sábado, março 06, 2021

“A verdade dificilmente está do lado de quem mais grita.”(Rabindranath Tagore)

“A verdade dificilmente está do lado de quem mais grita.”(Rabindranath Tagore) Nestes tempos em que ninguém escapa de momentos de insegurança, somos surpreendidos como num acto de respirar, em que a gente transfere para algo que tem de fazer coisas que temos cá dentro. Como disse Rabindranath Tagore,:“se fechares a porta a todos os erros, a verdade ficará na rua.” Não será surpresa para ninguém que tudo o que mete “a politica” ou o “fanatismo da clubite futebolística”, começa sempre por pequenas nuvens de desacordo e passa com enorme rapidez a tempestades de conflitos, alguns irreversíveis, afastando os amigos uns dos outros, porque conversar sobre qualquer destes assuntos torna-se intolerável, ainda estamos muito longe de encontrar um meio termo nas relações sociais, que vimos, em cada dia, aumentar o desvalorizar das relações familiares e de amizades, em que passamos o tempo a mover-nos mecanicamente, sem esforço, numa espécie de transe…..e assim a nossa memória vai “esquecendo” que como disse Michel de Montaigne, um escritor francês:” “Entre nossos maiores prazeres neste mundo estão os pensamentos agradáveis, e a grande arte da vida consiste em tê-los no maior número possível.” Na realidade todos nós, no geral, já não sabemos se estamos deprimidos ou desanimados, mas de certo modo algo ansiosos, num quadro de alguma infelicidade e angustia, sendo que bem no fundo talvez estejamos conformados e viver no nosso circulo muito restrito de contactos sociais, em que a memória das nossas outras rotinas nos parece cada dia mais distante, em que os dias se sucedem sem expectativas de mudanças, numa espécie de adaptação que nos atinge como um “torpor” confrontável, num tempo que passa e já nos vamos sentindo emocionalmente mais preparados para lidar com estas situações de crise. “Se não podemos fazer algo bem, pelo menos façamos o que tenha uma boa aparência. A vida não é justa… Acostumemo-nos a isso.”(”(Bill Gates) Temos que ter a percepção e a aceitação que estamos em tempos de transição para um novo modelo de vivência e experiências na sociedade, com múltiplas implicações, para o bem e para o menos bem nas várias dimensões da nossa existência e que mesmo nos momentos de interacção social, quase sempre à distância, há dimensões que se esvaziam, pois como alguém já disse, “ quando se está a obter informações apenas através dos ouvidos e dos olhos, há uma série de coisas que não nos chega ao nível da pele, do toque ou do cheiro”. No fundo há uma ambiguidade entre o presente e o ausente, entre o estar e não estar, talvez nesses momentos, temos que ter uma percepção que a melhor maneira de nos prepararmos para os “novos e diferentes tempos”, é ter a imaginação que como as raposas velhas, de “ saber as manhas para superar as pancadas.” Como disse Albert Einstein:“A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado. A imaginação dá a volta o mundo. O conhecimento vem, mas a sabedoria tarda. Tudo deveria se tornar o mais simples possível, mas não simplificado.”

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