domingo, maio 24, 2020

O princípio do nada é um passo no caminho. “A esperança é o sonho do homem acordado.”(Aristóteles)


O princípio do nada é um passo no caminho. “A esperança é o sonho do homem acordado.”(Aristóteles)

Li um dia destes que alguém terá dito que “o destino é um lugar de onde nunca verdadeiramente se parte”, talvez assim seja ou talvez não. Ao certo  é que nestes tempos em que impera a incerteza como um principio onde o certo é incerto, a verdade é dúvida, o real é irrelevante, mas ninguém estava preparado para as incertezas que estamos a viver, e onde a    incerteza dos acontecimentos, sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento. O pior dos sentimentos é a indecisão, é ela que coloca em dúvida todas as certezas que  achávamos que tínhamos, todas as verdades que  acreditávamos e todos os caminhos que seguíamos. Temos de concluir que não são as realidades da vida e as lutas diárias que nos consomem... são as dúvidas e as incertezas que nos corroem, o no dizer do escritor francês Victor Hugo,” que a vida já é curta, mas nós tornamo-la ainda mais curta, desperdiçando tempo.”
É por isso, talvez que todos temos a necessidade de algumas certezas. Claro que nenhuma vida é feita, inteiramente, de certezas. Mas a maior parte de nós prefere viver do lado da certeza do que do lado da dúvida nestes temos de, por vezes, sentir a ansiedade que nos sufoca. Não precisa de lábios para se fazer ouvir, diz o que pensa com a força da mais poderosa emoção. Nos últimos dois meses, vivemos em permanente estado de ansiedade. Sempre o coração na ponta da língua. A vida transformada numa migalha do que era. Mas ainda vamos no princípio do caminho. No princípio do nada. Não há uma cura, não foi descoberta uma vacina. O vírus continua à solta e pouco ou nada sabemos sobre ele. Será que a  “normalidade”, tal como a conhecíamos, será reposta com o desconfinamento?
Numa crónica escrita pelo cardeal José Tolentino Mendonça onde fala, entre outras coisas, deste futuro que nos escapa, e da importância da memória: “ As memórias são, como se sabe, moedas para ser usadas no país do futuro”, escreve, com palavras vestidas de sabedoria. Ainda não sabemos que futuro é esse, nem que país vai sobreviver à pandemia. Mas memórias deste tempos estranhos não nos faltam, embora todos sentimos que há que preencher este vazio do barulho agora inexistente, pois  continuam a faltar-nos as  pessoas na vida. Falta-nos as escolhas. Falta-nos os hábitos que, por mais que nos esforçamos, não entram nos nossos desábitos. No entanto como disse Eleanor Roosevelt: “O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos.”
 Quase todos podemos dizer que “temos saudades da nossa vida, pelo menos daquela que estávamos habituados. Temos que ter consciência que estamos perante um “adversário” desconhecido que nos obriga, a mim e a todos nós  a renascer para uma vida diferente. Todos nós sentimos medo de ser infectados e temos a obrigação e dever de tudo fazer, cumprindo as indicações, por respeito por nós próprios e pelos outros. Temos saudades das nossas rotinas, como todos os seres humanos,, mas temos que nos adaptar a esta nova realidade, mesmo sabendo que é perigosa e invisível, sendo que estes tempos nos levam, a todo, as ter mais consciência como é preciosa a nossa saúde e a liberdade de viver a vida. Talvez comece a sentir que me falta tempo, para não ter o tempo de que preciso. Tudo passa e, um belo dia, todo este tempo, que agora nos é imposto, eu diria melhor “aconselhado”, apenas irá parecer-nos um pesadelo de uma noite….ou como já disse alguém, e ainda bem que ainda há gente bem intencionada para nos fazer sorrir e assim podermos continuar a caminhar! “Onde quer que nos encontremos, são os nossos amigos que constituem o nosso mundo.”(William James)

quinta-feira, maio 21, 2020

"We have to accept uncertainties and live with them." (Edgar Morin)

"We have to accept uncertainties and live with them." (Edgar Morin)

