terça-feira, maio 05, 2020

Eu Sou do Tamanho do que Vejo! (Fernando Pessoa)


Eu Sou do Tamanho do que Vejo! (Fernando Pessoa)


 Vivemos o “ tempo do impensável”, onde apenas os mais velhos são capazes de avaliar a verdadeira dimensão, porque já testemunharam varias fases da vida. O presente desafia-nos a esquecer o passado  e ao olharmos para o futuro já não alcançamos o que antes parecia certo. Temos dúvidas porque  somos humanos e o receio ou será o medo!!!!!, nesta incerteza que está sempre presente. Tudo isto é inevitável mesmo que sejam os eventos grandes e inesperados (bons e menos bons) que tornam a vida memorável e ocasionalmente emocionante, são as rotinas pequenas e previsíveis que mantêm a vida unida e valem a pena viver, nestes tempos, em que o tempo já não tem tempo para ele próprio.
Há um desconhecido daquilo que não se vê, mas que pode espreitar a cada esquina. Temos que ser conscientes e respeitar o próximo, não fazer aquilo que não queremos que os outros façam para nós, pois só desse modo venceremos. “Há apenas duas maneiras de viver a nossa vida. Uma é acreditar que nada é um milagre. A outra é acreditar que tudo é um milagre.”(Albert  Einstein) 
Todos devemos saber ou termos consciência de que esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é a única que há aqui e agora, e a única que precisamos e, termos a consciência que a vida não pára para escolhermos o caminho que queremos seguir. Quase sempre temos uma forte tendência de lembrar o que devemos esquecer e esquecer o que deveríamos lembrar. Devemos aprender a escutar as pessoas e não apenas ouvi-las, sabe a diferença? Quando escutamos estamos atentos ao conteúdo, conseguimos sentir aquilo que a mensagem transmite. Já o ouvir é apenas o som das palavras entrando pelos nossos ouvidos......e nada mais! Temos que valorizar o que fazemos e o nosso papel na sociedade. Talvez por isso alguém disse que “os  homens deveriam ser lembrados, mais pelas suas atitudes do que por suas palavras, mais pelos seus acertos que pelos seus erros, e  mais por suas virtudes que pelos seus defeitos.”
Não tem nada mais frustrante do que criar expectativas sobre algo que nem sequer ainda sabemos o que será. Todas as pessoas já passaram por isso pelo menos uma vez na vida, e é justamente por isso que aprendemos a não contar muito com aquilo que (ainda) não é real. Precisamos ter orgulho das nossas particularidades e não passar a vida apenas tentando copiar o que é alheio, e antes de sair apontando o dedo para as atitudes alheias, antes de criticar e julgar as pessoas ao seu redor, pare e simplesmente escute….olhe…pense…e reflicta. É na gestão da nossa memória que  está um dos  maiores segredos para podermos viver a nossa vida, com alegria e paz,  gratos por mais um dia.” Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, e tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver. (Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema VII"Heterónimo de Fernando Pessoa)

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