domingo, setembro 28, 2025

BECAUSE WE CHANGE OUR MINDS!!!

BECAUSE WE CHANGE OUR MINDS!!! “We have always believed that changing our minds is an improvement, bringing greater authenticity to our relationships with the world and with other people. It puts an end to vacillation, uncertainty, and weakness of spirit. It seems to make us stronger and more mature. Is that right?” (Julian Barnes) There are times when we are faced with a question that for many, or almost everyone, is somewhat disconcerting: do we change our minds for rational reasons, because the facts change, or for emotional reasons? Or is it, as Julian Barnes said, “because certain areas of facts and feelings that were previously unknown to us have suddenly become clear; or is it because the emotional landscape has altered”? As Keynes said in his Keynesian thesis: “When facts change, we change our minds!” But to support an opposing view, Barnes resorts to humor and quotes Francis Picabia: “Our heads are round so that our ideas can change direction.” I would say there are options for everyone! Contrary to what some who take the time to read this far might think, I will not, of course, enter into or begin a so-called philosophical debate, especially because I feel I lack the competence to do so. However, I cannot resist, with some recklessness, attempting a reflection on other fronts. The "gesture" of changing one's mind, whether through reason, emotion, or a combination of the two, or even through some particular synthesis of reason and emotion, possesses an intimate and even political duality, as it reflects the individual's capacity to process information and feel, while also highlighting the individual's interaction within the collective and the social and political context that surrounds them. It is a process that involves both introspection and expression, which makes it a deeply personal and, at the same time, inherently public phenomenon. It is an act of self-awareness, where the individual recognizes their own feelings and the impact they have on their perspectives and decisions, which makes it a deeply personal and, at the same time, inherently public phenomenon. It becomes clear that, for us to be able to change our minds, we must (it should be redundant to say) be exposed to ideas and views different from our own! In the words of Blaise Pascal: "I am not ashamed to change my mind, because I am not ashamed to think." I want to remind those who haven't yet considered this that changing our minds always begins as a painful exercise, which presupposes that each of us has the humility and persistence necessary to accept the inevitable discomfort that always arises from confronting contradictions and shaking our most secure certainties. The famous phrase: "I may not agree with what you say, but I will defend to the death your right to say it" was written by Evelyn Beatrice Hall to summarize Voltaire's thinking on freedom of expression. It is a phrase that expresses the uncompromising defense of people's right to express their opinions, even if they contradict our own. “Change is the law of life. And those who only look to the past or the present will surely miss the future.” (John Kennedy)

PORQUE MUDAMOS DE IDEIAS!!

PORQUE MUDAMOS DE IDEIAS!!! “Sempre acreditámos que mudar de ideias é uma melhoria, trazendo maior autenticidade às nossas relações com o mundo e com as outras pessoas. Põe fim à vacilação, à incerteza, à fraqueza de espírito. Parece que nos torna mais fortes e maduros. Será mesmo assim?” (Julian Barnes) Há momentos que nos confrontamo-nos com uma questão que para muitos, ou quase todos é algo desconcertante: mudamos de ideias por razões racionais, porque os factos mudam, ou por razões emocionais? Ou será como disse Julian Barnes , “porque certas áreas dos factos e dos sentimentos que até então nos eram desconhecidas se tornaram subitamente claras; ou será porque a paisagem emocional se alterou”? Como disse Keynes, na sua tese keynesiana:”Quando os factos mudam, nós mudamos de opinião!”, mas para suportar uma opinião inversa, Barnes recorre ao humor, e cita Francis Picabia:” As nossas cabeças são redondas para que as nossas ideias possam mudar de direcção.” Eu diria que há opções para todos os gostos! Ao contrário do que alguns, que se dão ao trabalho de uma leitura até aqui, podem pensar, não vou, naturalmente, entrar ou começar um pretenso debate filosófico, até porque me sinto não ter competência para tal, mas não resisto ainda assim com alguma imprudência, a tentar uma reflexão em direcção a outras paragens. É que o “gesto” de mudar de ideias, seja por via da razão, da emoção ou de uma combinação das duas, seja ainda por uma qualquer síntese particular entre razão e emoção, possui uma dualidade íntima e até política, pois reflete a capacidade individual de processar informação e sentir, ao mesmo tempo que evidencia a interação do indivíduo no colectivo e no contexto social e político que o rodeia. É um processo que envolve tanto a introspeção quanto a expressão, o que o torna um fenómeno profundamente pessoal e, ao mesmo tempo, inerentemente público. É um acto de autoconsciência, onde o indivíduo reconhece os seus próprios sentimentos e o impacto que estes têm nas suas perspetivas e decisões, o que o torna um fenómeno profundamente pessoal e, ao mesmo tempo, inerentemente público. Torna-se evidente que, para que seja possível que mudemos de ideias, é preciso (devia ser redundante dizê-lo) que sejamos expostos a ideias e a visões diferentes das nossas! No dizer de Blaise Pascal:” Não tenho vergonha de mudar de ideias, porque não tenho vergonha de pensar." Quero relembrar, para os que ainda não tinham pensado nisso, que mudar de ideias começa sempre por ser um exercício doloroso, o que pressupõe que tenhamos, cada um de nós, a humildade e a persistência necessárias para aceitar o inevitável desconforto que sempre nasce do confronto com o contraditório e do abalar das certezas mais seguras. A famosa frase: "Posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lo" foi escrita por Evelyn Beatrice Hall para resumir o pensamento de Voltaire sobre a liberdade de expressão. É uma frase que expressa a defesa intransigente do direito de as pessoas manifestarem as suas opiniões, mesmo que estas sejam contrárias às nossas. “A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro.”(John Kennedy)

sexta-feira, setembro 05, 2025

Who am I?