Perhaps it is not a novelty, for those who show some attention for what is going on around them that the appearance of “conspiracy theories” are the result not only of misinformation, whether they are paranoid politics or thoughts, but also systems created to feed paranoia and profit from mistrust. They lie, talk and write what they don't know, manipulate and are weak! It is time to say enough to a set of unscrupulous and shameless “opinionators”.
It is in our belief that our strength is! Together we are always stronger, we achieve more, we can go further. “The impossible is just a big word used by weak people, who prefer to live in the world as it is, instead of using the power they have to change it, to improve it. Impossible is not a fact. It is an opinion. Impossible is not a statement. It's a challenge. Impossible is hypothetical. Impossible is temporary. The impossible does not exist. ” (Muhammad Ali)
We are all afraid, but some say, what will not be so, is that Covid19 came to demonstrate is that we are all equal, I would say, (perhaps some more equal than others) before his implacable law. Therefore, I think that we do not have between two evils, choose the lesser evil, and say that "it is the fate of our day". We don't have to think about just surviving and then living again. Life is the biggest challenge that all people have to face, always full of arduous tasks and obstacles to be overcome, but it is also full of infinite possibilities of being, having and doing, especially knowing how to be, knowing how to do and know how to have.
I leave here my opinion on this question: Did this pandemic situation bring us any lessons? Returning to my memories, I cannot remember having lived something that had such intensity, participation and involvement from all countries on the planet. We still have a long way to go, but the short-term vision has never been more important: the measures taken in the coming weeks will be decisive in defining the health and future of the entire population, not only in our country, but in almost the entire world. World.
Let's be precise and clear. I wear a mask in public, both for myself, and also, and above all, for others. I think I am sufficiently informed and responsible to know that I can be asymptomatic and, even so, transmit the virus to others. NO, I don't "live in fear" of the virus, I just want to be part of the solution, not the problem. I don't feel like the government, or whoever it is, controls me. I just intend, consciously and in fulfillment of my civic duties, to contribute to the good of society, hoping that my attitude will serve as an example to others. The world doesn't revolve around me. It's not all about me and my comfort. Making an effort to (con) live with respect and consideration for others means contributing to the construction of a better world. We are social beings, we have no right to limit ourselves to looking at our own navel, comfort, or to giving importance to what others think, or stop thinking, about us. We do have a duty to worry, too, about the well-being of others, whether our family member, friend, acquaintance or stranger. The world needs more social responsibility, civics and solidarity. The Earth needs the conscience of each one of us! "It is true that for many of us who live a large part of our life away from home this sudden confinement can be a terrible inconvenience. But I think it can be an occasion to reflect, to ask what, in our life, is frivolous or useless I do not say that wisdom is to stay in a room all your life, but, to give an example: thinking only of our mode of consumption and food, it is perhaps the moment to get rid of all this industrial culture, whose vices we know, the It is also an opportunity for us to become aware of these human truths in a lasting way, which we all know, but which are repressed in our subconscious: love, friendship, communion, solidarity, which make the quality of life. " (Edgar Morin)

" Temos de aceitar as incertezas e viver com elas. "(Edgar Morin)



" Temos de aceitar as incertezas e viver com elas. "(Edgar Morin)

