domingo, outubro 04, 2020

“A RETER: (GRIPE…COVID19)

 “A RETER: (GRIPE…COVID19)

  • A partir de Outubro será mais do que provável a circulação, entre nós, do vírus da gripe sazonal e de SARS-CoV-2, cujas consequências são imprevisíveis.
  • A despeito da menor ou maior gravidade da gripe, na próxima estação sazonal, a presença de SARS-CoV- 2 poderá ampliar, significativamente, os casos de doenças respiratórias agudas e a pressão sobre os recursos do sistema de saúde.
  • Para distinguir a gripe da COVID-19 é necessária a disponibilidade de testes rápidos de diagnóstico para o vírus da gripe e para SARS-CoV-2, dado que o quadro clínico é semelhante, mas as intervenções terapêuticas e as medidas de prevenção são diferentes.
  • As medidas adoptadas de prevenção para a COVID-19 (distanciamento social, uso de máscaras e lavagem das mãos) podem minimizar a transmissão de outras doenças respiratórias, incluindo a gripe.
  • A vacinação contra a gripe, em grupos populacionais mais vulneráveis (> 65 anos de idade, portadores de doenças crónicas e trabalhadores da saúde), poderá reduzir a morbi-mortalidade dos doentes com COVID-19, mas não protege da infecção por SARS-CoV-2.
  • A vacinação contra a gripe, independentemente da sua eficácia na prevenção da doença, reduz a sua gravidade e previne a hospitalização.
  • Tendo em conta o mais que provável aumento da procura da vacinação contra a gripe, torna-se prudente o aumento da acessibilidade a centros de vacinação, para além das unidades de saúde, por forma a evitar aglomerações e a desmobilização.
  • O aumento provável dos casos de doenças respiratórias agudas e a maior pressão sobre os recursos do sistema de saúde obrigam a maior disseminação da informação para a mobilização da população, com mensagens fortes acerca da importância da vacinação contra a gripe, naqueles grupos mais vulneráveis.
  • As mensagens devem, também, dar ênfase a: i) a vacina da gripe não aumenta o risco de se contrair a COVID-19; ii) a vacina da gripe não protege contra a COVID-19; iii) apesar do distanciamento social, de uso de máscaras e da lavagem das mãos, tal não dispensa a vacinação contra a gripe.”

           (Prof. Doutor Francisco Antunes)

 

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