“Os tolos multiplicam-se
quando os sábios ficam em silêncio”.(Nelson Mandela)
Há uma ditado popular que diz que “as coisas
podem ser sempre melhores, tenhamos nós a dose certa de paciência para as saber
esperar.” Talvez seja por isso, que associo sempre a paciência ao que quero
muito e ao que gosto. A paciência é uma virtude admirada por muitos, mas que
nem todas as pessoas conseguem aplicar na vida. Isso porque é necessário muito
autocontrole para mantermos a calma nos momentos em que algo nos está incomodando
ou quando as coisas não saem do jeito que imaginamos. Por isso não deixe que a
ansiedade tome conta da sua vida ae nos tire a nossa paz de “alma”. Todas as coisas
boas que tiverem de acontecer na nossa vida, vão acontecer na hora certa, basta
ter paciência e aguardar. “Saber esperar é uma virtude! Aceitar, sem
questionar, que cada coisa tem um tempo certo para acontecer… é ter Fé!” (Frase
do filme “À espera de um milagre”)
Descendo à terra e às minudências da nossa vida,
penso muito claramente que o combate à pandemia
não é, nem pode ser visto como uma questão política, nem de opinião de leigos
que falam e opinam sobre tudo e sobre nada, numa cacofonia que confunde,
desinforma, desune e chega a ser perigosa pelo absurdo exercício narcisista de
procura de poucos minutos de glória, rapidamente convertidos na mais cinzenta irrelevância.
Apetece-me aqui relembrar uma frase de Voltaire:” Devemos julgar um homem mais
pelas suas perguntas do que pelas suas respostas. Enquanto os sábios falam
porque têm alguma coisa para explicar; os tolos, falam porque gostam de ouvir a sua própria voz!”Esquecem-se estas “gentes” que há mil e uma
medidas, essas sim políticas, de apoios à economia, protecção social dos mais
pobres, apoio a milhares de micro/pequenas/médias empresas, sobre a melhor
forma de relançar a economia no pós COVID que essas sim podem e devem ser
criticadas! Mas, nestes tempos de uma “nova normalidade” será
todos
juntos, de forma solidária a tentar darmos o nosso melhor para sairmos deste
sufoco. Esta é a única atitude possível para todo o ser humano decente e
responsável, com sentido de pertencer a uma comunidade. Os números
irão baixar, a segunda vaga passará e cá estaremos para reconstruir as nossas
vidas. O resto é um ruido de fundo desagradável, de almas loucas à solta,
roucas pela histeria dos seus gritos tão ridículos como irrelevantes. O lado
negro e psicótico de tanto ser humano que nunca encontrou o sentido da vida. E
provavelmente nunca encontrará... e agora , aqui fica uma palavra final para
quem tiver mais tempo, sugiro a leitura do Diário do Ano da Peste, de Daniel
Defoe, publicado originalmente em 1719. É um relato impressionante da peste que
assolou Londres em 1665. Quando muito se discute sobre as lições que devemos
tirar de uma pandemia, talvez valha a pena ler esta curta passagem da introdução
de João Gaspar Simões:“(…) o certo é que a vida, depois disso, recomeçou com
mais pujança ainda, e os homens nem sequer ganharam experiência moral com o
castigo que a todos atingiu. Mortos e vivos não aprenderam nada com o
“julgamento de Deus” (…) que vitimou os seus concidadãos”.
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