Talvez não seja bem uma novidade, para quem demonstra alguma atenção pelo que se passa em seu redor que o aparecimento de “teorias de conspiração” são o resultado não apenas da desinformação, quer sejam políticas ou pensamentos paranóicos, mas também de sistemas criados para alimentar a paranóia e lucrar com a desconfiança. Mentem, falam e escrevem do que não sabem, manipulam e são fracos! É tempo de dizer basta a um conjunto de “opinadores” sem escrúpulos e sem vergonha.
É no nosso acreditar que está a nossa força! Juntos somos sempre mais fortes, conseguimos mais, podemos ir mais longe. “O impossível é apenas uma grande palavra usada por gente fraca, que prefere viver no mundo como ele está, em vez de usar o poder que tem para mudá-lo, melhorá-lo. Impossível não é um fato. É uma opinião. Impossível não é uma declaração. É um desafio. Impossível é hipotético. Impossível é temporário. O impossível não existe.” (Muhammad Ali)
Todos temos medo, mas dizem alguns, o que não será bem assim, é que o Covid19 veio demonstrar é que somos todos iguais, eu diria, (talvez uns mais iguais que outros) perante a sua implacável lei. Assim sendo, penso que não temos entre dois males, escolher o mal menor, e dizer que “é a sina dos nossos dias”. Não temos que pensar em apenas sobreviver para depois voltar a viver. A vida é o maior desafio que todas as pessoas têm que enfrentar, sempre repleta de tarefas árduas e obstáculos a serem superados, mas também é cheia de infinitas possibilidades de ser,ter e fazer, em especial o saber ser, o saber fazer e o saber ter.
Deixo aqui a minha opinião sobre esta questão: Será que esta situação pandémica nos trouxe algum ensinamento? Retomando as minhas memórias, não consigo lembrar-me de ter vivido algo que tenha tido tamanha intensidade, participação e o envolvimento de todos os países do planeta.  Ainda temos um longo caminho a trilhar, mas a visão de curto prazo nunca foi tão importante: as medidas tomadas nas próximas semanas serão decisivas para definir a saúde e o futuro de toda a população, não só no nosso país, mas em quase todo o Mundo.
Vamos ser precisos e claros. Eu uso uma máscara em público, tanto por mim, como também, e sobretudo, pelos outros. Julgo ser suficientemente informado e responsável para saber que posso ser assintomático e, mesmo assim, transmitir o vírus a outrem. NÃO, não "vivo com medo" do vírus, apenas quero fazer parte da solução, não do problema. Não me sinto como se o governo, ou quem quer que seja, me controlasse. Apenas pretendo, conscientemente e em cumprimento dos meus deveres cívicos, contribuir para o bem da sociedade, esperando que a minha atitude sirva de exemplo aos demais. O mundo não gira em torno de mim. Não é tudo acerca de mim e do meu conforto. Fazer um esforço para (con)viver com respeito e consideração para com os outros significa contribuir para a construção de um mundo melhor. Somos seres sociais, não temos o direito de nos limitarmos a olhar para o nosso próprio umbigo, conforto, ou a dar importância acerca do que os outros pensam, ou deixam de pensar, de nós. Temos, sim, o dever de nos preocuparmos, também, com o bem-estar do próximo, seja nosso familiar, amigo, conhecido ou desconhecido. O mundo precisa de mais responsabilidade social, civismo e solidariedade. A Terra precisa da consciência de cada um de nós! "É verdade que para muitos de nós que vivemos uma grande parte da nossa vida fora de casa este confinamento brusco pode representar um incómodo terrível. Mas penso que pode ser uma ocasião para reflectir, perguntar o que, na nossa vida, é frívolo ou inútil. Não digo que a sabedoria é permanecer toda a vida num quarto, mas, para dar um exemplo: pensando apenas no nosso modo de consumo e de alimentação, é talvez o momento de nos desfazermos de toda esta cultura industrial, cujos vícios conhecemos, o momento para nos desintoxicarmos. É também a ocasião para tomarmos consciência de modo duradouro dessas verdades humanas, que todos conhecemos, mas que estão recalcadas no nosso subconsciente: o amor, a amizade, a comunhão, a solidariedade, que fazem a qualidade da vida." (Edgar Morin)

domingo, maio 17, 2020

There is nothing like a dream to create the future". (Vitor hugo)

There is nothing like a dream to create the future".
   (Vitor hugo)

