Nós acreditamos na negociação colectiva, no diálogo construtivo entre trabalhadores e empregadores, seja ao nível sectorial, seja ao nível de empresas. Não acreditamos nas convenções que se eternizam, bloqueando a negociação e a adaptação aos novos tempos e tem criado um o vazio contratual e por isso está também previsto a criação da arbitragem necessária para garantir o futuro das convenções colectivas
"Assim na hora do arranque das negociações, na Concertação Social, sobre a revisão do Código do Trabalho, as duas centrais sindicais deviam reflectir seriamente no suicídio laboral colectivo dos trabalhadores da General Motors (GM) da Azambuja e abandonar a irredutibilidade das suas posições em questões como a do "banco de horas" que são de vida ou de morte para a competitividade da nossa economia.
Há cerca de dois anos, quando era público que a multinacional norte-americana decidira reduzir a sua capacidade instalada na Europa (ou seja, iria encerrar as unidades menos competitivas), os trabalhadores da GM da Azambuja entraram em greve contra o acordo que poderia viabilizar a empresa. Não era preciso ser mágico para adivinhar o desfecho da greve: a fábrica fechou.
A criação de "bancos de horas" nas empresas é uma recomendação do Livro Branco que analisou a legislação laboral portuguesa - uma das mais rígidas, senão mesmo a mais rígida, de todos os países da OCDE. Além disso, são uma realidade no Brasil presidido por um sindicalista, e estão a ser usados com sucesso há mais de quatro anos na Autoeuropa . Mais recentemente foram ainda contemplados na negociação colectiva na têxtil e no calçado.
A CGTP tem de perceber que os interesses dos trabalhadores e dos empresários nem sempre são opostos e que a alternativa aos "bancos de horas" são mais deslocalizações e mais desemprego. Já a UGT, que aceitou o princípio "em circunstâncias excepcionais", basta-lhe folhear os jornais para compreender que a actual conjuntura é de gravidade excepcional." ( Diário de Noticias de 8 de Maio de 2008)
"Assim na hora do arranque das negociações, na Concertação Social, sobre a revisão do Código do Trabalho, as duas centrais sindicais deviam reflectir seriamente no suicídio laboral colectivo dos trabalhadores da General Motors (GM) da Azambuja e abandonar a irredutibilidade das suas posições em questões como a do "banco de horas" que são de vida ou de morte para a competitividade da nossa economia.
Há cerca de dois anos, quando era público que a multinacional norte-americana decidira reduzir a sua capacidade instalada na Europa (ou seja, iria encerrar as unidades menos competitivas), os trabalhadores da GM da Azambuja entraram em greve contra o acordo que poderia viabilizar a empresa. Não era preciso ser mágico para adivinhar o desfecho da greve: a fábrica fechou.
A criação de "bancos de horas" nas empresas é uma recomendação do Livro Branco que analisou a legislação laboral portuguesa - uma das mais rígidas, senão mesmo a mais rígida, de todos os países da OCDE. Além disso, são uma realidade no Brasil presidido por um sindicalista, e estão a ser usados com sucesso há mais de quatro anos na Autoeuropa . Mais recentemente foram ainda contemplados na negociação colectiva na têxtil e no calçado.
A CGTP tem de perceber que os interesses dos trabalhadores e dos empresários nem sempre são opostos e que a alternativa aos "bancos de horas" são mais deslocalizações e mais desemprego. Já a UGT, que aceitou o princípio "em circunstâncias excepcionais", basta-lhe folhear os jornais para compreender que a actual conjuntura é de gravidade excepcional." ( Diário de Noticias de 8 de Maio de 2008)