sábado, maio 17, 2014

UM POVO MASSACRADO

Balanço de três anos de guerra civil: um povo massacrado

A brutal destruição de emprego


A violenta destruição de emprego não aconteceu por acaso nem pela consabida incompetência dos estarolas. Tratou-se de uma estratégia friamente concebida pelo Governo de Passos & Portas, de que o alegado primeiro-ministro se vangloriou: a «selecção natural das empresas que podem melhor sobreviver» está feita. Esta «selecção natural» causou a destruição de cerca de 420 mil empregos até ao final de 2013.

A quebra abrupta do poder de compra


A preços constantes, o rendimento médio por habitante passou de 15,3 mil euros em 2010 para 14,4 mil euros em 2013. Por outras palavras, cada português teve em 2013 um poder de compra que era 843 euros mais baixo do que o registado em 2010. Os resultados da estratégia de empobrecimento, tendente a criar uma economia assente em baixos salários, estão à vista.

O «enorme aumento de impostos»


O «enorme aumento de impostos» anunciado e levado a cabo por Vítor Gaspar foi uma das marcas deste Governo. Com a carga fiscal a atingir valores historicamente muito elevados, esta operação de grande envergadura atingiu sobretudo os trabalhadores por conta de outrem. No plano político, causou também danos irrevogáveis no autodenominado partido do contribuinte, pondo termo ao tempo de dissimulação de Paulo Portas.

O enorme aumento da dívida


O grande objectivo do Governo e da troika fracassou: a redução da dívida externa. Em especial, a dívida pública disparou. A contracção do PIB (que está ao nível de 2001) e o «efeito bola de neve» (cf. aqui e aqui) sugerem que, apesar da poeira lançada para o ar («libertação datroika»), o Governo está a atirar o país contra a parede.

Como escreve hoje o Libération, depois destes três anos, «le Portugal a la gueule de bois» (i.e., está de ressaca). Com o Governo a querer prosseguir a obra de desmantelamento do Estado Social e de imposição de uma economia de baixos salários.

* Baseado neste artigo do Jornal de Negócios

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