In these moments that we spend, which are not ours, the days even seem different and now, I even have the feeling of being longer, much richer from a spiritual and cultural point of view. In fact, these times compel us to think and reflect differently. But we cannot stop. We don't need to be rushed, but we need to be in a hurry. Never give up on our dreams, because our life is an unmissable show. We may have to change plans, vehicles, strategies, but never our dreams. NEVER! "Never give up on your dreams, because the only way out for the weak is to give up things and their dreams, but for the strong the only alternative is the persistence of what they long for!" (John Lennon).
I am not one of those who strongly assert that the world will change completely. But I am one of those who believe that there will be losses at all levels that we will never recover. Now more than ever, nobody knows about the future, if in times of normality reality was already difficult to predict, and we are very bad at doing it, in these times of unpredictability of reality, all of this seems quite clear: we do not have there is still no certainty about the origin of this virus or about its different forms, the populations it attacks, its degrees of harmfulness. We are also experiencing great uncertainty about all the consequences of the epidemic in all areas, social, economic, etc… .But I believe the world will be stronger than ever! As Plato said: "What makes the boat go is not the full sail, but the wind that is not seen ... and, therefore, do not wait for a crisis to discover what is important in your life".
Between fear and hope, we are living these days that have been called “deflation” - one of the many strange words that have entered us this year. What to do? As much as possible, following the rules and keeping in mind - as never before in our lives - public health and respect for the rights of others, if we want them to respect ours too. As Jean-Paul Sartre said: “Even though we were deaf and dumb as a stone, our own passivity would be a form of action.”
Now that we have much more time to think, it makes us realize that we have “our own rule of life”, it will be the result of our own experience of how we have lived it. In general, we have all seen so many unforeseen events in our lives that in one way or another it has influenced our way of being. We cannot live in permanent anguish, but we must know how to wait for more or less catastrophic events to emerge, just pay some attention to the degradation of our environment and the complete lack of control over what is meant by technical and economic development, and simultaneously , animated by an unlimited thirst for profit, driven by power and favored by widespread neoliberal policies, failing to protect citizens and becoming harmful and causing crises of all kinds. As someone said, "neoliberalism represents economic anarchy and the passport to the exploitation and fixation of social injustice".
 From that moment on, we had to be intellectually prepared to face the unexpected, to face convulsions. And, deep down, we all were! We all had some suspicion that “something less good would have to happen”! “If you look at what you have in life, you will always have more. If you look at what you don't have in life, you'll never have enough. “(Oprah Winfrey)

“Não há nada como o sonho para criar o futuro”. (Vitor Hugo)


  “Não há nada como o sonho para criar o futuro”.

   (Vitor Hugo)

 Nestes momentos que passamos, que não são os nossos, os dias até parecem outros e agora, até tenho a sensação de serem mais longos, muito mais ricos do ponto de vista espiritual e cultural. Na verdade, estes tempos obriga-nos a pensar e reflectir de modo diferente. Mas não podemos parar. Não precisamos de ser apressados, mas precisamos de ter alguma  pressa. Nunca desistir dos nossos sonhos, pois a nossa vida é um espectáculo imperdível. Até podemos ter que  mudar de plano, de veículo, de estratégia, mas nunca dos nossos sonhos. NUNCA!Nunca desista dos seus sonhos, pois a única saída dos fracos é a desistência das coisas e de seus sonhos, mas para os fortes a única alternativa é a persistência daquilo que tanto almejam!” (John Lennon).

Não sou dos que afirmam veementemente que o mundo mudará completamente. Mas sou dos que acreditam que existirão perdas a todos os níveis que jamais recuperaremos. Agora mais do que nunca, ninguém sabe do futuro, se em tempos de normalidade a realidade já era difícil de prever, e nós somos muito maus a fazê-lo, nestes tempos de imprevisibilidade da realidade, tudo isso nos parece bastante claro: não temos ainda nenhuma certeza sobre a própria origem deste vírus nem sobre as suas diferentes formas, as populações que ataca, os seus graus de nocividade. Nós estamos igualmente a passar por uma grande incerteza sobre todas as consequências da epidemia em todos os domínios, sociais, económicas, etc….Mas acredito que o mundo vai ficar mais forte que nunca! Como Platão disse:O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê... e, por isso não espere por uma crise para descobrir o que é importante na sua vida”.

