quinta-feira, outubro 25, 2018

“Sou o que penso, mas penso ser tantas coisas.” (Fernando Pessoa)


“Sou o que penso, mas penso ser tantas coisas.”
(Fernando Pessoa)

Acredito que todos nós, num momento ou noutro, em determinadas fases da sua vida ter-se-à certamente interrogado – qual é o significado da vida?
Esta questão surge talvez, num profundo desejo de decifrar o significado e  o propósito da nossa existência. Não sei a que conclusões terão chegado, ou se porventura chegaram a algumas. No entanto, eu gosto de pensar que mesmo quando procuramos respostas para tais questões, todo o processo terá um significado mais profundo. Para mim tem acontecido isso….

Quando perguntamos pelo sentido ou significado de uma palavra, por exemplo, queremos saber o que a palavra quer dizer, o que representa, como a interpretamos, ao colocar a questão do que a vida significa sem um contexto analogamente especificado, deixa-nos completamente perdidos. Contudo, quando as pessoas se perguntam pelo sentido da vida, estão evidentemente a exprimir uma qualquer preocupação, e seria desavisado insistir que não fazemos a mínima ideia do que seja.
“Qual é o sentido da vida?”
A mais central delas é aparentemente uma tentativa de encontrar um propósito ou objectivo para a existência humana. É um pedido para descobrir por que estamos aqui (ou seja, por que existimos de todo em todo), com a esperança de que uma resposta a esta pergunta nos dirá também algo sobre o que devemos fazer com as nossas vidas.
Se essa pergunta ou outras similares como: “qual é o meu propósito de vida?” ou “qual é o sentido da minha vida?” ou ainda “como descubro meu propósito de vida?” não nos saem da nossa cabeça então é porque alguma coisa não vai bem. Como disse Aristóteles que foi mais directo nessa reflexão do “porquê” devemos buscar ter um propósito de vida: “Toda pessoa deve ter algum objectivo para o qual dirigir a sua boa vida e todos os seus actos serão conduzidos a ele, uma vez que não ter uma vida organizada em função de um determinado fim é um sinal de grande tolice.”
Apenas temos que seguir em frente. Primeiro, porque em nenhuma altura em nenhum momento, nada deve ser mendigado. Segundo, porque tudo deve ser recíproco, e que preciso de o ir fazendo não só no meu tempo, mas com alguém que entenda aceite o meu tempo, e também que possa ser o seu tempo.  

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