Who am I? Discovering who we are is a phase of self-discovery that helps us understand our values, dreams, and motivations. Someone once told me that I "am very reserved in expressing my opinions." It's possible I gave that impression, but it's not to remain neutral!!! The reason is simple—I want to hear the opinions of others!!! After all, understanding others, to the extent of their inequalities, is to live in an environment of support and reciprocity, as Franz Kafka said: "Solidarity is the feeling that best expresses respect for human dignity." Some say, and this is true, that we are a generation that dies inside but keeps smiling; we suffer in silence but pretend everything is fine; we live surrounded by people, but still, sometimes, we feel alone; we appear strong, but we crumble alone with our pillow. We are a generation more prepared to hide feelings. And that's depressing! Don't be sad when no one notices the good things you've done. After all, the sun puts on a huge show when it rises, and yet most of us remain asleep. "Our greatest weakness lies in giving up. The surest way to succeed is to try, always, one more time." (Thomas Edison) We should all know that there are no immediate solutions. We must seek solutions that mitigate overconfidence or, at least, confront people with our perceptions (it's what's in fashion...) – after all, a perception is just a perception, knowing that people's satisfaction is much more related to perception than to understanding! "We must discover security within ourselves. During the short span of our lives, we must find our own criteria for relating to the existence in which we so fleetingly participate." (Boris Pasternak) We almost always attach what we know about people's bodies to what we know about them and then assume they are truly what we know about them, when they are very different and are more of what we don't know than what we do know. We must learn to resist this misperception. "We don't see things as they are, we see them as we are. They say time changes things, but we are the ones who have to change." (Anais Nin) But after all, "who am I?" There is a quote attributed to Clarice Lispector that, in our opinion, reflects the multifaceted nature of people and the influence of the environment and social interactions on self-perception: "I am as you see me. I can be as light as a breeze or as strong as a gale, depending on when and how you see me pass by." On the other hand, in exploring complexity and self-knowledge, Ortega y Gasset gives as examples: "I am myself and my circumstances, and if I don't save them, I won't save myself."

uem sou eu?

Quem sou eu? Descobrir quem somos é uma fase de autoconhecimento que nos ajuda a compreender os nossos valores, sonhos e motivações. Alguém já me disse que eu “sou muito contido em expressar as minhas opiniões”, é possível que dei essa impressão, mas não será para me manter neutral!!! A razão é simples – quero ouvir a opinião dos outros e das outras!!! Afinal, compreender os outros ou as outras, na medida das suas desigualdades, é viver num ambiente de apoio e reciprocidade, como disse Franz Kafka: “A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana.” Há quem diga, e essa é uma realidade, que somos uma geração que morre por dentro, mas continua a sorrir, sofremos em silêncio mas fingimos estar tudo bem; vivemos rodeado por pessoas, mas ainda, por vezes, nos sentimos sozinhos; aparentamos ser fortes, mas desmoronamos a sós com o nosso travesseiro. Somos uma geração mais preparada para esconder sentimentos. E isto é deprimente! Não fique triste quando ninguém notar o que fez de bom. Afinal, o Sol faz um enorme espectáculo ao nascer, e mesmo assim, a maioria de nós continua a dormir. “A nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar, sempre, mais uma vez.”(Thomas Edison) Todos nós devemos saber que não há soluções de aplicação imediata, temos de procurar encontrar soluções que atenuem o excesso de confiança ou, pelo menos, confrontar as pessoas com as nossas percepções, ( é o que esta na moda…) – afinal uma percepção é apenas uma percepção, sabendo que a satisfação que as pessoas têm está muito mais relacionada com a percepção do que com a compreensão!“Temos de descobrir segurança dentro de nós próprios. Durante o curto espaço de tempo da nossa vida precisamos encontrar o nosso próprio critério de relações com a existência em que participamos tão transitoriamente.”(Boris Pasternak) Quase sempre colamos as corpos das pessoas aquilo que sabemos sobre elas e depois achamos que elas são mesmo aquilo que sabemos sobre elas, quando elas são muito diferentes e são mais do que não sabemos do que aquilo que sabemos. Temos de aprender a resistir a este erro de percepção. “ Nós não vemos as coisas como elas são, vemo-las como nós somos. Dizem que o tempo muda as coisas, mas quem tem que as mudar somos nós . “(Anais Nin) Mas afinal "quem sou eu?" Há uma frase atribuída a Clarice Lispector que, na nossa opinião, reflete a natureza multifacetada das pessoas e a influência do ambiente e das interações sociais na percepção de si mesmo, "Sou como me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como me vê passar". Por outro lado na exploração da complexidade e do autoconhecimento, Ortega y Gasset dá como exemplos "Eu sou eu e a minha circunstância, e se não a salvo a ela, não me salvo a mim"