Entre o medo e a esperança vamos vivendo estes dias a que se convencionou chamar “desconfinamento” – uma das muitas palavras estranhas que nos entraram por este ano dentro. O que fazer? O possível, seguindo as regras e tendo sempre em mente – como nunca antes nas nossas vidas – a saúde pública e o respeito pelo direito dos outros, se queremos que também respeitem os nossos. Como disse Jean-Paul Sartre: “Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria uma forma de acção.”
Agora, que temos muito mais tempo para pensar, leva-nos a ter a percepção de que temos a “nossa própria regra de vida”, ela será o resultado da nossa própria experiência de como a temos vivido. No geral, todos já assistimos a tantos acontecimentos imprevistos na nossa vida que, de um modo o de outro influenciou a nossa maneira de ser. Não podemos viver de uma angústia permanente, mas temos de saber esperar que surjam acontecimentos mais ou menos catastróficos, basta ter alguma atenção à degradação do nosso meio ambiental e o completo descontrolo do “que se entende” por desenvolvimento tecnico-económico, e em simultâneo, animado por uma sede ilimitada de lucro, movidos pelo poder e favorecidos por politicas neoliberais generalizadas, não protegendo os cidadãos e tornando-se prejudicial e provocando crises de todos os tipos. Como alguém disse, “o neoliberalismo representa a anarquia económica e o passaporte à exploração e fixação da injustiça social”.
 A partir desse momentos, tínhamos de estar intelectualmente preparados para enfrentar o inesperado, para enfrentar as convulsões. E, bem no fundo todos estávamos! Todos tínhamos alguma desconfiança de que “algo de menos bom teria de acontecer”! “Se olhas para o que tens na vida, terás sempre mais. Se olhas para o que não tens na vida, nunca terás o suficiente. “(Oprah Winfrey)

quarta-feira, maio 13, 2020

“Prudence is knowing how to distinguish desirable things from things that should be avoided.” (Cícero)

“Prudence is knowing how to distinguish desirable things from things that should be avoided.” (Cícero)

There is a proverb that says "stumbling also helps to walk", and so today, I believe that no one has any doubts, that we live in a special atypical situation, a terrible pandemic has hit us all in all areas of our society. In fact, in this journey of life, at one time or another we may stumble over different stones and even fall, go through many challenges and even get lost in their direction. What we cannot do is give up looking for a way out and never stop rising after the fall and raise our heads. But, we still don't really understand what we missed! As Epicurus said: “There is only one way to live life. Do not worry about things that go beyond the power of our will ”
 The world has changed and so have we. We have been deceived or deceived ourselves. It wasn't a pause, it was a movie change. And in this new film of our lives, so many paradigms have escaped us that we can lose our way if we cling to the past, while the Earth continues to spin, the sun rises and life passes. As Søren Kierkegaard said): “Life can only be understood by looking back; but it can only be lived by looking ahead. ”
There are many people who change their lives after a “stay” in Intensive Care. Sometimes, being close to death makes us see life. Because everything we are and everything we know comes from one perspective. But reality is an infinite sea of ​​perspectives in which telling the story of every second does not fit in all the books in the world. ”Those who do nothing are always willing to criticize those who do something”. (Oscar Wilde)
In these times when we experience a strange emptiness, the one we feel when we see that we cannot close the circle in which we have lived for so long, and for everyone who feels the emptiness of today we must realize that we need to review the path. We must find the value of traveling this new and different path. “Our life is a path, when we stop, we are not going forward.” (Pope Francis)
We begin to understand that life is a journey of losses, as we have never lost so much in such a short time. We lose freedom, banal routines friends and family, we even lose the right to say goodbye to those who leave. Before we regretted the time we didn't have, today we despair at the time we have. We were forced to stop, review priorities and value the basics, and in a few days we realized that much of what we used to value, was ultimately an accessory!
Above all, we live in times when we have to be creative, times when we have to think more about the collective than the individual, and times to be supportive, because we have to have the perception that we are alive may be a fluke, but living is a decision, nobody chose to come to this world, nor chose to meet these people, nor to live under these circumstances, we are here to enjoy the journey and make a difference, despite living these days upside down. "There is no golden rule that applies to everyone: every man has to discover for himself how specifically he can be saved." (Sigmund Freud)

