domingo, outubro 25, 2020

“Não há nada que dominemos inteiramente a não ser os nossos pensamentos.”(René Descartes)

Não há nada que dominemos inteiramente a não ser os nossos pensamentos.”(René Descartes)

 
Há para aí um monte de gente que ainda não compreendeu que a habilidade é uma prática treinada que só é possível influenciar dadas situações com a ajuda da inteligência, caso contrário anda às voltas e torna-se até irritante. As crises tem muita imaginação e criam oportunidades surpreendentes obriga-nos a todos rebuscar bem no fundo da “nossa alma”, e coloca-nos paradoxos impensáveis, é por isso que as crises ás vezes até dão jeito. A frase do cientista Carl Sagan exprime, nos tempos de hoje, tudo o que devia levarmos a uma séria reflexão: “Construímos uma sociedade baseada em ciência e tecnologia, na qual ninguém entende nada de ciência e tecnologia. E essa mistura explosiva de ignorância e poder, mais cedo ou mais tarde, irá explodir-nos na cara.

Nestes tempos que como costumo dizer que não são os nossos, acredito que no geral, todos temos a noção que atravessamos uma enorme crise social e económica de proporções gigantescas, em tempos de risco e de incertezas, onde ninguém sabe o que nos espera neste e nos próximos anos, e não vamos ficar imunes aos abalos que a todos os níveis estamos e vamos sofrer. A realidade é que nem sabemos o que devemos perguntar, como vamos saber a resposta? Talvez seja adequado relembrar a inesquecível reflexão do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama gravada nas paredes do Museu da Cultura Afro-Americana de Washington. “A mudança não chegará se esperamos outra pessoa ou outro tempo. Somos nós mesmos os que estávamos esperando. Somos a mudança que buscamos”,

Talvez por isto seria muito mais útil que as pessoas utilizassem mais e melhor as suas capacidades cognitivas, associadas ao discernimento, somadas à paciência e ao bom senso, seria possível evitarmos a intolerância, e neste campo sobressai o cuidado que sempre devemos ter em não tomar decisões apenas com base nos nossos desejos, e sem observar o que o bom senso diz. É que por vezes queremos muito uma coisa, e ficamos cegos quanto ao preço que teremos que pagar. Outras vezes deveríamos primeiro construir a base na racionalidade para depois darmos o salto do desejo emocional. Como disse René Descartes: ”O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm.”

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