quinta-feira, agosto 18, 2016

A AMNÉSIA, O ÓDIO, A INTOLERÂNCIA, A FALTA DE VERGONHA

A AMNÉSIA, O ÓDIO, A INTOLERÂNCIA, A FALTA DE VERGONHA

Há por aí quem afirme que a não utilização das redes sociais, em especial o facebook, twitter e outras mais, será o mesmo que não ler jornais ou ver televisão, no conceito de estar “fora” do Mundo em que vivemos. A justificação é que estar presente nas redes sociais é essencial para compreender o mundo das pessoas, a utilização dos produtos ou serviços das empresas etc. Assim sendo, ao apresentar uma postura passiva ou até mesmo o não ter conta, não será uma boa ideia.
Não temos duvidas que o facebook é uma das redes sociais mais utilizadas a nível global, e por isso há quem defenda que as redes sociais, vieram tornar a vida e a vivência dos cidadãos mais transparente, nomeadamente no exercício de troca de opiniões, de ideias e pensamentos, permitindo dizer o que se pensa e “atingir” um púbico alargado, isto é ter acesso a uma “plateia” que de outro modo nunca seria possível atingir.
Na verdade não sei se será bem assim ou que tenhamos ganho alguma coisa com isso, basta ter em atenção, coisas que são incessantemente repetidas, sem que, muitas vezes, consigamos realmente perceber qual o seu significado ou o que se pretende, naquela azáfama de ter opinião sobre tudo, falar sobre tudo, conhecer tudo, fazendo do que poderia ser uma campo aberto e transparente do exercício de cidadania, num verdadeiro campo de batalha verbal, expresso na forma escrita  e como prova disso é que, cada vez mais, há demasiados comentários nas redes sociais carregados de ódio, intolerância, insultos e extrema violência verbal.
Nesta era dos “sabem tudo”, relembro sempre uma frase atribuída ao filósofo  Sócrates “Só sei que nada sei, e o facto de saber isso, coloca-me em vantagem, sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa.”
Como sabemos (não é desculpabilização por essas atitudes e comportamentos) é mais fácil para o ser humano ter comportamentos mais impulsivos quando não se encontra na presença do outro, isto porque, dependendo de caso para caso, uma vez que não vai encarar a reacção e expressão do outro, sente-se mais livre, à vontade e “protegido” para dizer o que quer e lhe apetece, muitas vezes de uma forma menos apropriada e aqui as redes sociais são apropriadas a essas atitudes e comportamentos.
Chegados aqui chegou o momento de dizer ponto final! Quero ainda acrescer que cada vez mais temos de  ter presente que a vida na nossa sociedade não é apenas o império da liberdade individual ou das suas caricaturas. Há também a moral, a ética, o direito, a lei.”
Nestes tempos em que quase toda a imprensa, escrita, falada e televisiva, sofre de uma crise de amnésia aguda, para assim estar “á altura de alguma classe politica” o que já seria bastante grave, temos no entanto muitas duvidas que não seja uma falta de vergonha grave, o que seria agudo! Demagogia, mentiras, desinformação e terrorismo mediático parecem sobejar-lhes a toda a hora e momento, num grau de impunidade nunca antes atingido.

É por isso, que para uma completa e “saudável limpeza”, nada melhor que fechar este capítulo. E, assim faremos!

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