“Prudência é saber distinguir as coisas desejáveis das que convém evitar”.(Cícero)


“Prudência é saber distinguir as coisas desejáveis das que convém evitar”.(Cícero)

Há um provérbio que diz “que tropeçar também ajuda a caminhar”, e por isso hoje, creio que ninguém tem dúvidas, que vivemos numa situação atípica especial, uma pandemia terrível atingiu todos  nós em todas as áreas da nossa sociedade.  Na verdade nesta caminhada da vida, todos uma vez ou outra podemos tropeçar em diversas pedras e até chegar a cair, passar por muitos desafios e até nos perdermo-nos na sua direcção. O que não podemos fazer é desistir de procurar uma saída e jamais deixarmos de nos levantar após a queda e erguermos a cabeça. Mas, ainda nem percebemos bem o que é que perdemos! Como disse Epicuro:” Só há um caminho para a viver a vida. Não nos preocuparmos com coisas que ultrapassam o poder da nossa vontade
 O mundo mudou e nós com ele. Enganaram-nos ou enganamo-nos a nós próprios. Não foi um pause, foi uma mudança de filme. E neste novo filme das nossas vidas, tantos foram os paradigmas que nos fugiram das mãos que podemos perder o rumo se nos agarrarmos ao passado, enquanto a Terra continua a girar, o Sol a nascer e a vida passar. Como disse  Søren Kierkegaard): “A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente.”
Há muitas pessoas que mudam a vida após uma “estadia” nos Cuidados Intensivos. Por vezes, estar perto da morte faz-nos ver a vida. Porque tudo o que nós somos e tudo o que sabemos vem de uma perspectiva. Mas a realidade é um mar infinito de perspectivas em que contar a história de cada segundo não cabe em todos os livros do mundo .”Aqueles que não fazem nada estão sempre dispostos a criticar os que fazem algo”. (Oscar Wilde)
Nestes tempos em que passamos por um estranho vazio,  aquele que sentimos quando vemos que não podemos fechar o círculo em que vivemos há tanto tempo, e para todos que sentimos os vazios de hoje temos de ter a percepção que é preciso rever o  caminho. Temos de encontrar o valor de percorrer esse novo e diferente caminho. “A nossa vida é um caminho, quando paramos, não vamos para frente.” (Papa Francisco)
Começamos a entender que a vida é um percurso de perdas, pois  nunca como agora perdemos tanto  em tão pouco tempo. Perdemos liberdade, rotinas banais amigos e familiares, perdemos até o direito de nos despedirmos  daqueles que partem.  Antes lamentávamos o tempo que não tínhamos, hoje desesperamos com  o tempo que dispomos. Fomos obrigados a parar, a rever prioridades e a valorizar o básico, e em poucos dias percebemos que muito do que antes valorizávamos,  era afinal acessório!
Acima de tudo, vivemos tempos em que temos que ser criativos, tempos em que temos que pensar mais no colectivo do que no individual, e tempos para sermos solidários, pois temos que ter a percepção de que estamos vivos até pode ser um acaso, mas viver é uma decisão, ninguém escolheu vir a este mundo, nem escolheu cruzar-se com estas pessoas, nem viver estas circunstâncias, estamos cá para desfrutar do caminho e fazer a diferença, apesar de vivermos estes dias de pernas para o ar. “Não existe uma regra de ouro que se aplique a todos: todo homem tem de descobrir por si mesmo de que modo específico pode ser salvo.” (Sigmund Freud)

quinta-feira, maio 07, 2020

“Não esqueça do poder das palavras. Saiba usá-las com sabedoria!”(proverbio indiano)


“Não esqueça do poder das palavras. Saiba usá-las com sabedoria!”(proverbio indiano)

