(Paul Valéry )
A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta que
os sonhos não envelhecem...” (padre Fábio de Melo)
Há algum
tempo descobri que, talvez, a única coisa que nos impede de progredir é o “um
peso” que ao longo dos tempos, fomos acumulando: Camadas e camadas de “pó”
acumuladas por quem nos disse que: …não
podíamos fazer isto ou … não podíamos fazer aquilo, … que não somos mais do que
os outros, ou … que temos de ter em conta naquilo que os outros vão ficar a
pensar de nós. Não temos dúvidas que estas situações abrangem como maior ou
menor incidência a nossa vida na sociedade em geral, e também, os podemos
considerar que as mesmas atitudes são
uma forma de violência psicológica que fazem, e fazemos, sobre nós próprios,
fazendo aquilo que nos torna de certo modo um viver a vida “infelizes. “Nunca
existiu uma pessoa como tu antes, não existe ninguém neste mundo como tu agora e nem nunca existirá. Vê só o respeito
que a vida tem por ti. Tu és uma obra de arte — impossível de repetir,
incomparável, absolutamente única.”(Osho)
Quando nascemos, somos folhas em branco, mas
entretanto somos expostos a um conjunto de regras, influências e experiências
que formam o nosso mundo, ou pelo menos a lente através da qual vemos “esse
mundo. Aquilo que quase sempre somos levados a julgar como “humildade”, que por
vezes, ou quase sempre, nada mais é do que nos dizem para “baixar a bola” e
fazer o que nos mandam ou o que os outros querem que nós façamos, nada mais é
que a “escuridão” que tapou a “luz que precisamos para brilhar. Precisamos ter
orgulho das nossas particularidades e não passar a vida apenas tentando copiar
o que é alheio. Ame e sinta orgulho pelo facto de ser genuíno, pois esta é uma
das qualidades mais admiráveis que alguém pode ter. “Não tente achar um
atalho, porque não há atalhos. O mundo é uma luta, é árduo, é uma tarefa
penosa, mas é assim que a pessoa chega ao pico.”(Osho)
Hoje chegou o momento de dar esse primeiro passo
que sabes que tens de dar, e amanhã dá o passo que lhe pertence. Jamais, por
hipótese alguma, não devemos, nem podemos ficar amedrontados, de modo a que
sejamos levados a deixar de lado o nosso propósito e parar por não acreditar no
nosso potencial e qualidades humanas, na nossa capacidade de se superar, de se
reerguer, de se levantar e dizer que é mais que “um vencedor”, mesmo não tendo
fundamentos para validar tal afirmação, mas só pelo facto de ter convicção de
que há uma probabilidade maior de que os sonhos sejam concretizados, ainda
assim manter essa confiança, essa valentia de permanecer firme e forte, de se
sustentar de pé mesmo fraco, cansado e sem forças, mas não se deixando levar
pelas ventanias ferozes que sopram em nós, nesse destino que nos é traçado na
vida. Essa é a regra: não desistir, persistir, insistir, pois podemos não ser
capazes de atender às nossas necessidades todas as vezes que as expressamos , mas
se tal acontece será apenas porque não
podemos, em determinado momento, atender
às nossas necessidades, isso não significa que as nossas necessidades não
merecem ser conhecidas. “É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer,
sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no
momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se
transforma lentamente no que eu digo.”(Clarice Lispector)
O nosso
valor tem que ser colocado bem alto para inspirar outras pessoas. Não será um
sentimento “péssimo” o de pensarmos que não temos valor? Que não somos
apreciados pelo que fazemos e pelo que somos? Não temos mais de tolerar as
“comportamentos de imbecilidades” de ninguém, muito menos de quem nos tenta
puxar para baixo e ficar na mediania, ou abaixo dela. “Que sei eu do que
serei eu que não sei o que sou? Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa! E
há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!”(Fernando
Pessoa)