“O
olhar do seu cão é o melhor espelho da grandeza da sua alma"(anónimo)
Segundo Freud, sonhos
são manifestações do inconsciente, e por isso se prestarmos atenção ao que
sonhamos pode ajudar a compreender o mundo
ao nosso redor, é por isso que dizem que sonhar com cães, o que até, dizem, será bastante
comum, dado que muita gente sonha com cães, e dependendo de cada contexto, o
sonho pode significar algo diferente. Além disso a interpretação dos sonhos
varia muito de pessoa para pessoa. Em geral, sonhar com cachorros ou ver cães
nos sonhos é, normalmente, um bom presságio, pois eles simbolizam, entre outras
coisas a amizade e coisas boas como intuição, lealdade, generosidade, protecção
e fidelidade.
Como disse José
Saramago “o difícil não é viver com as pessoas, o difícil é compreendê-las”,
não será surpresa para ninguém que o cérebro humano é um dos grandes mistérios
que temos, pois até hoje não conseguimos entender sua capacidade total e até
onde ele pode ultrapassar certas barreiras. Os sonhos com certeza são umas das
coisas mais fascinantes e que através dos anos foram atraindo a atenção de
pensadores e estudiosos a fim de compreender como funcionam e seus significados.
Para alguns os sonhos são apenas devaneios do nosso subconsciente que se
manifestam através de elementos visuais da nossa rotina, apenas uma tentativa
do nosso cérebro recriar momentos do quotidiano, situações ou coisas que nos
marcaram, mesmo que de forma inconsciente. Com tudo isto os cães tem um papel
fundamental nos estudos sobre os sonhos e os seus significados e como esses
seres incríveis afectam nossas vidas em diferentes campos.
Como sabemos ou temos
a noção disso há hoje, como nunca houve no passado muita e variada informação que é
compartilhada nas chamadas redes sociais em relação a “toda” a nossa saúde
psico-emocional. E na verdade tudo isso nos surpreende e nos parece
tão incrível, e até certo modo inspirador e de apoio, sendo que de facto se,
tivermos sofrido alguma “situação traumática”, e quando parte dela pode parecer-nos desanimadora, isolada ou difícil de digerir
ou até de relacionar com tudo o que nos acontece na nossa vida, vimos “chegar
até nós” essa “mão” que nos parece salvadora e contribui para melhorar o nosso
bem estar psico-emocional.
Quando somos atingidos por um dano emocional
que ocorre como resultado de um algum acontecimento que nos atinge, todo o
nosso sistema psicológico de viver a vida muda, ao “cairmos” num modo de “sobrevivência”,
e nesta situação o sucesso de recuperar o modo de viver a vida torna-se muito
difícil. Na verdade o nosso cérebro, literalmente, passa a um outro nível
comportamental afectando o modo como respondemos ao nosso ambiente de vida, o
trauma impede a maneira como nos mostramos no mundo de muitas maneiras. Experiências
de um trauma podem tornar difícil entender por que nos estamos a sentir de
determinada forma, por que respondemos em certas situações, quais são nossas
necessidades ou o que nosso corpo está a tentar nos dizer. A
fim de nos mantermos seguros (somos tão espertos), os nossos cérebros e corpos
frequentemente dissociam-se, entorpecem, evitam ou bloqueiam as coisas. E ainda
assim o trauma (e todas as nossas experiências) ainda vive dentro de nós - nós
nem sempre reconhecemos as formas como ele aparece, o que pode ser confuso e
facilmente nos fazer sentir como se fosse a nossa culpa ou como se algo
estivesse errado connosco.
Talvez nem todos
concordem mas “conversar com os cães” também ajuda ao fornecer uma companhia
não-julgadora. Um cão apenas escuta e jamais julga. Isso é muito saudável
quando se trata de desabafar problemas da vida quotidiana.
Os
cães são especiais. Qualquer pessoa que tem um cão como animal de companhia
sabe disso. Além disso, a maioria dos donos tem a sensação de que seu cão
entende tudo o que eles dizem e qualquer gesto que eles fazem. Esse
sentimento repete-se em um número sem
fim de obras artísticas e condensa-se numa famosa frase “Quanto mais conheço as
pessoas, mais gosto do meu cão”, atribuída a dezenas de autores, embora
possivelmente possa ser assinada por dezenas de milhões.
"O amor por um cão é voluntário, ninguém o impõe [...]. E o principal:
nenhuma pessoa pode outorgar a outra o dom do idílio. Isso só o animal sabe
fazer [...]. O amor entre um humano e um cão é um idílio. Nele não há
conflitos, não há cenas angustiantes, não há evolução”, escreveu
Milan Kundera em A Insustentável Leveza do Ser
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