Não posso ficar calado….não posso cobardemente ficar aqui no meu canto, tudo isto é de facto “repugnante num politico” que pretende vir s ser um dia primeiro ministro e, com esta postura demonstrou que não serve para governar e  está apenas a fazer, não oposição como era seu dever, mas a “abandalhar o serviço que devia prestar” mostra que é uma pessoa sem escrúpulos e sentimentos para com os portugueses e incapaz de tomar medidas rápidas para salvar vidas e desconhece a legislação sobre estados de emergência e calamidade.
Não deixa de ser muito estranho, outros dirão que será um modo “repugnante de fazer politica” que no dia em que a Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional realçam a postura e as medidas de politica em Portugal, que no meio do ”dilúvio orçamental trazido pela pandemia, Bruxelas coloca Portugal entre os que melhor resistem, que “o agravamento do défice previsto pela Comissão para Portugal é o terceiro mais curto em toda a zona euro.” Uma visão positiva das finanças públicas que também é motivada pelo facto de o país ter um pacote de medidas anticrise com um impacto relativamente modesto no orçamento medidas de combate à pandemia de dimensão relativamente reduzida e uma economia que se projecta poder resistir melhor à crise do que a média da zona euro. Seja neste preciso momento que o presidente do PSD, senhor Dr. Rui Rio,   venha “acusar o governo e em particular a ministra da saúde de ter feito compras por ajuste directo sem passar por concursos públicos e, mais grave ainda ,” mentido dizendo que foi a empresas chinesas”, pois sabe muito bem que das compras a mais de 20 empresas, todas são portuguesas.
Mas de maior gravidade para um politico, neste momento é o completo desrespeito pela família de mais de um milhar de mortos, quantos seriam mais de o governo não tem tomado estas medidas? Desconhecendo os milhares de recuperados, os mais de 500 mil testes efectuados, o mais de um milhão de testes em stock, o material médico e hospitalar, quando há técnicos de saúde que admitem a possibilidade de novos surtos porque são várias as estirpes e filiações que estão em actividade em Portugal e em todo o mundo.
O senhor Dr. Rui Rio devia saber que  não há uma única pessoa que não queira ser imediatamente tratada se for infectada pelo vírus e para isso não quer e não pode  esperar pela prévia autorização do Tribunal de Contas, das Finanças ou de outros burocratas, que demorava sempre mais de 90 dias, isto é teriam morrido milhares de portugueses!
É tempo de dizer basta a um conjunto de “opinadores políticos”, como agora o senhor Dr Rui Rio, sem escrúpulos e vergonha, por favor estejam calados, não escrevam sobre o que o governo deve ou não fazer, foram  incompetentes, nem quero imaginar como o país estava se ainda fossem governo… tentaram destruir o Serviço Nacional de Saúde.
Os senhores são intelectualmente desonestos, os senhores são os principais responsáveis pelo renascimento dos populismos neste país. Mentem, falam e escrevem do que não sabem, manipulam e são fracos! Deixem de ser hipócritas! Tenham vergonha, respeitem quem realmente precisa de ajuda. Que a crise acabe de vez com estes oportunistas sem escrúpulos.


terça-feira, maio 05, 2020

I am the size of what I see! (Fernando Pessoa

I am the size of what I see! (Fernando Pessoa)

