XVII. Numa altura em que não só Portugal e Espanha, mas toda a Europa vive uma crise profunda dos seus valores e o projecto político e cultural da União Europeia cada vez se nos afigura mais adulterado, faz sentido relembrarmos essas causas de decadência que Antero apontou no século XIX e reflectir como certos atavismos podem infiltrar-se no tempo e corroer realidades aparentemente bastante diferentes.
“Ninguém desconhece que se está dando em volta de nós uma transformação política, e todos pressentem que se agita, mais forte que nunca, a questão de saber como deve regenerar-se a organização social. (…) investigar como a sociedade é, e como ela deve ser; (…) e, por serem elas as formadoras do homem, estudar todas as ideias e todas as correntes do século”. (CAUSAS DA DECADÊNCIA DOS POVOS PENINSULARES, DE ANTERO DE QUENTAL)
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