QUAL É
A PRÓXIMA “COISA” MELHOR QUE POSSO FAZER?
“ Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho” (anónimo)
Todos nós, em certos
momentos da nossa vida, já nos sentimos algo cansados e até sobrecarregados de
tanta coisa para fazer, que não somos capazes de agir? E até muitos ansiosos
para tomar uma decisão? Sem vontade para fazer alguma coisa? Primeiro
de tudo, temos que pensar que não somos os únicos, que não estamos sozinhos e
que estes momentos de “aparente paralisia” são momentos muito difíceis, e uma
das partes mais difíceis é sentirmos vergonha de pensarmos que não somos
capazes, ou simplesmente “sair” ou até de “ultrapassar” essa situação. Na
realidade esse estado de “letargia” e de “vergonha” permeia a situação, e
amplifica os sentimentos dos quais nos queremos livrar em primeiro lugar, e no
tempo que achamos razoável, o que nos deixa numa situação bastante difícil.
Por isso pensei e quero compartilhar uma
pergunta, com todos aqueles(as) que fazem o favor de ler estes meus “devaneios”
que, de certo modo, até achei ser de alguma utilidade, que da próxima vez que se sentir preso a um desses estados difíceis de
(tristeza, depressão, ansiedade, medo, preocupação, opressão), possa colocar a
si próprio ou até perguntar: QUAL É A
PRÓXIMA COISA MELHOR QUE POSSO FAZER ?
Com isto, quero
dizer: QUAL É A PRÓXIMA COISA MELHOR QUE POSSO FAZER, AGORA ? Qual é a próxima melhor acção, decisão,
“jogada no nosso tabuleiro da vida” que posso fazer agora? Podemos estar a levantar-se de manhã da nossa cama;
podemos estar a vestir-se; podemos estar a mudar a maneira como falamos
connosco próprios; podemos estar a prepararmos para ir dar uma volta ou fazer
um passeio; podemos até tencionar pedir ajuda; podemos estar a preparar a tomada de uma decisão, mesmo que não tenhamos a certeza se é a mais acertada; pode ser tão simples como pousar o
telefone e respirar bem fundo.
Na verdade, devemos
ter a consciência de que nem sempre podemos mudar tudo de uma vez, mas
geralmente podemos mudar algo coisa de uma forma parcelar e não de tão grande
amplitude como era nosso desejo. Quando nos concentramos em realizar uma
qualquer coisa melhor, na próxima vez , no lugar de atendermos ao quadro geral,
vamos olhar para o modo parcelar das coisas e assim até pode parecer um pouco
mais administrável, fazer ou tornar realidade os nossos desejos. Podemos até
sentir um sentimento de um maior senso de controle sobre nossas experiências.
Pensar na próxima coisa melhor que podemos fazer permite, a cada um de nós
sentir-se com mais e maior capacidade para fazer “algo” que até aquele momento
não nos parecia possível - até mesmo as
coisas menores - que provoca uma certo abanão na nossa experiência de
vida e oferece uma oportunidade para enfrentarmos a mudança que achamos e
julgamos necessária.
Assim a minha sugestão é quando se encontrar,
num desses momentos difíceis, por que todos nós alguma vez passamos, tente
colocar a si próprio a pergunta: "Ok, qual é a próxima coisa melhor que
posso fazer?" Mesmo se ainda não poder fazer a próxima coisa melhor, o
facto de apenas pensar sobre isso leva-nos de volta ao presente, e de volta ao
nosso poder de viver a vida. Porque ás vezes, a próxima coisa melhor é
suficiente para ter um pé à frente do outro. A chave deste “enigma” está em
poder regozijar-se com o que realizamos e que, por sua vez, nos permite superar
a nós mesmos, descobrir as nossas experiências e fazer-nos ganhar a confiança e
autoestima. Portanto, mesmo que a vontade não esteja do nosso lado, é preciso
colocar um pé à frente do outro, ignorando muitas vezes a forma como nos
sentimos naquele momento.
“Se houver um caminho entre aquele que marcha e o
objectivo para o qual tende, há esperança de o atingir; se faltar o caminho, de
que serve o objectivo?” (Santo Agostinho -
Contra os Académicos 1,3,19)
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