terça-feira, junho 21, 2022

“Apesar de tudo eu ainda acredito na bondade humana” (Anne Frank)

“Apesar de tudo eu ainda acredito na bondade humana” (Anne Frank) Numa época em que o novel jornalismo-relâmpago, quase sempre superficial, impreciso, especulativo e até manipulado (quando não manipulador) ocupa grande parte do espaço e do tempo mediáticos, o trabalho (pseudo-jornalistico) nos últimos dias sobre o SNS é um exemplo do jornalismo que não investiga com seriedade e perseverança – e que faz bem mal à alma do jornalismo…“A ética deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro.” (Gabriel Garcia Marquez) Esperávamos muito mais da imprensa escrita, falada e em especial televisionada no que diz respeito às reportagens sobre o Serviço Nacional de Saúde e em especial das urgências de obstetrícia. Esperávamos que explicassem porque é que isso acontece de repente e ao mesmo tempo em vários sítios do País: a semana passada havia médicos e esta não? Será que se despediram? Fizeram um fim de semana longo? E só em obstetrícia? E especialmente em Lisboa? Confesso que isto nos faz recordar episódios antigos, como os nascimentos nas ambulâncias, que terminaram logo que o ministro Correia de Campos saiu. Demasiadas coincidências, sempre (ou quase sempre) os médicos, a Ordem dos Médicos, o sindicalista Roque , com as suas agendas e com o privado a espreitar. Todos os que se dedicam à profissão de jornalista deviam saber que “ a missão do jornalista é informar com isenção e rigor, não é reproduzir acriticamente as teses de terceiros, por muito louváveis que elas sejam.” A investigação jornalística não depende das investigações da ordem dos Médicos ou do sindicalista Roque e o jornalista independente não é um acólito dessa Ordem Profissional, sindical ou de outras entidades. A informação que nos entra pela nossa casa diariamente, pelas omissões que comporta, não cumpre a missão de informar com isenção, rigor e credibilidade.” “Eu não quero acabar com o trabalho de ninguém, jornalistas tem que escrever algo e se eles não tem nada real para escrever eles inventam.”(Elvis Presley) A formação de um médico especialista é longa, exigente e com múltiplas avaliações. Sem ela, seria impossível termos o elevado nível de qualidade da medicina que é praticada no nosso país. São seis anos de ensino numa escola médica, um ano de formação geral e quatro ou seis anos de formação especializada no âmbito do internato médico, dependendo da especialidade em causa. Um médico cumpre uma etapa exigente de 11 a 15 anos para adquirir autonomia diferenciada como médico especialista. A questão parece-nos simples, quanto custa ao erário publico (dos nossos impostos) a formação de um médico especialista? Qual a razão que finda a formação de especialista um médico não tem ou deve ressarcir, durante um espaço de tempo, por exemplo 3 anos, esses custos, no serviço público de saúde? Como cidadão que se sente como muita honra em ser português e ter uma Serviço Nacional de Saúde como o nosso, aqui deixo esta “lição” para a Dra Marta Themido (ministra da saúde) de Winston Churchill “A lição é a seguinte: nunca desista, nunca, nunca, nunca. Em nada. Grande ou pequeno, importante ou não. Nunca desista. Nunca se renda à força, nunca se renda ao poder aparentemente esmagador do inimigo. ”

Sem comentários: