A propósito da nomeação de "pseudo-gestores públicos" - Será que a Ordem dos Economistas está atenta? - desvario que se iniciou, em grande escala, a partir de Junho de 2002 (desGoverno de Durão Barroso), não resisto deixar aqui, a "definição que um professor que costumava apresentar, na primeira aula de gestão estratégica" (há muitos anos atrás)"
"Gestor é um indivíduo, com completo domínio das ferramentas teóricas de gestão, capaz de identificar as vantagens competitivas da sua organização, estabelecer um programa estratégico de intervenção em interacção com o meio envolvente e implementá-lo, liderando as pessoas da organização de um modo eficiente.""
Esta definição é clara, pelo modo afirmativo como caracteriza um gestor e pela quantidade de equívocos que faz cair por terra, entre os quais se incluem a substituição do conhecimento, pelo 'ter jeito' para mobilizar pessoas na organização; a decisão por 'bom senso' cabendo aos directores funcionais o domínio das várias funções de gestão; a dispensabilidade do conhecimento, aprofundado do negócio podendo 'viver' e 'decidir', com base em ideias gerais e na sua rede de influências; a liderança sem o respeito técnico dos quadros, baseada em frases do tipo 'contamos convosco', 'este é o nosso projecto colectivo' e outras banalidades semelhantes.
Construído este enquadramento, as questões relevantes situam-se no âmbito das entidades empresariais que acolhem estes 'aprendizes de feiticeiro', as suas classes estatisticamente representativas, como sobrevivem num universo teoricamente competitivo e qual o grau de destruição de valor pelo qual são responsáveis?
Embora não em exclusividade, estes 'ignorantes da gestão' situam-se preferencialmente nas entidades públicas ou parapúblicas e são responsáveis por uma destruição de valor considerável (basta analisar a evolução dos resultados económico-financeiros destas entidades). Na sua distribuição por classes, temos os "boys partidários", que ocupam, com eficácia, os lugares disponíveis nestas organizações e um segundo grupo, a crescer de forma significativa, os 'especialistas mediáticos'.
Trata-se de um conjunto de habilidosos, pseudoespecialistas em determinadas matérias, de presença constante na comunicação social, a comentarem e criticarem o trabalho e actividade de outros, que, com cumplicidades claras, vão construindo uma falsa imagem de competência e de que são capazes de gerir qualquer tipo de organização pública. Enquanto a classe dos boys está em escrutínio público permanente, este grupo, com 'diplomas mediáticos', é tratado com condescendência e desvelo, levando a que alguns decisores políticos os escolham, na convicção de que obtêm, por essa via, um 'seguro de vida'.
"Gestor é um indivíduo, com completo domínio das ferramentas teóricas de gestão, capaz de identificar as vantagens competitivas da sua organização, estabelecer um programa estratégico de intervenção em interacção com o meio envolvente e implementá-lo, liderando as pessoas da organização de um modo eficiente.""
Esta definição é clara, pelo modo afirmativo como caracteriza um gestor e pela quantidade de equívocos que faz cair por terra, entre os quais se incluem a substituição do conhecimento, pelo 'ter jeito' para mobilizar pessoas na organização; a decisão por 'bom senso' cabendo aos directores funcionais o domínio das várias funções de gestão; a dispensabilidade do conhecimento, aprofundado do negócio podendo 'viver' e 'decidir', com base em ideias gerais e na sua rede de influências; a liderança sem o respeito técnico dos quadros, baseada em frases do tipo 'contamos convosco', 'este é o nosso projecto colectivo' e outras banalidades semelhantes.
Construído este enquadramento, as questões relevantes situam-se no âmbito das entidades empresariais que acolhem estes 'aprendizes de feiticeiro', as suas classes estatisticamente representativas, como sobrevivem num universo teoricamente competitivo e qual o grau de destruição de valor pelo qual são responsáveis?
Embora não em exclusividade, estes 'ignorantes da gestão' situam-se preferencialmente nas entidades públicas ou parapúblicas e são responsáveis por uma destruição de valor considerável (basta analisar a evolução dos resultados económico-financeiros destas entidades). Na sua distribuição por classes, temos os "boys partidários", que ocupam, com eficácia, os lugares disponíveis nestas organizações e um segundo grupo, a crescer de forma significativa, os 'especialistas mediáticos'.
Trata-se de um conjunto de habilidosos, pseudoespecialistas em determinadas matérias, de presença constante na comunicação social, a comentarem e criticarem o trabalho e actividade de outros, que, com cumplicidades claras, vão construindo uma falsa imagem de competência e de que são capazes de gerir qualquer tipo de organização pública. Enquanto a classe dos boys está em escrutínio público permanente, este grupo, com 'diplomas mediáticos', é tratado com condescendência e desvelo, levando a que alguns decisores políticos os escolham, na convicção de que obtêm, por essa via, um 'seguro de vida'.
O potencial de destruição de valor destes 'novos aprendizes de feiticeiro' é enorme, pelo que a sua vigilância e acompanhamento por parte deste Governo seria absolutamente indispensável. Lamentavelmente não me parece que o actuais governantes até hoje o tenham feito.