A vida é feita de sonhos, escolha os seus e faça deles a razão dos seus dias!
Quando alguma coisa nos entristece ou chateia,
geralmente pensamos que tem alguma coisa de errado”.([1])
“O único homem que nunca comete erros é aquele que nunca faz coisa alguma. Não
tenha medo de errar, pois aprenderá a não cometer duas vezes o mesmo erro.”([2])
A realidade é que
sinto que a maior parte das vezes, dou comigo a pensar que “quero ter a certeza de que apesar de minhas
renúncias e talvez algumas loucuras, que haja alguém que me valoriza pelo que
sou, não pelo que tenho. E que esse alguém me diga para que eu não mude, para
que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo”.([3] )
Pode até, de certo
modo ser tentador permanecer “parado no tempo” porque isso nos faz sentir algo
confortável – mas na verdade, permanecer onde estamos porque é o que sabemos, e
não o que realmente queremos. O medo do desconhecido pode ser poderoso o
suficiente para nos impedir de traçar “um novo território”, um novo e diferente
modo de viver a vida. A coisa é, quando ficamos no que é previsível, perdemos o
que é possível. Podemos estar confortáveis, mas confortáveis não são onde
crescemos, como desejamos viver, como nos sentimos bem com nós próprios e com a
vida.
“E nós sentimos isso
mais verdadeiramente quando a experiência é do medo” como disse Ezra Bayda que
define e “acredita que todos os nossos sentimentos negativos vem de três medos
fundamentais: o medo de perder a segurança ou controle, o medo da solidão,
da incoerência e da desunião , e o medo
de não ter valor, por insegurança ou falta de vontade de auto-avaliação.
A) O medo de perder a segurança ou controle
envolve a nossa sobrevivência, e está activado no nosso sistema límbico,
a qualquer sinal de dor ou desconforto, esse medo aparece. “Mas, na maior parte
das vezes, não há um perigo real para nós; na verdade, a maior parte, ou a
quase totalidade dos nossos medos são
amplamente imaginários — que o avião vai cair, que seremos criticados, que
estamos a fazer algo de errado……”.
B) Medo da
solidão, da incoerência e da desunião. É um
medo tão básico que com alguma atenção podemos notar nos nossos amigos, nas
relações sociais, no trabalho, sendo que quase sempre a existência do mesmo
serve para preencher o vazio de estar sozinho, e essa necessidade acaba por
impedir que haja, por exemplo, uma verdadeira e intimidade mais real. “Como podemos realmente ser amigo de alguém
de verdade ou ser íntimo desse alguém, se estamos nessa relação a partir dos nossos medos?”([4])
.
C) Medo de não ter
valor, por insegurança ou falta de vontade de auto-avaliação. Este será um
dos outros “medos” que toma várias formas e aparece frequentemente, como o medo
de não ser percebido, de ser visto como um qualquer, de ser estúpido ao fazer
uma pergunta, de não merecer ser amado, etc. “Este medo” reflecte-se no nosso
comportamento, por exemplo, quando discutimos: para uns, o medo impulsiona a
continuidade e forçosamente se querer provar que se está certo, enquanto para
outros, direcciona-o no sentido de logo desistir com pessimismo”, e como disse Thomas
Fuller “algumas pessoas foram consideradas corajosas, porque tiveram medo de
fugir” . Todos nós já alguma vez sentimos que fosse nas nossas amizades, quer
até no amor, que algumas pessoas simplesmente não sabem valorizar o que os
outros fazem por elas. Mas, lembra-te que é preciso reconhecer aqueles que se
importam contigo para poderes retribuir!
Quando aprendemos a
confiar em nós mesmos o suficiente para arriscar, assumir os riscos e
continuamente “nos atirar para fora do ninho”, a vida geralmente tem uma lição,
uma recompensa ou uma nova sensação de alegria do outro lado. Nós nunca seremos
capazes de controlar o resultado da vida, mas ousar agir diante da incerteza é
uma das coisas mais corajosas que podemos fazer “com nosso tempo, que nunca
será tanto como julgamos, nesta terra,
em que temos o privilégio de viver a vida.
“Aprendi que a coragem que não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre
ele. O homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas o que conquista esse
medo.”([5])
[1] Ezra
Bayda, professor do Zen Center San Diego, (EUA).
[2] Theodore
Roosevelt
[3] Mário
Quintana
[4] Ezra Bayda
[5] (Nelson
Mandela)
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