quinta-feira, agosto 06, 2020

“Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.”(Albert Einstein)

 “Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.”(Albert Einstein)

 Creio que muitos de nós, com raras excepções, somos levados a pensar, em certos momentos da nossa vida, que somos “imortais”-  não temos a percepção de que de modo algum “somos eternos” – e que em poucos anos passamos ao rol dos “esquecidos” ou até “inexistentes”. Na realidade todos somos mortais e todos somos  iguais, com os mesmos sonhos, desejos, medos e frustrações, no entanto, cada um de nós  tem o seu lema de vida. Nestes tempos, que não são os nossos, e diante de uma ameaça invisível e traiçoeira, que pode levar de nossa presença tantos entes queridos, fica na boca o amargo sabor da impotência. Percebemo-nos como verdadeiramente somos: finitos e pequenos.

No entanto ao contrário do que disse Platão: “não espere por uma crise para descobrir o que é importante na  sua vida,” temos de reconhecer que fomos surpreendidos por estes “tempos” que nos fizeram “olhar” para as coisas simples que nos escapavam, pois a  criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. Estes são os tempos e os momentos de muitas oportunidades. Winston Churchill disse uma dia. ”Nunca desperdice uma boa crise…já que um optimista vê uma oportunidade em cada calamidade. Um pessimista vê uma calamidade em cada oportunidade.

 Vivemos uma nova fase da nossa vida, e quer queiramos quer não a forma como aprendermos a viver nesta fase pode ditar o nosso futuro, seja qual for o ponto de vista e em múltiplos aspectos não será do nosso inteiro agrado. Temos que admitir que uma das grandes lições, deste período “chamado distanciamento social”, foi o de dar mais valor às pessoas de quem gostamos e valorizar mais aquilo que gostamos de fazer. No dizer de Bob Marley:”Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida.”

Ao contrário de outras ameaças colectivas, como as climáticas, esta tem a particularidade de nos fazer sentir muito rapidamente e com grande proximidade as consequências de não sermos todos os dias participantes disciplinados no seu combate. A solução final para esta crise vai basear-se na ciência e tomará a forma de uma terapêutica ou de uma vacina. Até essa solução chegar, sabemos o que é necessário fazer para mitigar a crise, estamos mais bem preparados e mais informados, é indispensável usarmos o conhecimento que adquirimos. Como disse o padre Antonino Vieira: “Somos o que fazemos. Nos dias em que fazemos, realmente existimos; nos outros, apenas duramos.”


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