terça-feira, fevereiro 16, 2021

"Sem esperança, o sacrifício perde sentido".(Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República)

 "Sem esperança, o sacrifício perde sentido".(Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República)

 Todos nós temos a capacidade de poder superar o nosso destino, nestes tempos extraordinários em que se pedem soluções extraordinárias, é por isso, que temos de ter a percepção e a força que no combate à pandemia ainda não chegou a hora de baixarmos os braços, apesar de termos a “impressão” psicológica de que no resto do mundo, a mesma parece continuar em suspenso. Costuma-se dizer que para quem está "exausto", os últimos passos são sempre os piores. Ao trilharmos o caminho rumo aos nossos objectivos, enfrentamos mil e uma barreiras e cada "passo" se torna mais exigente. E é quando as coisas começam a apertar e a vontade de desistir se torna insuportável que  devemos fortalecer a nossa firmeza e determinação. Não é nem será uma  tarefa fácil, sabemos... mas também sabemos que é apenas com muita ousadia e força de vontade é que atingimos os nossos objectivos ! Como disse Friedrich Nietzsche: “A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo.”

Nestes tempos de incerteza todos nós encontramos alguém que nos diz “que tudo vai ficar bem”, o que nos ajuda a não desistir de uma coisa na qual  não conseguimos passar um dia sequer sem pensar, pois na realidade da nossa vida este novo confinamento, aliado a alterações das rotinas e do estilo de vida, veio agravar e prolongar o sofrimento psicológico de todos os humanos, pois o     "grande problema" não foi voltar a casa para um novo confinamento, mas sim a alteração de rotinas que têm prevalecido nos últimos meses, em que andamos  a alterar rotinas e tentar recuperá-las há mais de um ano, embora devemos  salientar que o ser humano se "adapta por natureza" às circunstâncias, mas só o faz porque "conhece a realidade". Como disse Theodore Roosevelt:” Estamos face a face com nosso destino, e devemos encontrá-lo com muita coragem e resolução. Para nós é a vida de acção, da extenuante performance do dever; deixe-nos viver nos arreios, esforçando-nos vigorosamente; deixe-nos correr o risco de nos desgastarmos do que enferrujarmos.

Perante isto, é fundamental aceitarmos que não nos vamos sentir tão bem nestes tempos em que o "prolongamento" do confinamento, aliado à "incerteza do momento" serão "causadores de ansiedade nas pessoas", sintomas depressivos, ansiosos e, a par das perdas financeiras, a disrupção do dia-a-dia, a perda de liberdade, as perturbações de sono e o sedentarismo também poderão ser fatores de risco para um bem-estar emocional e para a doença mental,  em alguns casos, de 'stress' traumático, são algumas das mazelas que os especialistas admitem que se intensifiquem nesta quarentena em que o isolamento veio agravar o sofrimento psicológico, porque veio mexer com algumas facetas importantes da saúde mental, como a liberdade pessoal e os nossos movimentos no dia-a-dia". Dado que uma coisa é termos um horizonte próximo que sabermos que termina, outra, é termos um horizonte próximo que se alarga indefinidamente sem sabermos quando será o fim.  Para se poder  mitigar alguns destes  efeitos negativos,   consideramos desejável que se tente manter algumas rotinas, ainda que isso , não assegure que as pessoas não vivam a situação com grande ansiedade, frustração e desgaste. Mas manter essas as rotinas é importante, primeiro porque ajuda a gerir o tempo e, depois, porque nos distraem de nós próprios. Como disse Miguel Torga: Recomeça... se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.”

As pandemias, embora possam ter alguma duração, historicamente acabaram,  E quando acabar a pandemia, será que vamos voltar a socializar sem barreiras? A história diz-nos que, em princípio, sim, mas será sempre diferente, temos que nos “adaptar a um novo ”normal de viver a nossa vida”.  É um recuo que nos reposiciona na nossa condição humana e que nos mostra que não temos os meios e forças para deter algo tão grande. Temos mais conhecimento científico e tecnologias mais avançadas, mas não estamos preparados,  e desta vez também vai ser traumático, tal como foi com a gripe pneumónica em 1918 e 1919. “De facto, o mundo ganhou, ao longo deste ano, a noção de quanto precisa da ciência, devido ao vírus da Covid-19, que nos obrigou a mudar radicalmente o nosso modo de vida, o que mostra a importância de investigar a vencer a barreira do desconhecido. Graças à ciência vamos conseguir seguramente vencer esta crise, porque a ciência vai encontrar um tratamento eficaz ou uma vacina que imunize”. (Dr. António Costa  primeiro-Ministro )

 

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