Não deixa de ser interessante ver aqueles que eram apelidados de técnicos brilhantes e políticos ainda mais brilhantes, cobertos por uma auréola de santidade, honestidade e dedicação à coisa pública, afinal passarem a simples plebeus que nem um orçamento em condições sabem fazer, não conseguem deitar cá para fora com uma única ideia sobre a via económica a seguir quando tinham um saco cheio delas, apresentam como prioridade andar à cata de lugares para a rapaziada do cartão, cortar a torto e a direito sem medir sequer as consequências do corte, nem a que fato ele se destina. Como dizia o povo, “vira o disco e toca o mesmo”!
A malta começa a irritar pelo que vê à sua volta, onde uma parte das gerações mais jovens desinteressou-se da politica e dos partidos, e a outra parte, de facto uma minoria, herdou-lhes os piores vícios – o caciquismo, a troca de favores ou o tráfico de influências.
Dizem que vivemos uns tempos conturbados onde o talento e o mérito de cada um têm muito pouca importância, a não ser quando se conjugam com as fidelidades adequadas, como parte de um esquema que se replica e agrava, onde os “padrinhos”, na lógica infernal de “instalados” passaram a ser as melhores sedes para a “chave do sucesso”.
Em bom português diremos que a sacanagem continua. Isto começa a irritar a malta. Esta é a moral com que se encheu a boca durante a campanha eleitoral, para depois lixar os mais pobres e vulneráveis da sociedade, que se conjuga com a “chamada competitividade” que está a ser ganha à custa da transferência (roubo) de rendimentos das pessoas para as “ditas empresas”.
Será que o mínimo que se exigia, a quem nos (des)Governa que era alguma decência e sobretudo valores éticos e morais e coerência com as suas promessas eleitorais?
A malta começa a irritar-se…..
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