“Nada de grande se faz sem um sonho”. (Ernest Renan)
“A vida é breve, mas cabe nela muito mais do
que somos capazes de viver.“(José Saramago)
Sendo uma verdade que
há de certo muita gente que consegue mudar de vida – embora tenha algumas
dúvidas se ainda faz qualquer sentido, como o fazia a alguns anos atrás – de
certo já houve e há muitas pessoas que o fizeram e fazem, fazem-no todos os
dias, em todo o lado, mas mesmo assim torna-se muito difícil consegui-lo – não
o consigo, talvez seja mais correcto, talvez seja um problema meu – é por isso
que talvez até sinta uma pouquinha de inveja por quem tem a coragem de passar
da vontade á prática – abandonar tudo, sair, mudar toda a sua vida.
Como
disse Freud : “Ao tomar uma decisão de menor importância, eu descobri que é
sempre vantajoso considerar todos os prós e contras. Em assuntos vitais, no
entanto, tais como a escolha de uma companheira ou profissão, a decisão deve
vir do inconsciente, de algum lugar dentro de nós. Nas decisões importantes da
vida pessoal, devemos ser governados, penso eu, pelas profundas necessidades
íntimas da nossa natureza.”
Todos devemos saber
ou devemos ter pelo menos a percepção que como se usa dizer “errar é humano”.
Mas, por vezes, considera-se mais humano atribuir o erro aos outros, em
particular eu penso mais como disse Bento de Jesus Caraça “ Se não temo o erro,
é porque estou sempre disposto a corrigi-lo”. Quando chega uma altura ou o momento que queremos
provar que os nossos sonhos, mesmo aqueles que julgamos a “anos luz”, se podem
tornar realidade, nesse período de reflexão penso sempre, que se na minha vida sempre caminhei sem me
importar com aquilo que os outros pensam de mim, não é altura de qualquer
mudança, e por isso é que só me interessa
a minha consciência, e sempre foi assim desde que me conheço.
Na verdade, julgo que
nada mais faria tanto sentido quanto ter a sorte e a sintonia de se cruzar a
mesma superfície emocional de alguém que combina e, principalmente, entenda os
nossos lados. Só que nós sabemos que nem sempre é assim, ao nosso jeito ou do modo
que a gente quer viver, quer ter ali um
“nosso espelho”. Logo, em vez das
pessoas sofrerem ao ficar a tentar procurar respostas para infinitas perguntas,
por que não simplesmente ir “vivendo a vida”? Assim mesmo, sem companhia e
ligação maior com alguém. Talvez o compromisso de estar só em busca de uma
genuína felicidade atraia um amor que resolva repousar, mas, se não for o caso,
pelo menos a gente vai agregando e talvez permitindo-se ter novas oportunidades
para amadurecer emocionalmente e espiritualmente.
Na realidade passamos
por vezes muito tempo a tentar provar coisas aos outros: Quanto felizes
estamos? O que nós realizámos? Como o nosso trabalho é duro e difícil? Que
somos uma simpatia? Como somos bem sucedidos e o nosso valor? Que amamos a nossa
vida? Que temos bons relacionamentos? Etc etc… A verdade é que, quando passamos
menos tempo a tentar provar essas coisas para outras pessoas, temos mais tempo
para perceber e aproveitá-las. A constante busca de mostrar o bem nas nossas
vidas, especialmente nas redes sociais, parece sugerir que tal não tem muita
validade e não nos parece real, a menos que todos saibam disso - a menos que
tenhamos certeza de que todos o vejam – esquecemos que nós somos a única pessoa
que precisa de se provar a si mesmo!!!
É
também uma realidade que admito que, por vezes gosto de apreciar os meus
próprios pensamentos, gosto de ficar sozinho, mas também sei saber apreciar uma
companhia que entenda e saiba respeitar o meu espaço, além de que, apesar de
não parecer, são coisas altamente naturais para as pessoas que gostam de estar
sozinhas. Já disse alguém “ "parem a loucura do trabalho constante em
equipa. Vão ao deserto para terem suas próprias revelações."
“Não
se esqueça que os instantes que vive aqui e agora, e as pessoas que convivem
aqui e agora, são os mais importantes da tua vida, por que são os únicos reais.” (Buda)
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