sexta-feira, março 13, 2020

São tempos que não são os nossos! “São tempos sombrios, não há como negar....”( Albus Dumbledore -Harry Potter)


São tempos que não são os nossos!São tempos sombrios, não há como negar....”( Albus Dumbledore -Harry Potter)

Estes tempos são bem demonstrativos como a sociedade actual é completamente vulnerável a um acontecimento que saia fora da previsibilidade das “coisas comuns do dia a dia “   e somos levados para pensar que tudo isto nada mais é que “ o poder da natureza”!
Sendo certo que a natureza, ao longo dos séculos, tem sido uma fonte observação e de inspiração para os mais criativos e até na forma como gerimos a nossa saúde, também devemos ter a percepção, o que nem sempre acontece, que existem outras forças de energia que nos destroem e nos devastam, causadas pela nossa incapacidade de mudar a inércia que se instala nas nossas vidas.
E assim de súbito, esta “ crise da falta de meios técnicos” que envolve a  saúde das pessoas, e que atinge já proporções gigantescas, passou a sobre determinar o nosso dia a dia influenciando e de que maneira todas as nossas relações pessoais. Por quanto tempo é que tudo isto vai durar?
Hoje logo pela manhã uma pessoa amiga disse-me : “não deixei de dar um beijo à minha filha quando a fui levar à escola!”, ou quando em “conversação com o grupo de amigos de todos os dias, não apertámos a mão como é usual esse cumprimento!” Isto é, quer queiramos quer não o nosso dia a dia está fortemente condicionado, as escolas fecham, espectáculos são cancelados, “adoptámos” uma “coreografia” defensiva nas relações pessoais, vivemos numa espécie de clima “de guerra”, com a estranha sensação de que os direitos das pessoas passaram para segundo plano, condicionados por aquilo que surge como um imperativo incontornável. Entrámos num  visível “estado de excepcionalidade”.
“Tiraram-nos o “aperto de mão” que  é um cumprimento ou saudação formal na nossa cultura, quer tirar-nos um gesto simples, porém carregado de sentimentos,  o  abraço que significa carinho, amor, afecto e amizade, e uma terrível proibição de  uma demonstração de afecto entre as pessoas como é um beijo usado  por familiares, amigos, pais e filhos, casais e que significa carinho, respeito e afecto por outra pessoa, sendo considerado como o maior gesto de carinho, amor e paixão entre um casal. O que fica para nós humanos? De facto, há qualquer coisa de terrivelmente fascinante na natureza, que ainda não  vislumbramos!!!
Será que estamos a exagerar com todos estes  nossos medos? Pode ser que sim, mas também pode ser que não. Na realidade temos que “enfrentar”, pois entra-nos pela nossa vida dentro sem pedir autorização, os inúmeras “opiniões” de gente “travestida” de  especialistas que  inundam a nossa imprensa escrita e falada, em especial as televisões, sendo óbvio que ninguém sabe, de ciência certa, por quanto tempo e com que dimensões, a presente crise acabará por marcar as nossas vidas. É curioso observar já, estas atitudes comparando-as com as “motivações politicas que nos fanaram e surripiaram os bolsos, há anos atrás” com alguns comentários mais despudorados, com uma fria crueldade da diferenciação dos riscos etários: os “chamados “peste grisalha”     serão os mais atingidos, como  dizem eles “manda a lei da vida”,   adoptando intimamente uma espécie de juízo de justiça terminal, que tal como a “chamada crise financeira” atinge os mesmos!
Ao certo é que muita gente fica aturdida pelas incógnitas, que nos dá a observação das imagens alheias deste novo “tempo da peste”, com a íntima esperança que tudo não passe de um exagero, que possamos evitar o tal vírus, nós e os nossos. Afinal, pensamos, já houve crises desta natureza no passado – e aqui estamos para contá-las. “Não há-de ser nada”, dirão os mais optimistas, convencidos de que, com o calor, o vírus sairá de cena. “Isto pode ser o diabo”, resmungarão, por seu turno, os cépticos, eu diria que talvez seja “no meio que está a virtude”. Para o fim não posso deixar de colocar esta questão: Quem se está a rir com estas partidas?

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