segunda-feira, abril 09, 2007

Nada acontece por acaso!

Quem já se esqueceu da "campanha negra" contra Sócrates? Há perto de dois anos que o "canudo" do 1.º Ministro dá que falar em blogues ligados, sobretudo, à extrema-direita ("portugal profundo" entre outros) que antes se tinham notabilizado nos ataques a Ferro Rodrigues e a outros dirigentes socialistas no caso Casa Pia. A luta política tem regras. O mau jornalismo tem limites. E tal como foi um exercício despudorado o que se escreveu sobre a orientação sexual do primeiro-ministro e o que se especulou nos jornais sobre o caso ‘Freeport’ é igualmente um puro acto de vandalismo a campanha que se vem fazendo para o desacreditar, com mais uma insinuação grave, relacionada com as suas habilitações académicas
Dois grandes grupos de pressão estão em guerra pela localização do novo aeroporto. Um na região Oeste e outro no Litoral alentejano!Os projectos de investimento na Região de Turismo do Oeste (RTO), só rivalizam com os pensados para o Litoral alentejano, entre Tróia e Grândola (ver caixa). Belmiro de Azevedo, José Roquette e BES são os principais impulsionadores do desenvolvimento desta região, para a qual também é importante ser servida por um aeroporto a sul do Tejo, seja em Rio Frio ou no Poceirão. Daí que a Ota se tenha transformado numa disputa de lóbis.
É lamentável, profundamente lamentável, o que o ‘Público’ fez e escreveu, lançando dúvidas sobre dúvidas, sem nunca chegar a conclusão nenhuma

A causa da "irresponsabilidade"


O que se vê de fora é a total ausência de dignidade e de crédito. E quem, felizmente, assiste de fora só tem vontade de fugir para bem longe. Quanto mais não seja em nome da estética e da nossa saúde intelectual . Os nossos “pensadores” caseiros não pensam e não ajudam ninguém a pensar.


Ocorre, contudo, ser necessário reflectir em duas frentes. A primeira reporta-se ao gritante fosso, que todos os dias se alarga, entre os partidos e os cidadãos eleitores. Esse fosso já seria grave se decorresse do cansaço acumulado em torno das mesmas figuras que há décadas tomam o palco e se recusam a sair de lá.. Esses vão saindo. Ou porque a idade não perdoa ou porque as práticas a que se deram não têm perdão. O fosso alargado que se sente refere-se a figuras relativamente novas mas que já ziguezaguearam entre todos os truques aprendidos e inventados, como aqueles arrependidos que só ganham consciência quando já nada podem fazer para contribuir para mudar a situação.


Talvez por isso que, desde há algum tempo, que os partidos, ciclicamente, adormecem e entram em actividade descontrolada, consoante são poder ou o perdem. Acontece, porém, não ser indiferente, para o próprio regime, o facto de o vulcão expelir lava e envolver-se em lama. A lava é suposta mas a lama é dispensável. E quando há lama e lama que não pára, “o estado do poderes instalados “é crítico , esquecendo-se que os órgãos partidários devem ser elementos de pacificação e mediação e não de agravamento de conflitos.


É verdade que há mais vida para lá do “pântano” a que se chegou !. E é, sobretudo, inteiramente verdadeiro existir vida muito para lá deste estado “peganhoso” dos que tudo faz para se manter no “poder”. Ao contrário do que parece não ocorre uma substancial diferença entre um vulcão adormecido (quando se está no poder) e um vulcão que expele lava (quando se está na oposição).É por isso que sempre me intrigou ver todos aqueles que correm “ sem qualquer sentido”, no mesmo plano que aqueles outros que chegam a uma praia e desatam a nadar sem horizonte alcançável!