segunda-feira, dezembro 28, 2020

“As grandes coisas são obtidas à custa de grandes perigos.”(Heródoto)

 “As grandes coisas são obtidas à custa de grandes perigos.”(Heródoto)

 Se, ao contrário do que está a acontecer nos outros países, estamos a fazer bem, (de acordo com as normas cientificas e regras na área da saúde) , e a tempo e horas, é porque estamos “a dar cabo de uma velha tradição” em que “nos considerávamos sempre pior que os outros”  ….  Que grande desilusão para todos aqueles que tudo fizeram para que esta “guerra” fosse perdida!  Para todos, mesmo para os que não querem ver , há uma “luz ao fundo do túnel”, bem sei que há  um  “desapontamento” de alguns fundamentalistas que já preparavam a “artilharia” para um ataque cerrado  às autoridades de saúde, e claro está ao Governo, mas iniciou-se no nosso país a vacinação contra esta pandemia. Claro que temos que admitir que há mérito do Governo que soube, e muito bem, afirmar a nossa posição de pequeno país junto dos “gigantes” da União Europeia.

É por tudo isto que precisamos de acreditar que é pela ciência e não pelo egoísmo de alguns que só pensam no seu “pretenso poder politico” que venceremos as nossas circunstâncias. Estamos perante não uma vida de sonho, mas talvez hoje seja o sonho da nossa vida, é que  depois disto ficamos tão necessitados do normal e ainda mais preocupados com o anormal, qualquer detalhe aparentemente inofensivo transforma-se num acontecimento repulsivo, é que em todo este tempo temos sido intoxicados, pelos ridículos comentários pela ideia de que tem de acontecer alguma coisa, estamos obcecados com a velocidade em que  medo e a ansiedade se instalou e a incapacidade de perceber a natureza do vírus, deixou-nos ainda mais desorientados . E, nestes tempos que não são os nossos   nada pior para sanar uma crise, provocada por um elemento patogénico  desconhecido, do que o rol de comentários e opiniões exactamente sobre aquilo que não se conhece.  Quando gente medíocre procura avidamente protagonismo, percebe-se que o medo pode revelar pessoas obscenas. É certo que o esforço para vencer a pandemia não obriga a silenciar a liberdade crítica. Mas exclui a agressão gratuita, o insulto fácil, a politiquice de sarjeta. Aos incrédulos em vacinas e aos politicamente frustrados deixamos-lhe esta mensagem: cuidem-se, ou, traduzindo para português vernáculo “vão mas é dar banho ao cão.....”

 Há que reconhecer o  grande mérito, das duas mulheres (Ministra da saúde Marta Themido e da Directora Geral da Saúde Graça Freitas, porque por serem duas mulheres não tenho dúvidas que contribuiu para a sobrecarga de aleivosias, má fé e ordinarice que sobre ela se abateu) e das restantes autoridades de saúde  e dos profissionais de saúde porque têm gerido esta pandemia com grande altruísmo e competência, sabendo evitar a sobrecarga intransponível do Serviço Nacional de Saúde. E aqui sim, está um exemplo da importância de existir uma boa governação dos meios e recursos disponíveis no nosso País.  Como disse Daniel Goleman: “Perceber o que as pessoas sentem sem que elas o digam constitui a essência da empatia.”

Todos os dias em que nos levantamos e não nos damos por vencidos(as), em que não desistimos de nós, é a vida a dizer-nos que o melhor está para vir e que tudo irá acontecer no tempo certo. Nem sempre vai acontecer da forma como desejamos, mas a vida vai colocar no nosso caminho tudo aquilo de que precisamos. “Preocupar-se é ocupar-se previamente com algo que ainda não está acontecendo. Assim, quando o acontecimento se der, estaremos sem a suficiente e necessária energia para enfrentá-lo, pois a mesma foi desperdiçada antes do tempo. Por  outras palavras: se nossa mente está presa a lembranças do passado ou a ideias do futuro, não estamos vivos, mas adormecidos, pois a vida passa-se no presente, no aqui e agora.”(Thich Nhat Hanh)

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