我們能夠做到最好! Wǒmen nénggòu zuò dào zuì hǎo! WE ARE ABLE TO DO OUR BEST! “É das coisas, que os sonhos são feitos.” It is about things, that dreams are made." (William Shakespeare
terça-feira, abril 19, 2022
SOU CONTRA O FANATISMO. SINTO-ME SOFUCADO!!!
SOU CONTRA O FANATISMO. SINTO-ME SOFUCADO!!!
Nestes tempos vivemos num mundo de definições, que tenta direcionar nossa forma de pensar e aonde pertencer, mas quanto mais definimos a nós e ao meio ambiente, mais criamos limites à nossa própria maneira de viver. Como disse Friedrich Nietzsche: “O fanatismo é a única forma de vontade que pode ser incutida nos fracos e nos tímidos.”
A realidade é que a guerra está aí. Feroz. Selvagem. Com ecos de violência há muitas décadas desaparecidos (ou quase…) da Europa. Todos nós devemos ter plena consciência de que quem controla as redes sociais ( Facebook, instagram, Twitter, etc etc) e a imprensa (jornais e televisões) também nos controla a nós..( ou pretende controlar). Isto não é uma teoria da conspiração, são factos dos quais devemos de ter conhecimento público. E, aqui, a realidade supera a imaginação. As nossas atividades, e as nossas faltas de atividade, são registadas, estudadas e as conclusões são usadas. Somos transparentes enquanto navegamos, e interagimos, no mundo digital, e deixamos mais informação sobre nós mesmos do que aquela que nos passa pela cabeça, certamente mais do que aquela que quereríamos deixar, tudo isto e desde logo, porque nos sentimos livres. A realidade é que quanto mais livres nos sentimos, sem o “sermos”, curiosa ironia, na “pretensa” gestão das escolhas que fazemos quando estamos online, mais informações deixamos sobre nós mesmos.“Nunca podemos ter certeza de que a opinião que tentamos sufocar é falsa; e se tivéssemos, sufocá-la continuaria sendo um mal.”(John Stuart Mill). A consciência, ou ilusão, de que ali somos inteiramente livres no que fazemos ou dizemos é o motivo deste nosso cárcere no qual somos “limitados” neste tempo. Quando assim agimos como se não estivéssemos a ser observados, mas estamos, revelamos quem somos e a nossa própria intimidade, nos gostos e pensamentos. “Pois é aqui que chegámos, é aqui que estamos, a propósito da guerra na Ucrânia, estamos a viver: num clima de intimidação concertada sobre o pensamento como nunca antes vimos ou sentimos . Quem não pensa exactamente segundo a cartilha pronta a pensar fornecida pela NATO e pelos países-guia do mundo ocidental é imediatamente catalogado como amigo de Putin e cúmplice moral das atrocidades russas na Ucrânia.”( Miguel Sousa Tavares, in Expresso, 14/04/2022)
Pensar é, pois, difícil sempre que não se trate de repetir o que outros pensam ou que já está pensado. Há momentos na sociedade em que pensar se torna particularmente difícil. Pensar no atual contexto é submeter ponto por ponto esta narrativa ao escrutínio da razão e da reflexão. Implica muitos riscos, nomeadamente o de ser considerado traidor, talvez ao serviço do inimigo. Certo destes riscos (aliás, já concretizados), atrevo-me a pensar. Como disse Buda:” Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo.”
Podemos concluir que afinal temos aprendido muito pouco. Continuamos a sobrepor as emoções à razão, e a ver o mundo a preto e branco. As nossas mentes continuam a ser moldadas de modo a aceitarmos visões simplicistas de realidades complexas. Perceções maniqueístas dão-nos mais conforto por confirmarem os nossos preconceitos e as nossas “certezas”. Bons e imaculados de um lado, maus e intragáveis do outro. Os bons nunca cometeriam crimes de guerra ou contra a humanidade, apenas porque são bons. O fact checking encontra-se missing in action….. “Uma mentira pode dar a volta ao mundo, enquanto a verdade ainda calça seus sapatos.“ ( Mark Twain
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