SERÁ PRECISO RECONSTRUIR OU REABRIR A ECONOMIA?(2ªparte)
“A comunidade internacional
deve redesenhar e reequilibrar as suas economias e sociedades depois da
pandemia da Covid-19, que “expôs a fragilidade global” em temas que vão bem
mais além da saúde.” (Engº António Guterres – Secretário Geral das
Organização das Nações Unidas)
A este propósito não conhecemos qualquer ESTUDO
DE IMPACTO SOCIAL das múltiplas medidas de “subsidiação”, aprovadas pelo
governo, tanto para as pessoas como para as empresas….somos “lestos” a realçar
os impactos económicos , os impactos financeiros e até, por estar na moda, os
impactos ambientais, mas as previsões dos impactos sociais que tais medidas de
politica acarretam isso não existe! Cabe realçar que as nossas referências não
envolvem apenas e só os interventores políticos, que de uma maneira geral
“sofrem” dum elevado “deficit” de preparação técnica, mas causa-nos alguma
estranheza, o não envolvimento nestas matérias dos múltiplos técnicos das várias
áreas sociais que, talvez denotem alguma impreparação em transformar as suas
ideias e projectos estratégicos que teórica e regularmente difundem, mas que não
resistiriam ao enquadramento social que pretendem envolver e, talvez por isso,
evitem debruçar-se sobre tais impactos sociais que deviam prevalecer sobre
todos os outros. (económicos, financeiros e ambientais).
Se consideramos que os recursos financeiros são
escassos, tal como os recursos ambientais, talvez seja o momento de
compatibilizarmos tais recursos com a valorização do conhecimento humano e
priorizar e enquadrar a avaliação das medidas de política com prevalência de
potenciar não só o valor do conhecimento, mas também
a revalorização do conhecimento profissional da
força de trabalho humano qualificada como “indiferenciados”.
Não temos duvidas que num estado social a dimensão
da vulnerabilidade social é uma das componentes da sociedade que terá de ser
subsidiada pelos recursos económicos públicos, mas deveria ser sempre
compatibilizada com a avaliação do retorno social dessas medidas de politica –
isto é a subsidiação deverá ter sempre como retorno a prestação de serviço social e/ou a
necessária revalorização de conhecimentos profissionais.
Na realidade em Portugal e em alguns outros países
com alguma dimensão nas politicas
sociais, somos continuamente massacrados com uma informação massiva, com muita ênfase na
economia e nas finanças, e por vezes a nível
ambiental, que são sem dúvida muito
importantes. Temos, no entanto que ser capazes de pensar e discernir as tendências
estruturais que marcam a mudança e, talvez por isso tenhamos que dar mais tempo
e a devida atenção, nomeadamente às áreas das ciências sociais, da biologia,
epidemiologia e da saúde que são vitais para pensarmos a complexidade do mundo
e sermos capazes de identificar e antecipar os riscos. "Por mais trágicas que as últimas
semanas tenham sido, por mais difíceis, assustadoras e incertas, este momento
representa uma oportunidade incrível para as pessoas despertarem e para
trabalharmos juntos para a mudança”.( Barack Obama, ex-presidente dos EUA)
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