“Tudo
o que vemos ou parecemos,não passa de um sonho dentro de um sonho.”(Edgar
Allan Poe)
“A vida é uma sucessão contínua de
oportunidades.”(Gabriel García Márquez)
Há alguns poucos momentos na nossa
vida em que de repente tudo o que fazia sentido muda do dia para a noite
e, “parece-nos” que nos sentimos um completo sei lá o quê. É, a
confusão que às vezes é tanta que nem sequer a
sabemos definir. Não com palavras. Aliás, com nada, afinal, como é que
nos vamos definir sem “ter palavras”?
Tal como disse Dom Hélder Câmara :“agora
que a velhice começou ou já chegou, preciso aprender com o vinho a melhorar
envelhecendo e, sobretudo, a escapar do terrível perigo de, envelhecendo virar
vinagre.” Mas, não posso deixar de pensar que andamos para aqui atrás de qualquer coisa e depois a
vida “prega-nos estas partidas”, fazendo-nos sentir a mágoa e angustia e de
coisas que não sabemos explicar e que, por norma, tem a ver com o nosso
passado. Disse Robert Green Ingersoll que, “na vida não há prémios nem
castigos. Somente consequências.” Mas, nada disto me faz sentido hoje. Bem sei
que alguns dirão que estou a ser egoísta a pensar nisto nos tempos que, admito
que são o passado, ou no dizer de Albert Einstein,” a distinção entre passado,
presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.” Mas não faz
mesmo sentido . Nada faz. Já me sinto algo farto de pensar no sentido da vida.
E, podem querer que não o encontro. Sei que tenho uma enorme saudade dos
“tempos que já foram”, mas também sei e tenho plena consciência que não voltam
mais, sendo que a saudade é a maior
prova de que o passado valeu a pena. E, quando sentimos que erramos no nosso
caminho é preciso recomeçar, pois só assim podemos descobrir que não “há vidas
perfeitas” e, devemos usar “ as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as
perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os
obstáculos para abrir as janelas da inteligência. Jamais desista de si mesmo. Jamais desista
das pessoas que amamos. Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um obstáculo
imperdível, ainda que se apresentem dezenas de factores a demonstrarem o
contrário.” (Augusto Cury)
O sentido da vida existe para ser
constantemente por nós procurado. Às vezes, somos levados a pensar que as “coisas
boas caiem do céu aos trambolhões”, mas não é assim, por isso não fique
parado(a) à espera que as coisas boas da vida lhe aconteçam. A vida faz sentido quando enches o peito e
acreditas em ti. Respira fundo, enche-te de esperança… A vida faz sentido
quando decides dar-lhe sentido! Sê a tua própria bússola, a vida tem todo o
sentido, quando sabes quem és e o que queres não precisas de nada mais! A vida
faz sentido quando agradeces cada dia de vida. A vida faz sentido quando
desatas nós e procuras criar laços. A vida faz sentido quando percebes que não
tens nada para provar a ninguém e que deves viver a tua vida (como sabes, como
queres e como mereces). A vida faz sentido quando caminhas em frente, sem olhar
para trás (o passado é a tua história e faz sempre parte das tuas memórias). A
vida faz sentido quando aprendes a dizer não, quando começas a dizer o que
sentes e quando percebes que a tua opinião é a mais importante para ti. A vida
faz sentido quando deixas de parecer forte para ser forte! A vida faz sentido
quando ouves o teu coração e segues o teu caminho (não existem caminhos certos
ou errados, existem caminhos e só tu sabes o teu caminho). Entenda que é você
comanda a sua vida. A começar pela sua mente. Entenda que as suas emoções advém
dos seus pensamentos, e não o contrário. Não se permita afogar em emoções
destrutivas, como se não tivesse controlo acerca de si. Você sempre esteve e
está no controlo: assuma com vontade e sabedoria essa dádiva de condução e
escolhas. Nada nem ninguém é mais responsável pela sua vida, do que você mesmo.
Deixe o passado no passado. Cada vez que reviver o passado com dor ou excesso
de envolvimento, coloque-se no presente do presente: o hoje, o aqui e o agora.
Pense que é daqui pra frente. É hoje. O momento é o agora, e os recursos são os
actuais, e não os que já se foram. Não sofra por antecedência. Pense no futuro
como uma consequência do que constrói hoje. Volte-se ao hoje, ao aqui e agora.
“Seria tudo mais fácil de entender se confessássemos, simplesmente, o nosso
infinito medo, esse que nos leva a povoar o mundo de imagens à semelhança do
que somos ou julgamos ser, salvo se tão obsessivo esforço é, pelo contrário,
uma invenção da coragem, ou a mera teimosia de quem se recusa a não estar onde
o vazio estiver, a não dar sentido ao que sentido não terá.” (José Saramago)
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