“Não há nada que dominemos inteiramente a não ser os nossos pensamentos.”(René Descartes)
Nestes tempos que como costumo dizer que não são
os nossos, acredito que no geral, todos temos a noção que atravessamos uma
enorme crise social e económica de proporções gigantescas, em tempos de risco e
de incertezas, onde ninguém sabe o que nos espera neste e nos próximos anos, e
não vamos ficar imunes aos abalos que a todos os níveis estamos e vamos sofrer.
A realidade é que nem sabemos o que devemos perguntar, como vamos saber a
resposta? Talvez seja adequado relembrar a inesquecível reflexão do
ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama gravada nas paredes do Museu da
Cultura Afro-Americana de Washington. “A mudança não chegará se esperamos
outra pessoa ou outro tempo. Somos nós mesmos os que estávamos esperando. Somos
a mudança que buscamos”,
Talvez por isto seria muito mais útil que as
pessoas utilizassem mais e melhor as suas capacidades cognitivas, associadas ao
discernimento, somadas à paciência e ao bom senso, seria possível evitarmos a
intolerância, e neste campo sobressai o cuidado que sempre devemos ter em não tomar
decisões apenas com base nos nossos desejos, e sem observar o que o bom senso
diz. É que por vezes queremos muito uma coisa, e ficamos cegos quanto ao preço
que teremos que pagar. Outras vezes deveríamos primeiro construir a base na
racionalidade para depois darmos o salto do desejo emocional. Como disse René
Descartes: ”O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos
pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras
coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm.”
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