domingo, maio 17, 2020

“Não há nada como o sonho para criar o futuro”. (Vitor Hugo)


  “Não há nada como o sonho para criar o futuro”.

   (Vitor Hugo)

 Nestes momentos que passamos, que não são os nossos, os dias até parecem outros e agora, até tenho a sensação de serem mais longos, muito mais ricos do ponto de vista espiritual e cultural. Na verdade, estes tempos obriga-nos a pensar e reflectir de modo diferente. Mas não podemos parar. Não precisamos de ser apressados, mas precisamos de ter alguma  pressa. Nunca desistir dos nossos sonhos, pois a nossa vida é um espectáculo imperdível. Até podemos ter que  mudar de plano, de veículo, de estratégia, mas nunca dos nossos sonhos. NUNCA!Nunca desista dos seus sonhos, pois a única saída dos fracos é a desistência das coisas e de seus sonhos, mas para os fortes a única alternativa é a persistência daquilo que tanto almejam!” (John Lennon).

Não sou dos que afirmam veementemente que o mundo mudará completamente. Mas sou dos que acreditam que existirão perdas a todos os níveis que jamais recuperaremos. Agora mais do que nunca, ninguém sabe do futuro, se em tempos de normalidade a realidade já era difícil de prever, e nós somos muito maus a fazê-lo, nestes tempos de imprevisibilidade da realidade, tudo isso nos parece bastante claro: não temos ainda nenhuma certeza sobre a própria origem deste vírus nem sobre as suas diferentes formas, as populações que ataca, os seus graus de nocividade. Nós estamos igualmente a passar por uma grande incerteza sobre todas as consequências da epidemia em todos os domínios, sociais, económicas, etc….Mas acredito que o mundo vai ficar mais forte que nunca! Como Platão disse:O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê... e, por isso não espere por uma crise para descobrir o que é importante na sua vida”.

Entre o medo e a esperança vamos vivendo estes dias a que se convencionou chamar “desconfinamento” – uma das muitas palavras estranhas que nos entraram por este ano dentro. O que fazer? O possível, seguindo as regras e tendo sempre em mente – como nunca antes nas nossas vidas – a saúde pública e o respeito pelo direito dos outros, se queremos que também respeitem os nossos. Como disse Jean-Paul Sartre: “Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria uma forma de acção.”
Agora, que temos muito mais tempo para pensar, leva-nos a ter a percepção de que temos a “nossa própria regra de vida”, ela será o resultado da nossa própria experiência de como a temos vivido. No geral, todos já assistimos a tantos acontecimentos imprevistos na nossa vida que, de um modo o de outro influenciou a nossa maneira de ser. Não podemos viver de uma angústia permanente, mas temos de saber esperar que surjam acontecimentos mais ou menos catastróficos, basta ter alguma atenção à degradação do nosso meio ambiental e o completo descontrolo do “que se entende” por desenvolvimento tecnico-económico, e em simultâneo, animado por uma sede ilimitada de lucro, movidos pelo poder e favorecidos por politicas neoliberais generalizadas, não protegendo os cidadãos e tornando-se prejudicial e provocando crises de todos os tipos. Como alguém disse, “o neoliberalismo representa a anarquia económica e o passaporte à exploração e fixação da injustiça social”.
 A partir desse momentos, tínhamos de estar intelectualmente preparados para enfrentar o inesperado, para enfrentar as convulsões. E, bem no fundo todos estávamos! Todos tínhamos alguma desconfiança de que “algo de menos bom teria de acontecer”! “Se olhas para o que tens na vida, terás sempre mais. Se olhas para o que não tens na vida, nunca terás o suficiente. “(Oprah Winfrey)

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