 We live in the “time of the unthinkable”, where only the oldest are able to assess the true dimension, because they have already witnessed various stages of life. The present challenges us to forget the past and when looking to the future we no longer achieve what once seemed right. We have doubts because we are human and fear or fear will be !!!!!, in this uncertainty that is always present. All of this is inevitable, even if it is the big and unexpected events (good and less good) that make life memorable and occasionally exciting, it is the small and predictable routines that keep life together and are worth living in these times when time no longer has time for itself.
There is an unknown of what is not seen, but that can lurk around every corner. We have to be aware and respect others, not do what we do not want others to do for us, because only in this way we will win. “There are only two ways to live our lives. One is to believe that nothing is a miracle. The other is to believe that everything is a miracle. ”(Albert Einstein)
We must all know or be aware that this life is not a test, not a step, not a step on the way, not a rehearsal, not a prelude to paradise. This life is the only one here and now, and the only one we need and, to be aware that life does not stop to choose the path we want to follow. We almost always have a strong tendency to remember what we should forget and forget what we should remember. We must learn to listen to people and not just listen to them, do you know the difference? When we listen, we are attentive to the content, we are able to feel what the message conveys. Hearing is just the sound of words entering our ears ...... and nothing else! We have to value what we do and our role in society. Perhaps this is why someone said that "men should be remembered, more for their attitudes than for their words, more for their successes than for their mistakes, and more for their virtues than for their defects."
There is nothing more frustrating than creating expectations about something that we don't even know yet. All people have been through this at least once in their lives, and that is precisely why we have learned not to rely too much on what is (yet) not real. We need to be proud of our particularities and not spend our lives just trying to copy what is alien, and before leaving pointing the finger at the attitudes of others, before criticizing and judging the people around you, stop and just listen… .look… think ... and reflect. It is in the management of our memory that one of the biggest secrets is to be able to live our life, with joy and peace, grateful for another day. ” They make us small because they take away from us what our eyes can give us, and they make us poor because our only wealth is seeing. (Alberto Caeiro, in "The Keeper of Herds - Poem VII" Heteronym of Fernando Pessoa)

Eu Sou do Tamanho do que Vejo! (Fernando Pessoa)


Eu Sou do Tamanho do que Vejo! (Fernando Pessoa)


 Vivemos o “ tempo do impensável”, onde apenas os mais velhos são capazes de avaliar a verdadeira dimensão, porque já testemunharam varias fases da vida. O presente desafia-nos a esquecer o passado  e ao olharmos para o futuro já não alcançamos o que antes parecia certo. Temos dúvidas porque  somos humanos e o receio ou será o medo!!!!!, nesta incerteza que está sempre presente. Tudo isto é inevitável mesmo que sejam os eventos grandes e inesperados (bons e menos bons) que tornam a vida memorável e ocasionalmente emocionante, são as rotinas pequenas e previsíveis que mantêm a vida unida e valem a pena viver, nestes tempos, em que o tempo já não tem tempo para ele próprio.
Há um desconhecido daquilo que não se vê, mas que pode espreitar a cada esquina. Temos que ser conscientes e respeitar o próximo, não fazer aquilo que não queremos que os outros façam para nós, pois só desse modo venceremos. “Há apenas duas maneiras de viver a nossa vida. Uma é acreditar que nada é um milagre. A outra é acreditar que tudo é um milagre.”(Albert  Einstein) 
Todos devemos saber ou termos consciência de que esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é a única que há aqui e agora, e a única que precisamos e, termos a consciência que a vida não pára para escolhermos o caminho que queremos seguir. Quase sempre temos uma forte tendência de lembrar o que devemos esquecer e esquecer o que deveríamos lembrar. Devemos aprender a escutar as pessoas e não apenas ouvi-las, sabe a diferença? Quando escutamos estamos atentos ao conteúdo, conseguimos sentir aquilo que a mensagem transmite. Já o ouvir é apenas o som das palavras entrando pelos nossos ouvidos......e nada mais! Temos que valorizar o que fazemos e o nosso papel na sociedade. Talvez por isso alguém disse que “os  homens deveriam ser lembrados, mais pelas suas atitudes do que por suas palavras, mais pelos seus acertos que pelos seus erros, e  mais por suas virtudes que pelos seus defeitos.”
Não tem nada mais frustrante do que criar expectativas sobre algo que nem sequer ainda sabemos o que será. Todas as pessoas já passaram por isso pelo menos uma vez na vida, e é justamente por isso que aprendemos a não contar muito com aquilo que (ainda) não é real. Precisamos ter orgulho das nossas particularidades e não passar a vida apenas tentando copiar o que é alheio, e antes de sair apontando o dedo para as atitudes alheias, antes de criticar e julgar as pessoas ao seu redor, pare e simplesmente escute….olhe…pense…e reflicta. É na gestão da nossa memória que  está um dos  maiores segredos para podermos viver a nossa vida, com alegria e paz,  gratos por mais um dia.” Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, e tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver. (Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema VII"Heterónimo de Fernando Pessoa)